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Síndrome de Burnout e o trabalho em turnos na equipe de enfermagem1 1 Artigo extraído da dissertação de mestrado “Estresse, burnout e qualidade de vida na equipe de enfermagem”, apresentada à Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, Brasil.

RESUMO

Objetivo:

analisar os fatores associados à síndrome de Burnout, segundo o turno de trabalho da equipe de enfermagem.

Método:

estudo transversal, desenvolvido com uma amostra representativa de 502 trabalhadores de enfermagem de uma instituição hospitalar filantrópica. Os dados foram coletados por meio de um instrumento de caracterização, o Maslach Burnout Inventory-Human Service Survey e o Demand-Control-Support Questionnaire. Analisaram-se os dados por estatística descritiva e regressão logística binária múltipla.

Resultados:

os níveis da síndrome de Burnout foram significativamente maiores entre os trabalhadores de enfermagem do turno diurno. Entre os participantes que trabalhavam no período diurno, os fatores associados às dimensões da síndrome de Burnout foram: alta demanda, baixo controle, baixo apoio social, insatisfação com o sono e recursos financeiros, ser enfermeiro e, ainda, sedentarismo. Já no noturno, baixo apoio social, insatisfação com o sono e lazer, ter filhos, não ter religião, menor tempo de trabalho na instituição e ser auxiliar e técnico de enfermagem aumentaram significativamente as chances de altos níveis da síndrome.

Conclusão:

os fatores psicossociais e do contexto laboral, sobretudo o baixo apoio social, tiveram associação com as dimensões da síndrome entre os profissionais de enfermagem de ambos os turnos.

Descritores:
Enfermagem; Trabalho em Turnos; Ambiente de Trabalho; Esgotamento Profissional; Estresse Psicológico; Saúde do Trabalhador

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