RESUMO
Este artigo se propõe, a partir de uma abordagem das ciências sociais, a analisar as condições que possibilitaram as supressões de diretrizes sobre questões de gênero, identidade de gênero e orientação sexual dos planos estadual e municipal de educação do Rio Grande do Sul e da sua capital, Porto Alegre. Tomando os mass media como espaços de visibilidade capazes de criar acontecimentos nas consciências dos atores sociais, busca-se analisar os argumentos e conteúdos divulgados por meio dos jornais e suas influências sobre tais supressões. A partir da Análise de Conteúdo identificamos os atores e argumentos colocados em ação na construção de um pânico moral em torno da categoria acusatória da “ideologia de gênero”. Por fim, busca-se problematizar tal categoria que culmina com as pequenas, mas significativas, alterações nos planos de educação.
PALAVRAS-CHAVE:
políticas públicas de educação; ideologia de gênero; pânico moral; empresários morais