RESUMO
O trabalho aborda as concepções divergentes que os organismos internacionais dedicaram à educação rural nas décadas de 1960 e 70. Apresenta as concepções ideais que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a Organização dos Estados Americanos (OEA) dispensaram ao tema. Verifica como os economistas assessores da Unesco definiram a educação rural hegemonicamente nesse organismo. É enfatizada a preponderância do pensamento dos economistas ligados à Unesco como assessores na implantação de projetos de educação rural nos anos de 1960 e 70. Diferenciando-se desses economistas, o debate sobre a educação rural promovido pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) na década de 1970 tratou dessa temática de maneira inovadora. Finalizando o texto, são apresentadas concepções que a educação rural encontrou em órgãos governamentais brasileiros nas décadas de 1960 e 70. A pesquisa teve por objetivo diferenciar as possíveis influências do debate internacional sobre a educação rural nos anos 1960 e 70 e suas interfaces com a discussão desse tema no Brasil no mesmo período.
PALAVRAS-CHAVE:
educação rural; história da educação; organismos internacionais de cultura