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Fatores de virulência de Escherichia coli isolada de bezerros com diarréia

Cento e setenta e três cepas de Escherichia coli isoladas de bezerros com diarréia provenientes da região noroeste do estado de São Paulo foram examinadas para a produção de enterotoxinas termolábil (LT) e termoestável (ST), e examinadas quanto à presença de fatores de virulência associados a colibacilose bovina. Oitenta e cinco (49,1%) das cepas de E. coli produziram toxinas, 53 cepas foram detectadas como produtoras de toxina STa, e nove dessas cepas também produziam toxina LT. Foram identificadas pela reação em cadeia de polimerase 23 cepas portadoras do gene LT-II. Nove (5,2%) das cepas apresentavam os genes de toxina Shiga: quatro o gene stx 2, quatro o gene stx 1 e uma cepa apresentava os dois genes. Três das cepas que apresentavam o gene stx1 também possuiam o gene eae. Entre as cepas de E. coli examinadas quanto à susceptibilidade a 10 agentes antimicrobianos, a resistência à cefalotina (46,1%) foi a mais comumente observada, seguida pelas resistências a tetraciclina (45,7%), trimetropima-sulfadiazina (43,3%) e ampicilina (41,0%). Todas as cepas isoladas apresentaram resistência a pelo menos dois antimicrobianos, sendo a multirresistência detectada em elevada freqüência. Algumas toxinas e fatores de virulência, produzidos por essas cepas de E. coli podem estar envolvidos em doenças humanas. O alto nível de resistência a agentes antimicrobianos, apresentado pelas cepas isoladas, constitue motivo de preocupação em saúde pública.

bezerro; diarréia; Escherichia coli; fator de virulência; agente antimicrobiano


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