Resumo
Desde que Fredric Jameson propôs pensar sobre o inconsciente político das narrativas literárias em 1981, sua proposta circulou frequentemente em áreas fora da teoria literária (arquitetura, cinema, filosofia política, etc.). Quando o inconsciente político circula, nem tanto um conceito teórico é transposto literalmente como um modo de visibilidade ou um paradigma que estabelece analogias entre diferentes esferas, incluindo a referida diferença como uma possibilidade de circulação. Com base na noção de paradigma de Thomas S. Kuhn e na discussão proposta por Giorgio Agamben, este texto reflete sobre que tipo de paradigma é convocado em vários desses usos e circulações, com o objetivo de discernir como a teoria literária transborda seus contornos e é ativado em outros discursos e disciplinas.
Palavras chaves:
Inconsciente político; Fredric Jameson; Circulação; Paradigma; Thomas S. Kuhn Giorgio Agamben; Teoria literária