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Educação como percurso: por uma mestria ativa, criativa e inventiva na educação de surdos

RESUMO

O presente artigo objetiva trazer uma reflexão sobre o aprender e a relação com o mestre em salas de aulas em que alunos surdos aprendem por processos de interpretação, ou seja, com a presença de intérpretes educacionais. O artigo se desenvolve a partir de aportes teóricos da filosofia francesa alinhados a questões postas sobre o campo da educação, mais especificamente na educação de surdos em espaços inclusivos. As cenas escolares serão trazidas como componentes articuladores da teoria, dessa forma, as análises foram desenvolvidas ao longo de toda a produção textual. Duas obras literárias, O mestre ignorante de Jacques Rancière e O mestre inventor de Walter Kohan, foram apresentadas como forma de ilustrar figuras de mestres que alçam produzir encontros criativos com seus alunos, nos quais aprendem, ensinam, criam e constroem-se. Esses dois experimentos de mestrias anunciados, alinhados ao lugar híbrido que o intérprete educacional ocupa na escola, foram usados como espaço de diálogo para repensar o processo educacional, e o aprender como sendo da ordem da singularidade.

PALAVRAS-CHAVE:
Educação de surdos; Relação pedagógica; Interpretação educacional

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