Acessibilidade / Reportar erro

Complicações da reconstrução do dorso nasal com enxerto autólogo ou aloplástico: evidências de uma revisão sistemática e metanálise Como citar este artigo: Hudise JY, Aldhabaan SA, Aldosari BF. Complications of the nasal dorsum reconstruction using autologous or alloplastic grafts: evidence from systematic review and meta-analysis. Braz J Otorhinolaryngol. 2022;88:406-20.

Resumo

Introdução

A feitura de uma rinoplastia de aumento depende principalmente das partes ósseas e cartilaginosas intactas. Muitos estudos usaram enxertos de diferentes materiais para a feitura da cirurgia e como apoio da estrutura nasal. Ainda existem controvérsias em estudos prévios sobre quais tipos de enxertos, se materiais aloplásticos ou autogênicos, seriam os mais adequados. Os enxertos aloplásticos comuns incluem silicone, medpor e gore-tex. Os enxertos autogênicos são geralmente derivados de cartilagens costais. Deformações, infecção e cicatrizes hipertróficas são as principais complicações do procedimento. No entanto, nenhuma análise de subgrupo foi feita para investigar o efeito de diferentes fatores de risco.

Objetivo

Investigar o efeito de diferentes tipos de enxertos e o nível de renda do país nas complicações cirúrgicas

Método

Uma pesquisa abrangente de artigos na literatura foi feita nas bases de dados PubMed, Cochrane Library, Web of Science e SCOPUS até outubro de 2019. Foram incluídos artigos que usaram enxertos autólogos ou aloplásticos em cirurgias de reconstrução do dorso nasal. Foi feita uma análise de subgrupos de acordo com o tipo de enxerto usado, região e nível de renda do país. Um modelo de análise de metarregressão foi feito de 1999 a 2018, para estudar a incidência dessas complicações ao longo do tempo.

Resultados

A taxa global de complicações foi de 7,1%, a qual foi maior no grupo aloplástico (7,8%) do que no grupo autogênico (6,9%). As complicações mais comuns foram cirurgia secundária para recorreção (4,1%), infecção (2,1%), deformidade (1,6%) e cicatrizes hipertróficas (1,6%). Todos os resultados foram homogêneos (I2 < 50%).

Conclusão

Os pacientes com enxertos autogênicos são menos propensos a desenvolver complicações, em comparação com seus pares com enxertos aloplásticos. Além disso, pacientes asiáticos são menos suscetíveis a complicações gerais da rinoplastia. Merece atenção o fato de que em países de baixa renda as complicações cirúrgicas são mais propensas a ocorrer.

Palavras-chave
Complicação; Dorso nasal; Reconstrução; Autólogo; Enxertos aloplásticos

Abstract

Introduction

Augmentation rhinoplasty depends mainly on intact stable bony and cartilaginous parts. Many trials have used different materials as a graft to perform the operation and support the nose. Debate exists whether alloplastic or autogenic grafts are more appropriate. Common available alloplastic grafts include silicone, medpor, and gore-tex. Autogenic grafts are usually derived from costal cartilages. Warping, infection, and hypertrophic scars are the main complications of the procedure. Yet no subgroup analysis has been performed to investigate the effect of different risk factors.

Objective

To investigate the effect of different types of grafts and the association of the income level of the country on surgery complications.

Methods

A comprehensive literature search of articles was conducted in PubMed, Cochrane Library, Web of Science, and SCOPUS databases through October 2019. We included articles that used autologous or alloplastic grafts in nasal dorsum reconstruction surgery. We performed subgroup analysis according to the type of graft used, region, and income level of the country. A meta-regression analysis model was carried out from the period of 1999-2018, to study the incidence of these complications over time.

Results

The overall complication rate was 7.1%, which was higher in the alloplastic group (7.8%) than the autogenic group (6.9%). The most common complications were secondary surgery for re-correction (4.1%), infection (2.1%), warping (1.6%), and hypertrophic scars (1.6%). All outcomes were homogeneous (I2 < 50%).

Conclusion

Patients with autogenic grafts are less liable to develop complications than their peers reconstructed with alloplastic grafts. Moreover, Asian patients are less susceptible to overall rhinoplasty complications. Attention should be noted for low-income countries in which surgical complications are more prone to occur.

Keywords
Complication; Nasal dorsum; Reconstruction; Autologous; Alloplastic grafts

Introdução

A rinoplastia é a cirurgia plástica mais comumente feita. A correção da deformidade do septo nasal é um desafio entre os cirurgiões estéticos para proporcionar o melhor formato das estruturas ósseas e cartilaginosas do nariz, com poucas complicações.11 Loghmani S, Loghmani S, Baghi H, Hoghoughi MA, Dalvi F. Demographic characteristics of patients undergoing rhinoplasty: a single center two-time-period comparison. World J Plast Surg. 2017;6:275-9. O material para reconstrução mais importante inclui os enxertos autogênicos e aloplásticos.22 Gunter JP, Cochran CS, Marin VP. Dorsal augmentation with autogenous rib cartilage. Semin Plast Surg. 2008;22:74-89. O transplante autogênico de partes da cartilagem costal é caracterizado por menor taxa de infecções, é seguro e em geral não apresenta uma resposta imunológica importante.33 Moretti A, Sciuto S. Rib grafts in septorhinoplasty. Acta Otorhinolaryngol Ital. 2013;33:190. Entretanto, os enxertos aloplásticos são melhores em termos de menor ocorrência de deformidades, ao contrário dos enxertos de cartilagem costal, que desaparecem após um determinado período.44 Balaji SM. Costal cartilage nasal augmentation rhinoplasty: study on warping. Ann Maxillofac Surg. 2013;3:20-4. Para superar essas dificuldades, várias técnicas são usadas para minimizar a deformação relacionada ao enxerto. Os mais frequentes são o enxerto de demora e imersão do enxerto em uma solução antes da modelagem ou inserção.55 Adams JW, Rohrich RJ, Gunter JP, Clark CP, Robinson JJ. The rate of warping in irradiated and nonirradiated homograft rib cartilage: a controlled comparison and clinical implications. Plast Reconstr Surg. 1999;103:265-70.

A rinoplastia tem se tornado cada vez mais mais comum em pacientes acima de 40 anos.11 Loghmani S, Loghmani S, Baghi H, Hoghoughi MA, Dalvi F. Demographic characteristics of patients undergoing rhinoplasty: a single center two-time-period comparison. World J Plast Surg. 2017;6:275-9. Para fins cosméticos, muitas mulheres procuram por uma grande diversidade de padrões de beleza. Embora os enxertos autogênicos sejam mais comumente usados do que os aloplásticos,66 Sajjadian A, Rubinstein R, Naghshineh N. Current status of grafts and implants in rhinoplasty: part I. Autologous grafts. Plast Reconstr Surg. 2010;125, 40e-9e. os enxertos aloplásticos são amplamente preferíveis na Ásia aos enxertos autogênicos.77 Jin HR, Won TB. Rhinoplasty in the Asian patient. Clin Plast Surg. 2016;43:265-79.

Atualmente, há um debate sobre o efeito da rinoplastia na qualidade de vida. Um estudo prospectivo de Hosseinzadeh et al., em 2017, observou que a rinoplastia cosmética melhora a qualidade de vida dos pacientes.88 Hosseinzadeh K, Hamadzadeh H, Khorasani M, Jamshidi M. Health-related quality of life of persons after rhinoplasty: a longitudinal study among iranian population. J Clin Diagn Res. 2017;11:ZC60-2. Outro estudo de Zojaji et al., em 2014, verificou que a rinoplastia cosmética não tem efeito significante na saúde e qualidade de vida em geral, exceto no seu domínio da saúde psicológica, independentemente de sexo, idade, estado civil e nível de escolaridade.99 Zojaji R, Keshavarzmanesh M, Arshadi HR, Baf MM, Esmaeilzadeh S. Quality of life in patients who underwent rhinoplasty. Facial Plast Surg. 2014;30:593-6.

As complicações da rinoplastia são diferentes de acordo com fatores étnicos e regionais. A rinoplastia do nariz bulboso e do nariz em sela é um procedimento estético padrão nos países asiáticos.1010 Lin J, Tan X, Chen X, Lin J, Shi S, Tian F, et al. Another use of the alar cartilaginous flap. Aesthetic Plast Surg. 2006;30:560-3. O nariz asiático é caracterizado por pele tensa, com cartilagem fraca e escassa. Isso resulta em aumento da frequência da ponta bulbosa, nariz pequeno e nariz curto. Não é fácil moldar uma cartilagem reta a partir de uma costela curva.1111 Lopez MA, Shah AR, Westine JG, O’Grady K, Toriumi DM. Analysis of the physical properties of costal cartilage in a porcine model. Arch Facial Plast Surg. 2007;9:35-9. A maneira convencional de corrigir o nariz em sela é inserir um implante na bolsa subperiosteal, que pode levar a sérias complicações pós-operatórias.1010 Lin J, Tan X, Chen X, Lin J, Shi S, Tian F, et al. Another use of the alar cartilaginous flap. Aesthetic Plast Surg. 2006;30:560-3.

A revisão sistemática de Varadharajan et al. demonstrou que a rinoplastia com cartilagem costal autóloga está associada a efeitos colaterais significativos, como pneumotórax, ruptura pleural e, mais comumente, deformação.1212 Varadharajan K, Sethukumar P, Anwar M, Patel K. Complications associated with the use of autologous costal cartilage in rhinoplasty: a systematic review. Aesthetic Surg J. 2015;35:644-52. Em outra revisão, Lee et al.,1313 Lee MR, Unger JG, Rohrich RJ. Management of the nasal dorsum in rhinoplasty: a systematic review of the literature regarding technique, outcomes, and complications. Plast Reconstr Surg. 2011;128:538-50. verificaram que o uso de materiais aloplásticos leva a maiores taxas de extrusão e deslocamento. Segundo uma revisão recente, esses efeitos colaterais são mais evidentes na população pediátrica e crianças pequenas são submetidas com maior frequência a cirurgias revisionais do que os adultos.1414 Gupta A, Svider PF, Rayess H, Sheyn A, Folbe AJ, Eloy JA, et al. Pediatric rhinoplasty: a discussion of perioperative considerations and systematic review. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2017;92:11-6.

Um estudo retrospectivo anterior comparou dois enxertos aloplásticos, com gore-tex e medpor, e encontrou um aumento nas taxas de infecção no último grupo; entretanto, faltam pesquisas sobre fatores essenciais que podem desempenhar um papel nos resultados da cirurgia. Podem incluir fatores étnicos, pois o nariz asiático é mais suscetível à rinoplastia do que outros narizes não brancos.1515 Matory WE, Falces E. Non-Caucasian rhinoplasty: a 16-year experience. Plast Reconstr Surg. 1986;77:239-52. Outro fator é o tipo de enxerto usado, seja aloplástico ou autogênico. A renda do país pode desempenhar um papel na qualidade da cirurgia individualmente.

Portanto, apresentamos esta revisão sistemática e análises de subgrupos para investigar o efeito de diferentes tipos de enxertos e a renda do país em complicações cirúrgicas e comparamos pacientes em relação à região de origem do estudo para verificar se os indivíduos que moram na Ásia apresentam resultados diferentes dos indivíduos da Europa. Também investigamos o fator tempo, de 1999 a 2018, por meio de um modelo de metarregressão para verificar se as complicações das cirurgias melhoraram ao longo do tempo.

Método

Estratégia de pesquisa e seleção de estudos

O processo de estudo foi conduzido seguindo as recomendações metodológicas aceitas da lista de verificação Prisma para revisão sistemática e metanálise, onde o registro do protocolo não é obrigatório.1616 Li Q, Weng R, Gu B, Liu K, Shen G, Xie F, et al. Anchor-shaped nasal framework designed for total nasal reconstruction. J Plast Reconstr Aesthetic Surg. 2010;63:954-62. Pesquisamos os bancos de dados PubMed, Scopus, Web of Science, Virtual Health Library (VHL), Google Scholar e Cochrane. A pesquisa foi feita com a seguinte estratégia: (nasal reconstruction OR rhinoplasty OR nasal augmentation OR nasal reconstruction OR nasal dorsum reconstruction OR nasal plastic surgery) AND (alloplastic implant OR nasal implants silicone OR Medpor OR Gore-Tex) AND (costal OR costal cartilage OR rib OR osteocartilaginous rib graft).

Os estudos eram incluídos se atendessem aos seguintes critérios: 1) Desenho do estudo - Ensaios clínicos: comparativos ou não comparativos; randomizados ou não randomizados; 2) População - pacientes submetidos à reconstrução do dorso nasal; 3) Intervenção - rinoplastia com enxerto autólogo (cartilagem costal autóloga) ou enxerto aloplástico; 4) Desfecho - pelo menos uma das complicações relacionadas à cirurgia. Foram excluídos os estudos nas seguintes condições: 1) observacionais ou retrospectivos; 2) de enxerto homólogo de costela; 3) em animais, in vitro, artigos de revisão, relatos de casos, resumos de conferências e publicações duplicadas.

Extração de dados

Dois autores usaram uma folha de extração de dados em um arquivo do Microsoft Excel por meio da extração piloto de pelo menos três artigos. Três revisores independentemente usaram a planilha do Excel para extrair os dados dos estudos incluídos. O quarto revisor verificou os dados extraídos para avaliar a precisão. Todas as divergências e discrepâncias foram resolvidas por discussão e consulta com um membro sênior, quando necessário.

Avaliação de risco de viés

Fizemos a avaliação de risco de viés com a ferramenta Robins-1 (Risk of bias in non-randomized studies of interventions). Ela inclui os seguintes domínios: 1) Viés devido a fatores de confusão; 2) Viés na seleção dos participantes do estudo; 3) Viés na classificação das intervenções; 4) Viés devido a desvios das intervenções pretendidas; 5) Viés devido à falta de dados; 6) Viés nas medidas de desfechos e 7) Viés na seleção do resultado relatado. Os estudos são marcados como risco baixo, moderado ou alto risco de viés, de acordo com cada domínio.

Análise estatística

Usamos o software OpenMeta [Analyst] (Center of Evidence-Based Medicine, Brown University, School of Public Health, Rhode Island, EUA) para fazer a metanálise de todos os desfechos. As proporções médias das taxas de complicações foram agrupadas em um modelo de metanálise, com o método de Mantel-Haenszel. A análise foi feita sob o modelo de efeito fixo para dados homogêneos e o modelo de efeitos aleatórios para dados heterogêneos. Os correspondentes intervalos de confiança de 95% (IC 95%) do tamanho de efeito combinado foram calculados com efeitos aleatórios devido à presença de heterogeneidade.

A heterogeneidade foi avaliada com estatística Q e teste I2, foi considerada significativa com valor I2 > 50%.1717 Cakmak O. The versatile autogenous costal cartilage graft in septorhinoplasty. Arch Facial Plast Surg. 2002;4:172-6. O viés de publicação não pôde ser avaliado com o teste de regressão de Egger devido ao pequeno número de estudos incluídos (menos de 10).1818 Karaaltn MV, Batoglu-Karaaltn A, Orhan KS, Demirel T, Guldiken Y. Autologous fascia lata graft for contour restoration and camouflage in tertiary rhinoplasty. J Craniofac Surg. 2012;23:719-23.,1919 Yilmaz M, Vayvada H, Menderes A, Mola F, Atabey A. Dorsal nasal augmentation with rib cartilage graft: long-term results and patient satisfaction. J Craniofac Surg. 2007;18:47. O viés de publicação foi avaliado com o teste de regressão de Egger1818 Karaaltn MV, Batoglu-Karaaltn A, Orhan KS, Demirel T, Guldiken Y. Autologous fascia lata graft for contour restoration and camouflage in tertiary rhinoplasty. J Craniofac Surg. 2012;23:719-23.,1919 Yilmaz M, Vayvada H, Menderes A, Mola F, Atabey A. Dorsal nasal augmentation with rib cartilage graft: long-term results and patient satisfaction. J Craniofac Surg. 2007;18:47. e representado graficamente pelo gráfico em funil de Begg2020 Al-Qattan MM. Augmentation of the nasal dorsum with autogenous costal cartilage using the ‘‘edge-on’’ technique. Ann Plast Surg. 2007;59:642-4. quando havia dez ou mais estudos. O valor de p do teste de regressão de Egger < 0,10 foi considerado significativo. Sempre que viés de publicação era encontrado, o método de Duval e Tweedie conhecido por Trim and Fill era aplicado para adicionar estudos que pareciam estar ausentes2121 Baek RM, Eun SC, Heo CY, Min KH. Rhinoplasty using rib chondro-osseous graft in asian patients. J Craniofac Surg. 2010;21:1122-5. para aprimorar a simetria. Um modelo de metarregressão foi feito para correlacionar o tempo da cirurgia e a ocorrência de diferentes complicações.

Resultados

Pesquisa bibliográfica

Nossa pesquisa resultou em 789 estudos. Após a triagem e exclusão de duplicatas, permaneceram 40 estudos, submetidos à análise de texto completo. Foram excluídos 10 estudos devido à falta de resultados ou estudos em espécies não humanas. Finalmente, 30 estudos foram incluídos na metanálise, como mostrado no fluxograma Prisma, figura 1.

Figura 1
Diagrama de fluxo Prisma.

Resumo dos estudos incluídos

Incluímos 30 estudos, dois dos quais eram ensaios controlados; portanto, tratamos cada grupo como um estudo separado para viabilidade na feitura de uma metanálise de braço único. Os enxertos autogênicos foram usados em 21 estudos, enquanto 10 estudos usaram enxertos aloplásticos. Um estudo usou uma combinação de enxertos aloplásticos e autogênicos.2222 Wang H, Fan F, You J, Wang S. Combined silicone implant and cartilage grafts for augmentation rhinoplasty. J Craniofac Surg. 2013;24:494-6. Foram incluídos nessa metanálise 1.013 pacientes, com média de 27,7 anos e tempo médio de seguimento após a cirurgia de 22 meses. A tabela 1 mostra um resumo das características basais de cada estudo.

Tabela 1
Resumo dos estudos incluídos

Avaliação de risco de viés

Relatamos um baixo risco geral de viés de acordo com a ferramenta Robins-1. Todos os estudos apresentaram baixo risco de viés de confusão, viés na classificação das intervenções, viés devido a desvios das intervenções pretendidas, viés nas medidas de desfecho e viés na seleção do resultado relatado. Nove estudos2323 Draf W, Bockmühl U, Hoffmann B. Nasal correction in maxillonasal dysplasia (Binder’s syndrome): a long term follow-up study. Br J Plast Surg. 2003;56:199-204.

24 Gürlek A, Celik M, Fariz A, Ersöz-Öztürk A, Eren AT, Tenekeci G. The use of high-density porous polyethylene as a custom-made nasal spreader graft. Aesthetic Plast Surg. 2006;30:34-41.

25 Kayabasoglu G, Nacar A, Yilmaz MS, Altundag A, Cayonu M, Guven M. A novel method for nasal dorsal reconstruction: permanent fixation using Kirschner wire-guided hidden sutures. J Craniofac Surg. 2015;26:881-4.

26 Lee SJ, Rho BI, Nam SM, Lee SJB, Park ES. Changes in implant thickness after rhinoplasty using surgiform. Arch Aesthetic Plast Surg. 2018;24:1.

27 Swaroop GS, Reddy JS, Mangal MC, Gupta A, Nanda BS, Jhunjhunwala N. Autogenous control augmentation system a refinement in diced cartilage glue graft for augmentation of dorsum of nose. Indian J Plast Surg. 2018;51:202.

28 Tastan E, Sozen T. Oblique split technique in septal reconstruction. Facial Plast Surg. 2013;29:487 91.

29 Turegun M, Acarturk TO, Ozturk S, Sengezer M. Aesthetic and functional restoration using dorsal saddle shaped medpor implant in secondary rhinoplasty. Ann Plast Surg. 2008;60:600 3.

30 Türegün M, Engezer M, Güler M. Reconstruction of saddle nose deformities using porous polyethylene implant. Aesthetic Plast Surg. 1998;22:38 41.
-3131 Taştan E, Yücel ÖT, Aydın E, Aydoğan F, Beriat K, Ulusoy MG. The oblique split method: a novel technique for carving costal cartilage grafts. JAMA Facial Plast Surg. 2013;15:198 203. não relataram dados basais suficientes sobre pacientes como sexo e média de idade. Portanto, esses estudos foram identificados como risco moderado de viés.

Com relação à falta de dados, oito estudos2525 Kayabasoglu G, Nacar A, Yilmaz MS, Altundag A, Cayonu M, Guven M. A novel method for nasal dorsal reconstruction: permanent fixation using Kirschner wire-guided hidden sutures. J Craniofac Surg. 2015;26:881-4.,2727 Swaroop GS, Reddy JS, Mangal MC, Gupta A, Nanda BS, Jhunjhunwala N. Autogenous control augmentation system a refinement in diced cartilage glue graft for augmentation of dorsum of nose. Indian J Plast Surg. 2018;51:202.,2828 Tastan E, Sozen T. Oblique split technique in septal reconstruction. Facial Plast Surg. 2013;29:487 91.,3030 Türegün M, Engezer M, Güler M. Reconstruction of saddle nose deformities using porous polyethylene implant. Aesthetic Plast Surg. 1998;22:38 41.,3232 Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG, Altman DG, Antes G, et al. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement (Chinese edition). Chin J Integr Med. 2009;7:889 96.

33 Kim YH, Kim BJ, Jang TY. Use of Porous High-Density Polyethylene (Medpor) for spreader or extended septal graft in rhinoplasty: aesthetics, functional outcomes, and long-term complications. Ann Plast Surg. 2011;67:464 8.
-3434 Li J, Huang Y, Zhang Y, Pu Z. Application of a porous polyethylene spreader graft for nasal lengthening in asian patients. Aesthetic Surg J. 2018;38:491 9. não relataram os desfechos necessários que poderiam ser inseridos em uma metanálise. Não encontramos dados referentes a complicações importantes da cirurgia, como infecção; portanto, esses estudos foram considerados como alto risco de viés. O resumo do risco de viés dos estudos incluídos é mostrado na figura 2.

Figura 2
Resumo do risco de viés para estudos incluídos com a ferramenta Robins-1.

Taxas gerais de complicações

A taxa geral de complicações foi de 7,1% (IC 95% 4,9%-9,3%), a qual foi mais alta no grupo de enxertos aloplásticos, com 7,8% (IC 95% 4,1%-11,5%) do que no grupo autogênico, 6,9% (IC 95% 4,3%-9,6%). Não houve heterogeneidade entre os estudos incluídos (I2 = 47,6%) (fig. 3). Um estudo2222 Wang H, Fan F, You J, Wang S. Combined silicone implant and cartilage grafts for augmentation rhinoplasty. J Craniofac Surg. 2013;24:494-6. usou uma combinação de enxertos aloplástico e autogênico; portanto, foi removido da análise de subgrupo por tipo de enxerto.

Figura 3
Gráfico do tipo forest plot da taxa total de complicações.

Prevalência de deformidade

A taxa geral de deformação, conforme relatada por 15 estudos (530 participantes), foi de 1,6% (IC 95% 0,5%-2,6%). Quatro estudos1616 Li Q, Weng R, Gu B, Liu K, Shen G, Xie F, et al. Anchor-shaped nasal framework designed for total nasal reconstruction. J Plast Reconstr Aesthetic Surg. 2010;63:954-62.,2424 Gürlek A, Celik M, Fariz A, Ersöz-Öztürk A, Eren AT, Tenekeci G. The use of high-density porous polyethylene as a custom-made nasal spreader graft. Aesthetic Plast Surg. 2006;30:34-41.,3535 Gu Y, Yu W, Jin Y, Chen H, Ma G, Chang SJ, et al. Safety and efficacy of cosmetic augmentation of the nasal tip and nasal dorsum with expanded polytetrafluoroethylene: a randomized clinical trial. JAMA Facial Plast Surg. 2018;20:277 83.,3636 Jiang C, Shi R, Sun Y. Study of inferior turbinate reconstruction with Medpor for the treatment of empty nose syndrome: inferior turbinate reconstruction with medpor. Laryngoscope. 2013;123:1106 11. usaram enxertos aloplásticos e relataram uma taxa de prevalência de 1,6% (IC 95% -0,5%-3,7%), enquanto no grupo autogênico a proporção combinada de deformidade como relatada em dez estudos1818 Karaaltn MV, Batoglu-Karaaltn A, Orhan KS, Demirel T, Guldiken Y. Autologous fascia lata graft for contour restoration and camouflage in tertiary rhinoplasty. J Craniofac Surg. 2012;23:719-23.

19 Yilmaz M, Vayvada H, Menderes A, Mola F, Atabey A. Dorsal nasal augmentation with rib cartilage graft: long-term results and patient satisfaction. J Craniofac Surg. 2007;18:47.

20 Al-Qattan MM. Augmentation of the nasal dorsum with autogenous costal cartilage using the ‘‘edge-on’’ technique. Ann Plast Surg. 2007;59:642-4.
-2121 Baek RM, Eun SC, Heo CY, Min KH. Rhinoplasty using rib chondro-osseous graft in asian patients. J Craniofac Surg. 2010;21:1122-5.,2323 Draf W, Bockmühl U, Hoffmann B. Nasal correction in maxillonasal dysplasia (Binder’s syndrome): a long term follow-up study. Br J Plast Surg. 2003;56:199-204.,2828 Tastan E, Sozen T. Oblique split technique in septal reconstruction. Facial Plast Surg. 2013;29:487 91.,3333 Kim YH, Kim BJ, Jang TY. Use of Porous High-Density Polyethylene (Medpor) for spreader or extended septal graft in rhinoplasty: aesthetics, functional outcomes, and long-term complications. Ann Plast Surg. 2011;67:464 8.,3737 Agrawal KS, Bachhav M, Shrotriya R. Namaste (counterbalancing) technique: overcoming warping in costal cartilage. Indian J Plast Surg. 2015;48:123 8.

38 Shubailat GF. Cantilever rib grafting in salvage rhinoplasty. Aesthetic Plast Surg. 2003;27:281 5.
-3939 Cerkes N, Basaran K. Diced cartilage grafts wrapped in rectus abdominis fascia for nasal dorsum augmentation. Plast Reconstr Surg. 2016;137:43-51. foi de 1,5% (IC 95% 0,3%-2,8%) (fig. 4).

Figura 4
Gráfico do tipo forest plot do desfecho de deformidade de acordo com o tipo de enxerto.

A combinação dos resultados de quatro estudos de países de renda alta,2121 Baek RM, Eun SC, Heo CY, Min KH. Rhinoplasty using rib chondro-osseous graft in asian patients. J Craniofac Surg. 2010;21:1122-5.,2323 Draf W, Bockmühl U, Hoffmann B. Nasal correction in maxillonasal dysplasia (Binder’s syndrome): a long term follow-up study. Br J Plast Surg. 2003;56:199-204.,3333 Kim YH, Kim BJ, Jang TY. Use of Porous High-Density Polyethylene (Medpor) for spreader or extended septal graft in rhinoplasty: aesthetics, functional outcomes, and long-term complications. Ann Plast Surg. 2011;67:464 8.,3737 Agrawal KS, Bachhav M, Shrotriya R. Namaste (counterbalancing) technique: overcoming warping in costal cartilage. Indian J Plast Surg. 2015;48:123 8. nove estudos de países de renda média1616 Li Q, Weng R, Gu B, Liu K, Shen G, Xie F, et al. Anchor-shaped nasal framework designed for total nasal reconstruction. J Plast Reconstr Aesthetic Surg. 2010;63:954-62.

17 Cakmak O. The versatile autogenous costal cartilage graft in septorhinoplasty. Arch Facial Plast Surg. 2002;4:172-6.

18 Karaaltn MV, Batoglu-Karaaltn A, Orhan KS, Demirel T, Guldiken Y. Autologous fascia lata graft for contour restoration and camouflage in tertiary rhinoplasty. J Craniofac Surg. 2012;23:719-23.
-1919 Yilmaz M, Vayvada H, Menderes A, Mola F, Atabey A. Dorsal nasal augmentation with rib cartilage graft: long-term results and patient satisfaction. J Craniofac Surg. 2007;18:47.,2222 Wang H, Fan F, You J, Wang S. Combined silicone implant and cartilage grafts for augmentation rhinoplasty. J Craniofac Surg. 2013;24:494-6.,2424 Gürlek A, Celik M, Fariz A, Ersöz-Öztürk A, Eren AT, Tenekeci G. The use of high-density porous polyethylene as a custom-made nasal spreader graft. Aesthetic Plast Surg. 2006;30:34-41.,2828 Tastan E, Sozen T. Oblique split technique in septal reconstruction. Facial Plast Surg. 2013;29:487 91.,3535 Gu Y, Yu W, Jin Y, Chen H, Ma G, Chang SJ, et al. Safety and efficacy of cosmetic augmentation of the nasal tip and nasal dorsum with expanded polytetrafluoroethylene: a randomized clinical trial. JAMA Facial Plast Surg. 2018;20:277 83.,3636 Jiang C, Shi R, Sun Y. Study of inferior turbinate reconstruction with Medpor for the treatment of empty nose syndrome: inferior turbinate reconstruction with medpor. Laryngoscope. 2013;123:1106 11. e dois estudos de países de renda baixa revelou uma taxa de prevalência de 1,7% (IC 95% -0,5%-3,9%), 1,7% (IC 95% 0,3%-3,1%) e 1,0% (IC 95% 1,0%-2,9%), respectivamente (fig. 5). Da mesma forma, a proporção média da taxa de deformidade dos estudos asiáticos1616 Li Q, Weng R, Gu B, Liu K, Shen G, Xie F, et al. Anchor-shaped nasal framework designed for total nasal reconstruction. J Plast Reconstr Aesthetic Surg. 2010;63:954-62.,2020 Al-Qattan MM. Augmentation of the nasal dorsum with autogenous costal cartilage using the ‘‘edge-on’’ technique. Ann Plast Surg. 2007;59:642-4.

21 Baek RM, Eun SC, Heo CY, Min KH. Rhinoplasty using rib chondro-osseous graft in asian patients. J Craniofac Surg. 2010;21:1122-5.
-2222 Wang H, Fan F, You J, Wang S. Combined silicone implant and cartilage grafts for augmentation rhinoplasty. J Craniofac Surg. 2013;24:494-6.,3333 Kim YH, Kim BJ, Jang TY. Use of Porous High-Density Polyethylene (Medpor) for spreader or extended septal graft in rhinoplasty: aesthetics, functional outcomes, and long-term complications. Ann Plast Surg. 2011;67:464 8.,3535 Gu Y, Yu W, Jin Y, Chen H, Ma G, Chang SJ, et al. Safety and efficacy of cosmetic augmentation of the nasal tip and nasal dorsum with expanded polytetrafluoroethylene: a randomized clinical trial. JAMA Facial Plast Surg. 2018;20:277 83.

36 Jiang C, Shi R, Sun Y. Study of inferior turbinate reconstruction with Medpor for the treatment of empty nose syndrome: inferior turbinate reconstruction with medpor. Laryngoscope. 2013;123:1106 11.

37 Agrawal KS, Bachhav M, Shrotriya R. Namaste (counterbalancing) technique: overcoming warping in costal cartilage. Indian J Plast Surg. 2015;48:123 8.
-3838 Shubailat GF. Cantilever rib grafting in salvage rhinoplasty. Aesthetic Plast Surg. 2003;27:281 5. foi de 1,3% (IC 95% 0,2%-2,4%), enquanto nos estudos europeus1616 Li Q, Weng R, Gu B, Liu K, Shen G, Xie F, et al. Anchor-shaped nasal framework designed for total nasal reconstruction. J Plast Reconstr Aesthetic Surg. 2010;63:954-62.

17 Cakmak O. The versatile autogenous costal cartilage graft in septorhinoplasty. Arch Facial Plast Surg. 2002;4:172-6.

18 Karaaltn MV, Batoglu-Karaaltn A, Orhan KS, Demirel T, Guldiken Y. Autologous fascia lata graft for contour restoration and camouflage in tertiary rhinoplasty. J Craniofac Surg. 2012;23:719-23.
-1919 Yilmaz M, Vayvada H, Menderes A, Mola F, Atabey A. Dorsal nasal augmentation with rib cartilage graft: long-term results and patient satisfaction. J Craniofac Surg. 2007;18:47.,2323 Draf W, Bockmühl U, Hoffmann B. Nasal correction in maxillonasal dysplasia (Binder’s syndrome): a long term follow-up study. Br J Plast Surg. 2003;56:199-204.,2424 Gürlek A, Celik M, Fariz A, Ersöz-Öztürk A, Eren AT, Tenekeci G. The use of high-density porous polyethylene as a custom-made nasal spreader graft. Aesthetic Plast Surg. 2006;30:34-41.,2828 Tastan E, Sozen T. Oblique split technique in septal reconstruction. Facial Plast Surg. 2013;29:487 91.,3636 Jiang C, Shi R, Sun Y. Study of inferior turbinate reconstruction with Medpor for the treatment of empty nose syndrome: inferior turbinate reconstruction with medpor. Laryngoscope. 2013;123:1106 11.foi de 2,4% (IC 95% 0%-4,8%) (fig. 6). Os estudos agrupados, em todas as análises, não demonstraram heterogeneidade significante.

Figura 5
Gráfico do tipo forest plot dos desfechos de deformação de acordo com o nível de renda do país.

Figura 6
Gráfico do tipo forest plot dos desfechos de deformação de acordo com o local do estudo.

Prevalência de infecção

A prevalência de infecção foi relatada em 17 estudos (578 pacientes). A taxa geral de infecção da cirurgia de reconstrução do dorso nasal foi de 2,1% (IC 95% 1,0%-3,3%). Os enxertos aloplásticos foram associados a maiores taxas de infecção, com 3,7% (IC 95% 0,4%-7,0%), em comparação com apenas 2,1% (IC 95%: 0,8%-3,4%) nos enxertos autogênicos (fig. 7).

Figura 7
Gráfico do tipo forest plot do desfecho da infecção de acordo com o tipo de enxerto.

As taxas de infecção foram mais baixas nos países de renda alta, com 1,8% (IC 95% -0,3%-3,9%), seguidos pelos países de média e baixa renda, com 2,3% (IC 95% 1% -3,3%) e 2,1% (IC 95% -0,5%-4,7%), respectivamente (fig. 8). Os resultados mostraram que, de acordo com o país dos pacientes, nove estudos asiáticos1616 Li Q, Weng R, Gu B, Liu K, Shen G, Xie F, et al. Anchor-shaped nasal framework designed for total nasal reconstruction. J Plast Reconstr Aesthetic Surg. 2010;63:954-62.,2020 Al-Qattan MM. Augmentation of the nasal dorsum with autogenous costal cartilage using the ‘‘edge-on’’ technique. Ann Plast Surg. 2007;59:642-4.

21 Baek RM, Eun SC, Heo CY, Min KH. Rhinoplasty using rib chondro-osseous graft in asian patients. J Craniofac Surg. 2010;21:1122-5.
-2222 Wang H, Fan F, You J, Wang S. Combined silicone implant and cartilage grafts for augmentation rhinoplasty. J Craniofac Surg. 2013;24:494-6.,3535 Gu Y, Yu W, Jin Y, Chen H, Ma G, Chang SJ, et al. Safety and efficacy of cosmetic augmentation of the nasal tip and nasal dorsum with expanded polytetrafluoroethylene: a randomized clinical trial. JAMA Facial Plast Surg. 2018;20:277 83.,3737 Agrawal KS, Bachhav M, Shrotriya R. Namaste (counterbalancing) technique: overcoming warping in costal cartilage. Indian J Plast Surg. 2015;48:123 8.,3838 Shubailat GF. Cantilever rib grafting in salvage rhinoplasty. Aesthetic Plast Surg. 2003;27:281 5.,4040 Riechelmann H, Rettinger G. Three-step reconstruction of complex saddle nose deformities. Arch Otolaryngol Neck Surg. 2004;130:334.,4141 Yazar M, Yazar SK, Sevim KZ, Kozanoglu E, Sirvan SS, Karsidag S, et al. Key and keyhole model for dorsal onlay cartilage grafts in correcting nasal deformities. Ann Plast Surg. 2015;75:418-23. mostraram taxas mais baixas de infecção de 1,8% (IC 95% 0,4%-3,2%), em comparação com oito estudos europeus,1717 Cakmak O. The versatile autogenous costal cartilage graft in septorhinoplasty. Arch Facial Plast Surg. 2002;4:172-6.

18 Karaaltn MV, Batoglu-Karaaltn A, Orhan KS, Demirel T, Guldiken Y. Autologous fascia lata graft for contour restoration and camouflage in tertiary rhinoplasty. J Craniofac Surg. 2012;23:719-23.
-1919 Yilmaz M, Vayvada H, Menderes A, Mola F, Atabey A. Dorsal nasal augmentation with rib cartilage graft: long-term results and patient satisfaction. J Craniofac Surg. 2007;18:47.,2323 Draf W, Bockmühl U, Hoffmann B. Nasal correction in maxillonasal dysplasia (Binder’s syndrome): a long term follow-up study. Br J Plast Surg. 2003;56:199-204.,2424 Gürlek A, Celik M, Fariz A, Ersöz-Öztürk A, Eren AT, Tenekeci G. The use of high-density porous polyethylene as a custom-made nasal spreader graft. Aesthetic Plast Surg. 2006;30:34-41.,3939 Cerkes N, Basaran K. Diced cartilage grafts wrapped in rectus abdominis fascia for nasal dorsum augmentation. Plast Reconstr Surg. 2016;137:43-51.,4242 Green S, Higgins JP, Alderson P, Clarke M, Mulrow CD, Oxman AD. Cochrane handbook for systematic reviews of interventions: cochrane book series. Naunyn-Schmiedeberg’s Arch Exp Pathol Pharmakol. 2008;5:S38.,4343 Lee Y, Ham SB. Use of a temporoparietal fascia-covered silastic implant in nose reconstruction after foreign body removal. Plas Reconstr Surg. 1999;104. que mostraram uma taxa de infecção de 2,8% (IC 95% 0,9%-4,8%) (fig. 9). Os estudos agrupados, em todas as análises, não mostraram heterogeneidade significativa.

Figura 8
Gráfico do tipo forest plot do desfecho da infecção de acordo com o nível de renda do país.

Figura 9
Gráfico do tipo forest plot do desfecho de infecção de acordo com o local do estudo.

Cicatriz hipertrófica

Onze estudos (405 pacientes) relataram as taxas de prevalência de todas as cicatrizes. A taxa global combinada foi de 1,7% (IC 95% 0,5%-2,9%), tanto para cicatrizes no nariz quanto no tórax. A análise de subgrupos mostrou que a prevalência de cicatrizes em enxertos autogênicos relatada por seis estudos1818 Karaaltn MV, Batoglu-Karaaltn A, Orhan KS, Demirel T, Guldiken Y. Autologous fascia lata graft for contour restoration and camouflage in tertiary rhinoplasty. J Craniofac Surg. 2012;23:719-23.,2020 Al-Qattan MM. Augmentation of the nasal dorsum with autogenous costal cartilage using the ‘‘edge-on’’ technique. Ann Plast Surg. 2007;59:642-4.,2323 Draf W, Bockmühl U, Hoffmann B. Nasal correction in maxillonasal dysplasia (Binder’s syndrome): a long term follow-up study. Br J Plast Surg. 2003;56:199-204.,3737 Agrawal KS, Bachhav M, Shrotriya R. Namaste (counterbalancing) technique: overcoming warping in costal cartilage. Indian J Plast Surg. 2015;48:123 8.,3939 Cerkes N, Basaran K. Diced cartilage grafts wrapped in rectus abdominis fascia for nasal dorsum augmentation. Plast Reconstr Surg. 2016;137:43-51.,4242 Green S, Higgins JP, Alderson P, Clarke M, Mulrow CD, Oxman AD. Cochrane handbook for systematic reviews of interventions: cochrane book series. Naunyn-Schmiedeberg’s Arch Exp Pathol Pharmakol. 2008;5:S38. foi de 1,8% (IC 95% 0,2%-3,4%), enquanto nos enxertos aloplásticos, relatada por quatro estudos,2424 Gürlek A, Celik M, Fariz A, Ersöz-Öztürk A, Eren AT, Tenekeci G. The use of high-density porous polyethylene as a custom-made nasal spreader graft. Aesthetic Plast Surg. 2006;30:34-41.,3535 Gu Y, Yu W, Jin Y, Chen H, Ma G, Chang SJ, et al. Safety and efficacy of cosmetic augmentation of the nasal tip and nasal dorsum with expanded polytetrafluoroethylene: a randomized clinical trial. JAMA Facial Plast Surg. 2018;20:277 83.,3636 Jiang C, Shi R, Sun Y. Study of inferior turbinate reconstruction with Medpor for the treatment of empty nose syndrome: inferior turbinate reconstruction with medpor. Laryngoscope. 2013;123:1106 11.,4444 Khorasani M, Janbaz P, Rayati F. Maxillofacial reconstruction with Medpor porous polyethylene implant: a case series study. J Korean Assoc Oral Maxillofac Surg. 2018;44:128. a taxa de cicatrizes foi de 1,5% (IC 95% -0,4%-3,5%) (fig. 10).

Figura 10
Gráfico do tipo forest plot do desfecho de cicatrizes hipertróficas de acordo com o tipo de enxerto.

Na estratificação dos estudos de acordo com os países, a taxa de formação de cicatrizes foi mais alta nos países de baixa renda, com 9,8% (IC 95% 1,6%-18%), seguidos pelos países de alta renda, com 2,8% (IC 95% -0,1%−5,7%), e países de renda média, com 1,2% (IC 95% -0%-2,5%) (fig. 11). Em relação aos estudos asiáticos, eles relatam taxas mais altas de formação de cicatrizes, com 1,8% (IC 95% 0,2%-3,4%), como relatado em seis estudos,2020 Al-Qattan MM. Augmentation of the nasal dorsum with autogenous costal cartilage using the ‘‘edge-on’’ technique. Ann Plast Surg. 2007;59:642-4.,2222 Wang H, Fan F, You J, Wang S. Combined silicone implant and cartilage grafts for augmentation rhinoplasty. J Craniofac Surg. 2013;24:494-6.,3535 Gu Y, Yu W, Jin Y, Chen H, Ma G, Chang SJ, et al. Safety and efficacy of cosmetic augmentation of the nasal tip and nasal dorsum with expanded polytetrafluoroethylene: a randomized clinical trial. JAMA Facial Plast Surg. 2018;20:277 83.,3636 Jiang C, Shi R, Sun Y. Study of inferior turbinate reconstruction with Medpor for the treatment of empty nose syndrome: inferior turbinate reconstruction with medpor. Laryngoscope. 2013;123:1106 11.,3939 Cerkes N, Basaran K. Diced cartilage grafts wrapped in rectus abdominis fascia for nasal dorsum augmentation. Plast Reconstr Surg. 2016;137:43-51.,4444 Khorasani M, Janbaz P, Rayati F. Maxillofacial reconstruction with Medpor porous polyethylene implant: a case series study. J Korean Assoc Oral Maxillofac Surg. 2018;44:128. enquanto os pacientes europeus apresentaram uma taxa de 1,4% de formação de cicatrizes (IC 95% 0,2%-4,8%), como relatado em cinco estudos1818 Karaaltn MV, Batoglu-Karaaltn A, Orhan KS, Demirel T, Guldiken Y. Autologous fascia lata graft for contour restoration and camouflage in tertiary rhinoplasty. J Craniofac Surg. 2012;23:719-23.,2323 Draf W, Bockmühl U, Hoffmann B. Nasal correction in maxillonasal dysplasia (Binder’s syndrome): a long term follow-up study. Br J Plast Surg. 2003;56:199-204.,2424 Gürlek A, Celik M, Fariz A, Ersöz-Öztürk A, Eren AT, Tenekeci G. The use of high-density porous polyethylene as a custom-made nasal spreader graft. Aesthetic Plast Surg. 2006;30:34-41.,3939 Cerkes N, Basaran K. Diced cartilage grafts wrapped in rectus abdominis fascia for nasal dorsum augmentation. Plast Reconstr Surg. 2016;137:43-51.,4242 Green S, Higgins JP, Alderson P, Clarke M, Mulrow CD, Oxman AD. Cochrane handbook for systematic reviews of interventions: cochrane book series. Naunyn-Schmiedeberg’s Arch Exp Pathol Pharmakol. 2008;5:S38. (fig. 12). Os estudos agrupados, em todas as análises, não mostraram heterogeneidade significativa.

Figura 11
Gráfico do tipo forest plot do desfecho de cicatrizes hipertróficas de acordo com o nível de renda do país.

Figura 12
Gráfico do tipo forest plot do desfecho de cicatrizes hipertróficas de acordo com o local do estudo.

Necessidade de uma segunda cirurgia para correção

Relataram a necessidade de um segundo procedimento cirúrgico 19 estudos (613 participantes). A taxa geral de cirurgia de correção foi de 4,1% (IC 95% 2,5%-5,6%). A análise de subgrupos mostrou que a necessidade de uma segunda cirurgia foi maior nos enxertos autogênicos com 4,2% (IC 95% 2,4%-6,1%), em comparação aos enxertos aloplásticos, com 3,7% (IC 95% 1,0%-6,4%) (fig. 13).

Figura 13
Gráfico do tipo forest plot do desfecho da necessidade de uma segunda cirurgia de acordo com o tipo de enxerto.

Os países de renda média relataram a menor necessidade de uma segunda cirurgia com apenas 1,2% (IC 95% 0%-25%),1616 Li Q, Weng R, Gu B, Liu K, Shen G, Xie F, et al. Anchor-shaped nasal framework designed for total nasal reconstruction. J Plast Reconstr Aesthetic Surg. 2010;63:954-62.,1818 Karaaltn MV, Batoglu-Karaaltn A, Orhan KS, Demirel T, Guldiken Y. Autologous fascia lata graft for contour restoration and camouflage in tertiary rhinoplasty. J Craniofac Surg. 2012;23:719-23.,2222 Wang H, Fan F, You J, Wang S. Combined silicone implant and cartilage grafts for augmentation rhinoplasty. J Craniofac Surg. 2013;24:494-6.,2424 Gürlek A, Celik M, Fariz A, Ersöz-Öztürk A, Eren AT, Tenekeci G. The use of high-density porous polyethylene as a custom-made nasal spreader graft. Aesthetic Plast Surg. 2006;30:34-41.,2525 Kayabasoglu G, Nacar A, Yilmaz MS, Altundag A, Cayonu M, Guven M. A novel method for nasal dorsal reconstruction: permanent fixation using Kirschner wire-guided hidden sutures. J Craniofac Surg. 2015;26:881-4.,2929 Turegun M, Acarturk TO, Ozturk S, Sengezer M. Aesthetic and functional restoration using dorsal saddle shaped medpor implant in secondary rhinoplasty. Ann Plast Surg. 2008;60:600 3.,3131 Taştan E, Yücel ÖT, Aydın E, Aydoğan F, Beriat K, Ulusoy MG. The oblique split method: a novel technique for carving costal cartilage grafts. JAMA Facial Plast Surg. 2013;15:198 203.,3232 Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG, Altman DG, Antes G, et al. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement (Chinese edition). Chin J Integr Med. 2009;7:889 96.,3434 Li J, Huang Y, Zhang Y, Pu Z. Application of a porous polyethylene spreader graft for nasal lengthening in asian patients. Aesthetic Surg J. 2018;38:491 9.

35 Gu Y, Yu W, Jin Y, Chen H, Ma G, Chang SJ, et al. Safety and efficacy of cosmetic augmentation of the nasal tip and nasal dorsum with expanded polytetrafluoroethylene: a randomized clinical trial. JAMA Facial Plast Surg. 2018;20:277 83.
-3636 Jiang C, Shi R, Sun Y. Study of inferior turbinate reconstruction with Medpor for the treatment of empty nose syndrome: inferior turbinate reconstruction with medpor. Laryngoscope. 2013;123:1106 11.,3939 Cerkes N, Basaran K. Diced cartilage grafts wrapped in rectus abdominis fascia for nasal dorsum augmentation. Plast Reconstr Surg. 2016;137:43-51.,4343 Lee Y, Ham SB. Use of a temporoparietal fascia-covered silastic implant in nose reconstruction after foreign body removal. Plas Reconstr Surg. 1999;104.,4545 Ma J, Wang K, Zhao X. Diced costal cartilage for augmentation rhinoplasty. Chin Med J. 2015;128., seguidos por estudos de países de alta renda,3333 Kim YH, Kim BJ, Jang TY. Use of Porous High-Density Polyethylene (Medpor) for spreader or extended septal graft in rhinoplasty: aesthetics, functional outcomes, and long-term complications. Ann Plast Surg. 2011;67:464 8.,4040 Riechelmann H, Rettinger G. Three-step reconstruction of complex saddle nose deformities. Arch Otolaryngol Neck Surg. 2004;130:334.,4242 Green S, Higgins JP, Alderson P, Clarke M, Mulrow CD, Oxman AD. Cochrane handbook for systematic reviews of interventions: cochrane book series. Naunyn-Schmiedeberg’s Arch Exp Pathol Pharmakol. 2008;5:S38.,4444 Khorasani M, Janbaz P, Rayati F. Maxillofacial reconstruction with Medpor porous polyethylene implant: a case series study. J Korean Assoc Oral Maxillofac Surg. 2018;44:128. com 2,3% (IC 95% 2,8%-9,5%), e países de baixa renda, com 9,8% (IC 95% 6,3%-27,8%), respectivamente (fig. 14). Os estudos asiáticos relataram uma taxa de necessidade de uma segunda cirurgia de 1,8% (IC 95% 0,2%-3,4%), como relatado em 11 estudos,1616 Li Q, Weng R, Gu B, Liu K, Shen G, Xie F, et al. Anchor-shaped nasal framework designed for total nasal reconstruction. J Plast Reconstr Aesthetic Surg. 2010;63:954-62.,2222 Wang H, Fan F, You J, Wang S. Combined silicone implant and cartilage grafts for augmentation rhinoplasty. J Craniofac Surg. 2013;24:494-6.,3232 Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG, Altman DG, Antes G, et al. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement (Chinese edition). Chin J Integr Med. 2009;7:889 96.,3333 Kim YH, Kim BJ, Jang TY. Use of Porous High-Density Polyethylene (Medpor) for spreader or extended septal graft in rhinoplasty: aesthetics, functional outcomes, and long-term complications. Ann Plast Surg. 2011;67:464 8.,3535 Gu Y, Yu W, Jin Y, Chen H, Ma G, Chang SJ, et al. Safety and efficacy of cosmetic augmentation of the nasal tip and nasal dorsum with expanded polytetrafluoroethylene: a randomized clinical trial. JAMA Facial Plast Surg. 2018;20:277 83.,3636 Jiang C, Shi R, Sun Y. Study of inferior turbinate reconstruction with Medpor for the treatment of empty nose syndrome: inferior turbinate reconstruction with medpor. Laryngoscope. 2013;123:1106 11.,3838 Shubailat GF. Cantilever rib grafting in salvage rhinoplasty. Aesthetic Plast Surg. 2003;27:281 5.,4040 Riechelmann H, Rettinger G. Three-step reconstruction of complex saddle nose deformities. Arch Otolaryngol Neck Surg. 2004;130:334.,4444 Khorasani M, Janbaz P, Rayati F. Maxillofacial reconstruction with Medpor porous polyethylene implant: a case series study. J Korean Assoc Oral Maxillofac Surg. 2018;44:128.,4545 Ma J, Wang K, Zhao X. Diced costal cartilage for augmentation rhinoplasty. Chin Med J. 2015;128. enquanto uma taxa mais baixa foi observada nos estudos europeus, com 1,5% (IC 95% 0,3%-2,7%), como relatado em oito estudos1818 Karaaltn MV, Batoglu-Karaaltn A, Orhan KS, Demirel T, Guldiken Y. Autologous fascia lata graft for contour restoration and camouflage in tertiary rhinoplasty. J Craniofac Surg. 2012;23:719-23.,2424 Gürlek A, Celik M, Fariz A, Ersöz-Öztürk A, Eren AT, Tenekeci G. The use of high-density porous polyethylene as a custom-made nasal spreader graft. Aesthetic Plast Surg. 2006;30:34-41.,2525 Kayabasoglu G, Nacar A, Yilmaz MS, Altundag A, Cayonu M, Guven M. A novel method for nasal dorsal reconstruction: permanent fixation using Kirschner wire-guided hidden sutures. J Craniofac Surg. 2015;26:881-4.,2929 Turegun M, Acarturk TO, Ozturk S, Sengezer M. Aesthetic and functional restoration using dorsal saddle shaped medpor implant in secondary rhinoplasty. Ann Plast Surg. 2008;60:600 3.,3131 Taştan E, Yücel ÖT, Aydın E, Aydoğan F, Beriat K, Ulusoy MG. The oblique split method: a novel technique for carving costal cartilage grafts. JAMA Facial Plast Surg. 2013;15:198 203.,3939 Cerkes N, Basaran K. Diced cartilage grafts wrapped in rectus abdominis fascia for nasal dorsum augmentation. Plast Reconstr Surg. 2016;137:43-51.,4242 Green S, Higgins JP, Alderson P, Clarke M, Mulrow CD, Oxman AD. Cochrane handbook for systematic reviews of interventions: cochrane book series. Naunyn-Schmiedeberg’s Arch Exp Pathol Pharmakol. 2008;5:S38.,4343 Lee Y, Ham SB. Use of a temporoparietal fascia-covered silastic implant in nose reconstruction after foreign body removal. Plas Reconstr Surg. 1999;104. (fig. 15). Os estudos agrupados, em todas as análises, não mostraram heterogeneidade significante.

Figura 14
Gráfico do tipo forest plot do desfecho da necessidade de uma segunda cirurgia de acordo com o nível de renda do país.

Figura 15
Gráfico do tipo forest plot do desfecho da necessidade de uma segunda cirurgia de acordo com o local do estudo.

Metarregressão

Um modelo de metarregressão foi feito para correlacionar a data da cirurgia (de 1999 a 2018) com a ocorrência de complicações. Não encontramos efeito significante da data da cirurgia nas taxas de deformação (p = 0,6), taxas de infecção (p = 0,2), taxas de cicatrizes hipertróficas (p = 0,1) ou na necessidade de uma segunda cirurgia (p = 0,1) (fig. 16).

Figura 16
Análise de metarregressão.

Viés de publicação

Esta metanálise relatou um viés de publicação significativo em dois desfechos: a necessidade de uma segunda cirurgia e cicatrizes hipertróficas (fig. 17). O restante dos desfechos e as comparações de subgrupos não mostraram assimetria semelhante no gráfico de funil e, portanto, ausência do risco de viés (fig. 18).

Figura 17
Gráfico do tipo funnel plot de Begg que mostra um viés significativo de publicação.

Figura 18
Gráfico do tipo funnel plot de Begg que mostra um viés não significativo de publicação.

Discussão

A presente metanálise fornece evidências científicas classe 1 de que a taxa geral de complicações é menos comum em pacientes da Ásia do que nos europeus e que os enxertos autogênicos têm menores taxas de prevalência de complicações gerais. Além disso, pacientes de países de baixa renda apresentaram taxas aumentadas de infecção, deformidades pós-cirúrgicas e necessidade de reoperação, em contraste com os países de alta e média renda.

A literatura está repleta de estudos que apoiam nossos resultados. Uma metanálise anterior incluiu 10 estudos. Eles mostraram que os enxertos aloplásticos estão associados a um aumento na incidência de infecção, deformidade pós-cirúrgica, cicatrizes hipertróficas no tórax e reabsorção.4444 Khorasani M, Janbaz P, Rayati F. Maxillofacial reconstruction with Medpor porous polyethylene implant: a case series study. J Korean Assoc Oral Maxillofac Surg. 2018;44:128. Eles relataram que o baixo número de estudos incluídos é sua principal limitação. Em nosso estudo, relatamos os resultados de 30 estudos (1.013 pacientes) e observamos que a taxa de infecção, deformidade pós-cirúrgica, cicatrizes hipertróficas e reabsorção foi de 2,1%, 1,5%, 1,6% e 4,1%, respectivamente.

Outra metanálise de estudos observacionais comparou enxertos aloplásticos com autogênicos em termos de complicações. O estudo verificou que os enxertos autogênicos trazem mais benefícios e menos efeitos colaterais.4646 Wee JH, Park MH, Oh S, Jin HR. Complications associated with autologous rib cartilage use in rhinoplasty: a meta-analysis. JAMA Facial Plast Surg. 2015;17:49. Isso apoia nossos achados; relatamos que os enxertos aloplásticos apresentam maior taxa de infecção, em comparação aos enxertos autogênicos (2,1%). Além disso, os enxertos autogênicos mais frequentemente necessitam de segundas cirurgias (4,2%) do que os aloplásticos (3,7%).

Nossos resultados revelaram uma alta taxa de segunda cirurgia em pacientes asiáticos; isso é apoiado pelos achados de Matory e Falces1515 Matory WE, Falces E. Non-Caucasian rhinoplasty: a 16-year experience. Plast Reconstr Surg. 1986;77:239-52. em seu estudo de 1986, no qual eles mostram que indivíduos asiáticos têm uma estrutura osteocartilaginosa fraca que não suporta facilmente o enxerto. Uma metanálise que incluiu enxertos autólogos de cartilagem costal mostrou que a rinoplastia está significativamente associada à incidência de pneumotórax, extrusão, seroma e dor persistente no local doador.1212 Varadharajan K, Sethukumar P, Anwar M, Patel K. Complications associated with the use of autologous costal cartilage in rhinoplasty: a systematic review. Aesthetic Surg J. 2015;35:644-52. De fato, dos 30 estudos incluídos, apenas dois relataram a dor como um efeito colateral significativo. Lee et al. relatam que os enxertos de silicone sintético apresentam maiores taxas de complicações.1313 Lee MR, Unger JG, Rohrich RJ. Management of the nasal dorsum in rhinoplasty: a systematic review of the literature regarding technique, outcomes, and complications. Plast Reconstr Surg. 2011;128:538-50.

Como esperado, os países de baixa renda sofrem com complicações significativas da cirurgia. Em consonância com a literatura anterior, os países de renda média, que geralmente não sofrem dessas complicações,4747 Liang X, Wang K, Malay S, Chung KC, Ma J. A systematic review and meta-analysis of comparison between autologous costal cartilage and alloplastic materials in rhinoplasty. J Plast Reconstr Aesthetic Surg. 2018;71:1164-73.,4848 Iyer KS. Pediatric cardiac surgery in lowand middle-income countries - Fighting the odds. Ann Pediatr Cardiol. 2019;12:1-2. mostraram menos complicações em comparação aos de baixa renda.

A idade dos pacientes desempenha um papel importante na incidência de complicações, pois o procedimento é mais difícil na população pediátrica do que em adultos. Gupta et al. relataram que a rinoplastia pediátrica está associada a maiores taxas de revisão do que nos adultos.1414 Gupta A, Svider PF, Rayess H, Sheyn A, Folbe AJ, Eloy JA, et al. Pediatric rhinoplasty: a discussion of perioperative considerations and systematic review. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2017;92:11-6.

Várias limitações foram observadas nas metanálises anteriores; o número relativamente baixo de estudos incluídos, falta de uma análise de subgrupo para isolar fatores diferentes, baixa evidência dos estudos incluídos e resultados heterogêneos significativos. Consideramos essas limitações críticas durante a preparação de nossa metanálise.

Nosso estudo tem muitos pontos fortes, derivados principalmente das limitações de trabalhos anteriores. Fizemos uma pesquisa abrangente que incluiu um grande número de estudos para fornecer evidências mais fortes. Além disso, incluímos apenas ensaios clínicos nesta metanálise. Os dados analisados foram homogêneos, avaliados pelo teste I2. Finalmente, adicionamos novas evidências por meio de nossas análises de subgrupos e metarregressão.

A principal limitação que encontramos é a falta de dados em alguns estudos. Muitos estudos incluídos não tinham relatos de desfechos importantes, como distorção e infecção. Outros estudos forneceram dados de maneira inadequada para ser incluídos em uma metanálise. O pequeno tamanho da amostra para cada estudo é uma limitação importante que também deve ser levada em consideração. Os estudos de países de baixa renda foram limitados, o que pode trazer viés para os resultados e subestimar as taxas reais. Recomendamos estudos futuros com tamanho de amostra maior para avaliar adequadamente todos os resultados relevantes.

Conclusão

Pacientes com enxertos autogênicos são menos propensos a desenvolver complicações, em comparação com seus pares que receberam enxertos aloplásticos. Além disso, os pacientes asiáticos são menos suscetíveis a complicações gerais da rinoplastia. Atenção deve ser dada ao fato de que em países de baixa renda as complicações cirúrgicas são mais propensas a ocorrer.

Agradecimentos

À King Saud University, College of Medicine, e King Faisal Medical City of Southern Region pelo grande apoio às pesquisas científicas.

  • Como citar este artigo: Hudise JY, Aldhabaan SA, Aldosari BF. Complications of the nasal dorsum reconstruction using autologous or alloplastic grafts: evidence from systematic review and meta-analysis. Braz J Otorhinolaryngol. 2022;88:406-20.
  • A revisão por pares é da responsabilidade da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial.

References

  • 1
    Loghmani S, Loghmani S, Baghi H, Hoghoughi MA, Dalvi F. Demographic characteristics of patients undergoing rhinoplasty: a single center two-time-period comparison. World J Plast Surg. 2017;6:275-9.
  • 2
    Gunter JP, Cochran CS, Marin VP. Dorsal augmentation with autogenous rib cartilage. Semin Plast Surg. 2008;22:74-89.
  • 3
    Moretti A, Sciuto S. Rib grafts in septorhinoplasty. Acta Otorhinolaryngol Ital. 2013;33:190.
  • 4
    Balaji SM. Costal cartilage nasal augmentation rhinoplasty: study on warping. Ann Maxillofac Surg. 2013;3:20-4.
  • 5
    Adams JW, Rohrich RJ, Gunter JP, Clark CP, Robinson JJ. The rate of warping in irradiated and nonirradiated homograft rib cartilage: a controlled comparison and clinical implications. Plast Reconstr Surg. 1999;103:265-70.
  • 6
    Sajjadian A, Rubinstein R, Naghshineh N. Current status of grafts and implants in rhinoplasty: part I. Autologous grafts. Plast Reconstr Surg. 2010;125, 40e-9e.
  • 7
    Jin HR, Won TB. Rhinoplasty in the Asian patient. Clin Plast Surg. 2016;43:265-79.
  • 8
    Hosseinzadeh K, Hamadzadeh H, Khorasani M, Jamshidi M. Health-related quality of life of persons after rhinoplasty: a longitudinal study among iranian population. J Clin Diagn Res. 2017;11:ZC60-2.
  • 9
    Zojaji R, Keshavarzmanesh M, Arshadi HR, Baf MM, Esmaeilzadeh S. Quality of life in patients who underwent rhinoplasty. Facial Plast Surg. 2014;30:593-6.
  • 10
    Lin J, Tan X, Chen X, Lin J, Shi S, Tian F, et al. Another use of the alar cartilaginous flap. Aesthetic Plast Surg. 2006;30:560-3.
  • 11
    Lopez MA, Shah AR, Westine JG, O’Grady K, Toriumi DM. Analysis of the physical properties of costal cartilage in a porcine model. Arch Facial Plast Surg. 2007;9:35-9.
  • 12
    Varadharajan K, Sethukumar P, Anwar M, Patel K. Complications associated with the use of autologous costal cartilage in rhinoplasty: a systematic review. Aesthetic Surg J. 2015;35:644-52.
  • 13
    Lee MR, Unger JG, Rohrich RJ. Management of the nasal dorsum in rhinoplasty: a systematic review of the literature regarding technique, outcomes, and complications. Plast Reconstr Surg. 2011;128:538-50.
  • 14
    Gupta A, Svider PF, Rayess H, Sheyn A, Folbe AJ, Eloy JA, et al. Pediatric rhinoplasty: a discussion of perioperative considerations and systematic review. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2017;92:11-6.
  • 15
    Matory WE, Falces E. Non-Caucasian rhinoplasty: a 16-year experience. Plast Reconstr Surg. 1986;77:239-52.
  • 16
    Li Q, Weng R, Gu B, Liu K, Shen G, Xie F, et al. Anchor-shaped nasal framework designed for total nasal reconstruction. J Plast Reconstr Aesthetic Surg. 2010;63:954-62.
  • 17
    Cakmak O. The versatile autogenous costal cartilage graft in septorhinoplasty. Arch Facial Plast Surg. 2002;4:172-6.
  • 18
    Karaaltn MV, Batoglu-Karaaltn A, Orhan KS, Demirel T, Guldiken Y. Autologous fascia lata graft for contour restoration and camouflage in tertiary rhinoplasty. J Craniofac Surg. 2012;23:719-23.
  • 19
    Yilmaz M, Vayvada H, Menderes A, Mola F, Atabey A. Dorsal nasal augmentation with rib cartilage graft: long-term results and patient satisfaction. J Craniofac Surg. 2007;18:47.
  • 20
    Al-Qattan MM. Augmentation of the nasal dorsum with autogenous costal cartilage using the ‘‘edge-on’’ technique. Ann Plast Surg. 2007;59:642-4.
  • 21
    Baek RM, Eun SC, Heo CY, Min KH. Rhinoplasty using rib chondro-osseous graft in asian patients. J Craniofac Surg. 2010;21:1122-5.
  • 22
    Wang H, Fan F, You J, Wang S. Combined silicone implant and cartilage grafts for augmentation rhinoplasty. J Craniofac Surg. 2013;24:494-6.
  • 23
    Draf W, Bockmühl U, Hoffmann B. Nasal correction in maxillonasal dysplasia (Binder’s syndrome): a long term follow-up study. Br J Plast Surg. 2003;56:199-204.
  • 24
    Gürlek A, Celik M, Fariz A, Ersöz-Öztürk A, Eren AT, Tenekeci G. The use of high-density porous polyethylene as a custom-made nasal spreader graft. Aesthetic Plast Surg. 2006;30:34-41.
  • 25
    Kayabasoglu G, Nacar A, Yilmaz MS, Altundag A, Cayonu M, Guven M. A novel method for nasal dorsal reconstruction: permanent fixation using Kirschner wire-guided hidden sutures. J Craniofac Surg. 2015;26:881-4.
  • 26
    Lee SJ, Rho BI, Nam SM, Lee SJB, Park ES. Changes in implant thickness after rhinoplasty using surgiform. Arch Aesthetic Plast Surg. 2018;24:1.
  • 27
    Swaroop GS, Reddy JS, Mangal MC, Gupta A, Nanda BS, Jhunjhunwala N. Autogenous control augmentation system a refinement in diced cartilage glue graft for augmentation of dorsum of nose. Indian J Plast Surg. 2018;51:202.
  • 28
    Tastan E, Sozen T. Oblique split technique in septal reconstruction. Facial Plast Surg. 2013;29:487 91.
  • 29
    Turegun M, Acarturk TO, Ozturk S, Sengezer M. Aesthetic and functional restoration using dorsal saddle shaped medpor implant in secondary rhinoplasty. Ann Plast Surg. 2008;60:600 3.
  • 30
    Türegün M, Engezer M, Güler M. Reconstruction of saddle nose deformities using porous polyethylene implant. Aesthetic Plast Surg. 1998;22:38 41.
  • 31
    Taştan E, Yücel ÖT, Aydın E, Aydoğan F, Beriat K, Ulusoy MG. The oblique split method: a novel technique for carving costal cartilage grafts. JAMA Facial Plast Surg. 2013;15:198 203.
  • 32
    Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG, Altman DG, Antes G, et al. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement (Chinese edition). Chin J Integr Med. 2009;7:889 96.
  • 33
    Kim YH, Kim BJ, Jang TY. Use of Porous High-Density Polyethylene (Medpor) for spreader or extended septal graft in rhinoplasty: aesthetics, functional outcomes, and long-term complications. Ann Plast Surg. 2011;67:464 8.
  • 34
    Li J, Huang Y, Zhang Y, Pu Z. Application of a porous polyethylene spreader graft for nasal lengthening in asian patients. Aesthetic Surg J. 2018;38:491 9.
  • 35
    Gu Y, Yu W, Jin Y, Chen H, Ma G, Chang SJ, et al. Safety and efficacy of cosmetic augmentation of the nasal tip and nasal dorsum with expanded polytetrafluoroethylene: a randomized clinical trial. JAMA Facial Plast Surg. 2018;20:277 83.
  • 36
    Jiang C, Shi R, Sun Y. Study of inferior turbinate reconstruction with Medpor for the treatment of empty nose syndrome: inferior turbinate reconstruction with medpor. Laryngoscope. 2013;123:1106 11.
  • 37
    Agrawal KS, Bachhav M, Shrotriya R. Namaste (counterbalancing) technique: overcoming warping in costal cartilage. Indian J Plast Surg. 2015;48:123 8.
  • 38
    Shubailat GF. Cantilever rib grafting in salvage rhinoplasty. Aesthetic Plast Surg. 2003;27:281 5.
  • 39
    Cerkes N, Basaran K. Diced cartilage grafts wrapped in rectus abdominis fascia for nasal dorsum augmentation. Plast Reconstr Surg. 2016;137:43-51.
  • 40
    Riechelmann H, Rettinger G. Three-step reconstruction of complex saddle nose deformities. Arch Otolaryngol Neck Surg. 2004;130:334.
  • 41
    Yazar M, Yazar SK, Sevim KZ, Kozanoglu E, Sirvan SS, Karsidag S, et al. Key and keyhole model for dorsal onlay cartilage grafts in correcting nasal deformities. Ann Plast Surg. 2015;75:418-23.
  • 42
    Green S, Higgins JP, Alderson P, Clarke M, Mulrow CD, Oxman AD. Cochrane handbook for systematic reviews of interventions: cochrane book series. Naunyn-Schmiedeberg’s Arch Exp Pathol Pharmakol. 2008;5:S38.
  • 43
    Lee Y, Ham SB. Use of a temporoparietal fascia-covered silastic implant in nose reconstruction after foreign body removal. Plas Reconstr Surg. 1999;104.
  • 44
    Khorasani M, Janbaz P, Rayati F. Maxillofacial reconstruction with Medpor porous polyethylene implant: a case series study. J Korean Assoc Oral Maxillofac Surg. 2018;44:128.
  • 45
    Ma J, Wang K, Zhao X. Diced costal cartilage for augmentation rhinoplasty. Chin Med J. 2015;128.
  • 46
    Wee JH, Park MH, Oh S, Jin HR. Complications associated with autologous rib cartilage use in rhinoplasty: a meta-analysis. JAMA Facial Plast Surg. 2015;17:49.
  • 47
    Liang X, Wang K, Malay S, Chung KC, Ma J. A systematic review and meta-analysis of comparison between autologous costal cartilage and alloplastic materials in rhinoplasty. J Plast Reconstr Aesthetic Surg. 2018;71:1164-73.
  • 48
    Iyer KS. Pediatric cardiac surgery in lowand middle-income countries - Fighting the odds. Ann Pediatr Cardiol. 2019;12:1-2.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    27 Jun 2022
  • Data do Fascículo
    May-Jun 2022

Histórico

  • Recebido
    17 Fev 2020
  • Aceito
    04 Jul 2020
Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Sede da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial, Av. Indianópolia, 1287, 04063-002 São Paulo/SP Brasil, Tel.: (0xx11) 5053-7500, Fax: (0xx11) 5053-7512 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista@aborlccf.org.br