O aumento constante das áreas de florestas de eucalipto no Brasil impõe um monitoramento acurado da erosão hídrica. No presente estudo, objetivou-se avaliar as perdas de solo, nutrientes e carbono orgânico ocasionadas pela erosão hídrica em florestas plantadas de eucalipto em diferentes estádios de desenvolvimento (2, 3 e 7 anos). Os sedimentos de erosão foram medidos e amostrados por parcelas-padrão instaladas em Argissolo Vermelho (Ultisol) e Cambissolo Háplico (Inceptisol). As perdas de solo diminuíram com o aumento da idade das plantas; no início do desenvolvimento delas, o dossel apresentava pequena cobertura da superfície, expondo o solo das plantações jovens a maiores taxas de erosão. O sistema de plantio em sulcos utilizado no Argissolo Vermelho ocasionou maiores perdas de solo (1,1 a 6,2 Mg ha-1ano-1) quando comparado ao sistema de covas usado no Cambissolo Háplico (1,1 Mg ha-1ano-1). É conhecido que os Cambissolos (Inceptisol) é menos resistente à erosão do que os Argissolos (Ultisol). Contudo, a utilização do sistema de covas resultou em menor erosão e, consequentemente, menores perdas de nutrientes e carbono orgânico do que o tradicional sistema de sulcos utilizado no Argissolo. Quanto às perdas de solo, este trabalho salienta a necessidade de melhorar as práticas de conservação do solo para prevenir a erosão hídrica nos primeiros estágios de crescimento do eucalipto. As quantidades de cálcio e potássio no sedimento foram maiores do que as de magnésio. A quantidade relativamente maior de carbono orgânico encontrada nos sedimentos gera preocupações adicionais sobre a sustentabilidade ambiental e merece pesquisas futuras.
Perda de solo; reflorestamento; sistema conservacionista
