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Pesquisa e teoria da agência comportamental: uma revisão e agenda de pesquisa

Resumo

A teoria da agência comportamental verifica a relação entre os executivos, CEOs e gerentes da empresa e suas decisões dentro da empresa. Os mecanismos de governança e as formas de remuneração passam a ser monitores dos membros internos quanto à experiência do conselho de administração para evitar desvalorizações. Este artigo destaca a importância da teoria da agência comportamental tanto para empresas que confiam em seu processo de tomada de decisão a um agente quanto para o comportamento desse agente. Ambos os aspectos estão sujeitos a preocupações que geralmente levam a recomendações para estabelecer ou melhorar os planos de remuneração dos executivos. Por meio de uma pesquisa bibliométrica que analisou 107 artigos, foi possível verificar que a remuneração por desempenho dos executivos, segundo a teoria da agência, é o mecanismo mais utilizado para estimular os executivos a tomar decisões sobre o crescimento e o melhor desempenho da empresa. A contribuição teórica e empírica deste estudo aponta para a necessidade de pesquisas futuras sobre esse tema, uma vez que a compreensão do comportamento do agente é estratégica para que as empresas ajudem o agente a atuar em benefício dela enquanto reduzem as possibilidades de comportamentos inadequados e prejudiciais.

Palavras-chave:
Teoria da agência comportamental; Risco executivo; Governança corporativa; Pesquisa bibliométrica

Abstract

The behavioral agency theory verifies the relationship between company executives, CEOs, and managers, and their decision-making within the firm. The mechanisms of governance and the forms of remuneration are instruments that monitor internal members avoiding risks that potentially harm the organization’s valuation. This article highlights the importance of the behavioral agency theory both for firms that trust their decision-making process to an agent and for the behavior of this agent. Both aspects are subject to concerns that usually lead to recommendations to establish or improve the executives’ compensation plans. Through bibliometric research analyzing 107 articles, it was possible to verify that executives’ performance compensation, according to agency theory, is the most used mechanism to stimulate executives to make decisions toward the company’s growth and best performance. This study’s theoretical and empirical contribution point to the need for future research on this topic since understanding the agent’s behavior is strategic for companies to help the agent to act on its benefit while reducing the possibilities of inadequate and harmful behavior.

Keywords:
Behavioral agency theory; Executive risk-taking; Corporate governance; Bibliometric research

Resumen

La teoría de la agencia comportamental verifica la relación entre los ejecutivos de la empresa, los directores ejecutivos y los gerentes, y su toma de decisiones dentro de la empresa. Los mecanismos de gobierno y las formas de remuneración se convierten en monitores de los miembros internos con respecto a la experiencia de la junta directiva para evitar la subvaloración. Este artículo destaca la importancia de la teoría de la agencia de comportamiento tanto para las empresas que confían su proceso de toma de decisiones a un agente como para el comportamiento de este agente. Ambos aspectos están sujetos a preocupaciones que generalmente llevan a recomendaciones para establecer o mejorar los planes de remuneración de los ejecutivos. A través de una investigación bibliométrica que analiza 107 artículos, fue posible verificar que la remuneración de desempeño de los ejecutivos, según la teoría de la agencia, es el mecanismo más utilizado para estimular a los ejecutivos a tomar decisiones sobre el crecimiento y el mejor desempeño de la compañía. La contribución teórica y empírica de este estudio apunta a la necesidad de futuras investigaciones sobre este tema, ya que entender el comportamiento del agente es estratégico para que las empresas ayuden al agente a actuar en su beneficio, al tiempo que reducen las posibilidades de comportamiento inadecuado y perjudicial.

Palabras clave:
Teoría de la agencia comportamental; Asunción de riesgos ejecutivos; Gobierno corporativo; Bibliométrico

INTRODUÇÃO

A agência comportamental aborda pressões institucionais e respostas corporativas. De forma mais ampla, do ponto de vista da governança corporativa, o campo refere-se às condições de governança corporativa, ao CEO, executivos seniores, gerentes, entre outros, que podem reforçar a resiliência organizacional ou o atendimento substancial às demandas institucionais (BERRONE, CRUZ, GOMEZ-MEJIA et al., 2010BERRONE, P. et al. Socioemotional wealth and corporate responses to institutional pressures: Do family-controlled firms pollute less?. Administrative science quarterly, v. 55, n. 1, p. 82-113, 2010.). Quando um elo é criado entre a teoria e a prática, a agência comportamental identifica as suposições que formam a base para a implementação das melhores práticas, como o comportamento do conselho que identifica as condições ambientais e as considerações da diretoria (MILLER-MILLESEN, 2013MILLER-MILLESEN, J. L. Understanding the behavior of nonprofit boards of directors: A theory-based approach. Nonprofit and voluntary sector quarterly, v. 32, n. 4, p. 521-547, 2013.).

Neste estudo bibliométrico, pretendemos compreender as lacunas da teoria da agência comportamental. Normalmente, os modelos desenvolvidos com base na teoria da agência comportamental combinam elementos da governança corporativa interna e exploram as dificuldades no comportamento de assumir riscos do executivo. O risco executivo varia entre diferentes formas de monitoramento, que podem exibir comportamentos de risco, bem como comportamentos avessos ao risco (WISEMAN e GOMEZ-MEJIA, 1998WISEMAN, R.; GOMEZ-MEJIA, L. A behavioral agency model of managerial risk taking. Academy of management Review, v. 23, n. 1, p. 133-153, 1998.).

Este estudo busca compreender como os agentes, dentro da relação principal-agente, gerenciam o risco inerente ao seu pacote de remuneração e a vulnerabilidade do agente às perdas devidas ao risco assumido (MARTIN, GOMEZ-MEJIA e WISEMAN, 2013MARTIN, G. P.; GOMEZ-MEJIA, L. R.; WISEMAN, R. M. Executive stock options as mixed gambles: Revisiting the behavioral agency model. Academy of Management Journal, v. 56, n. 2, p. 451-472, 2013.). A teoria da agência comportamental aborda uma estrutura melhor para teorizar os salários dos executivos, já que esta é uma teoria melhorada do comportamento dos agentes e uma plataforma aprimorada para fazer recomendações sobre o planejamento salarial dos executivos (PEPPER e GORE, 2015PEPPER, A.; GORE, J. Behavioral agency theory: New foundations for theorizing about executive compensation. Journal of management, v. 41, n. 4, p. 1045-1068, 2015.). As habilidades cognitivas do indivíduo, a intenção de suas ações e o reconhecimento da identidade humana e intelectual, permitem a interação entre agentes e mecanismos de monitoramento (CASTAÑEDA, 2009CASTAÑEDA, G. “Sociomática”: El estudio de los sistemas adaptables complejos en el entorno socioeconómico. El Trimestre Económico, p. 5-64, 2009.). Em contraste, há evidências de que o monitoramento diminui a preferência dos agentes por agir honestamente, conforme revelado em seu comportamento. Indivíduos monitorados foram mais propensos a apresentar comportamento desonesto em comparação com indivíduos que não foram monitorados (LAIRD e BAILEY, 2016LAIRD, B. K.; BAILEY, C. D. Does Monitoring Reduce the Agent’s Preference for Honesty?. In: JEFFREY, C. (Ed.). Research on Professional Responsibility and Ethics in Accounting. Bingley: Emerald Group Publishing, 2016. (Research on Professional Responsibility and Ethics in Accounting, v. 20). p. 67-94.). Acima de tudo, as evidências confirmam que assumir riscos é uma combinação de perspectivas da agência comportamental (BAIXAULI-SOLER, BELDA-RUIZ e SANCHEZ-MARIN, 2015BAIXAULI-SOLER, J. S.; BELDA-RUIZ, M.; SANCHEZ-MARIN, G. Executive stock options, gender diversity in the top management team, and firm risk taking. Journal of Business Research, v. 68, n. 2, p. 451-463, 2015.).

O estudo identificou 107 artigos, predominantemente voltados para empresas familiares. Os artigos respondem a perguntas sobre a remuneração do CEO devido ao comportamento do agente, como executivo de risco. Acima de tudo, a busca por respostas para esse problema de pesquisa leva em consideração a demanda por desempenho das empresas. Os resultados contribuem para a compreensão do campo, que na maior parte da literatura sociopolítica se concentra no comportamento dos agentes (CEO, equipe de gerenciamento sênior, membros do conselho de administração), ao invés de princípios e interesses, por exemplo, o caso com os membros da família que tentam preservar a riqueza socioemocional. Os donos da família têm um vínculo irrevogável com a empresa, por isso, são mais vulneráveis a realizar comportamentos inadequados, especialmente em nível local, no próprio negócio (BERRONE, CRUZ, GOMEZ-MEJIA et al., 2010BERRONE, P. et al. Socioemotional wealth and corporate responses to institutional pressures: Do family-controlled firms pollute less?. Administrative science quarterly, v. 55, n. 1, p. 82-113, 2010.).

A próxima seção aborda a teoria da agência comportamental. As seções a seguir descrevem os aspectos metodológicos, resultados, discussões e conclusões do estudo.

REVISÃO DE ESTUDOS DA AGÊNCIA COMPORTAMENTAL

Este trabalho adotou uma abordagem de pesquisa descritiva por meio de análise bibliométrica que forneceu uma visão geral da estrutura intelectual das publicações sobre teoria da agência comportamental. A análise dos artigos levou à identificação de estruturas e padrões significativos em elementos como autoria, periódicos, questões de pesquisa, teorias e amostras e achados geográficos.

Tradicionalmente, a literatura de negócios e gestão tem uma longa história de pesquisa sobre a teoria da agência e seu impacto no desempenho das empresas (EISENHARDT, 1989EISENHARDT, K. Agency theory: An assessment and review. Academy of management review, v. 14, n. 1, p. 57-74, 1989.). Esses estudos pressupõem que a teoria da agência se baseia na racionalidade dos agentes econômicos. O pressuposto é que, diante de uma decisão de trade-off, os agentes econômicos decidirão, com racionalidade ilimitada, a decisão que maximiza a utilidade. Essas são as mesmas premissas aceitas na literatura econômico-financeira e são pilares centrais para hipóteses amplamente conhecidas e aceitas, como a hipótese do mercado eficiente (HME). Quando aplicada à realidade empresarial, a teoria da agência discute como as preferências dos agentes se sobrepõem aos interesses principais. As razões para essas sobreposições são devido a interesses ou assimetrias de informações, em que o principal busca seus interesses próprios e os agentes buscam os interesses do principal e também dos próprios, quando assumem riscos.

A ideia das assimetrias de interesse e informação entre agente e principal, e às vezes entre dois ou mais principais, apresenta desafios importantes para as empresas. Neste contexto, a Governança Corporativa tem sido usada para mitigar problemas de agência. Muitos estudos focalizaram a eficácia da Governança Corporativa na redução de assimetrias e outros em como a melhoria da Governança Corporativa influencia o melhor desempenho das firmas (PANDA e LEEPSA, 2017PANDA, B.; LEEPSA, M. N. Agency theory: Review of theory and evidence on problems and perspectives. Indian Journal of Corporate Governance, v. 10, n. 1, p. 74-95, 2017.). No entanto, como a teoria da agência foi inicialmente usada para entender os agentes econômicos como decisores racionais, os mecanismos de governança corporativa seguiram o mesmo caminho. Remuneração dos executivos, diretorias, controles internos e os demais mecanismos clássicos de governança corporativa (AGUILERA, DESENDER, BEDNAR et al., 2015AGUILERA, R. V. et al. Connecting the dots: Bringing external corporate governance into the corporate governance puzzle. The Academy of Management Annals, v. 9, n. 1, p. 483-573, 2015.), assumem a racionalidade e, portanto, foram desenvolvidos por meio dessa intuição. No entanto, os agentes não são racionais cem por cento do tempo, e essa variação pode ser mais influenciada por seu comportamento do que se pensava inicialmente.

Enquanto a literatura econômica e até mesmo a literatura sobre negócios e administração começaram a lidar com o comportamento e a racionalidade limitada entre 1950 e 1960, a teoria da agência foi formalmente desenvolvida em 1976, com Jensen e Mackling (1976JENSEN, M. C.; MECKLING, W. H. Theory of the firm: Managerial behavior, agency costs and ownership structure. Journal of financial economics, v. 3, n. 4, p. 305-360, 1976.), e pouca atenção foi dada às implicações do comportamento no momento. É importante notar que não assumimos que todas as decisões são comportamentais. Este artigo trata da necessidade de a academia compreender melhor como o comportamento influencia a existência e a intensidade das assimetrias e mais importante ainda, como poderíamos adaptar os mecanismos existentes de governança corporativa para levar em conta problemas comportamentais derivados de assimetrias. Com isso em mente, a pesquisa bibliométrica oferece uma abordagem holística da teoria da agência comportamental para destacar tendências e lacunas.

O primeiro artigo publicado sobre o assunto foi por Blair e Placone (1988BLAIR, D. W.; PLACONE, D. L. Expense-preference behavior, agency costs, and firm organization the savings and loan industry. Journal of Economics and Business, v. 40, n. 1, p. 1-15, 1988.), que procuraram identificar a existência de comportamento tradicional de despesas preferenciais por associações mútuas, em oposição a associações na indústria de poupança e empréstimo. Eles encontraram evidências de que a forma mútua de organização é inerentemente propensa a um comportamento de gasto preferencial. Os resultados também confirmaram que o aumento da concentração em um mercado geralmente não estimula o comportamento preferencial em relação às despesas.

O artigo mais recente é de Evert, Sears, Martin et al. (2018EVERT, R. E. et al. Family ownership and family involvement as antecedents of strategic action: A longitudinal study of initial international entry. Journal of Business Research, v. 84, p. 301-311, 2018.). A pesquisa analisa como a propriedade familiar e o envolvimento da família afetam a probabilidade de entrada inicial de empresas no mercado internacional. Verifica-se que a propriedade e o envolvimento da família reduzem a probabilidade de entrada internacional inicial. No entanto, estes atuam como substitutos interativos nesse movimento.

Entre 1988 e 2018, muitos estudos foram realizados sobre a teoria da agência comportamental. Em gestão, a publicação de Wiseman e Gomez-Mejia (1998WISEMAN, R.; GOMEZ-MEJIA, L. A behavioral agency model of managerial risk taking. Academy of management Review, v. 23, n. 1, p. 133-153, 1998.) no Academy of Management Review focou a tomada de risco dos executivos. Desde então, o campo parece caminhar para aspectos como remuneração de equipes de ponta e aspectos correlatos. Além disso, as empresas familiares aparecem como uma amostra derivada promissora devido a uma maior presença de aspectos comportamentais em negócios familiares do que as empresas não familiares.

A remuneração do CEO é uma alavanca poderosa na condução do comportamento de risco do CEO. A influência da remuneração baseada em ações na tomada de risco do CEO é mais sutil e complexa do que os modelos convencionais de remuneração assumem (DEVERS, MC NAMARA, WISEMAN et al., 2008DEVERS, C. E. et al. Moving closer to the action: Examining compensation design effects on firm risk. Organization Science, v. 19, n. 4, p. 548-566, 2008.). A literatura acadêmica frequentemente prescreve a concessão de ações aos CEOs para alinhar os destinos dos agentes e diretores (DEVERS, WISEMAN e HOLMES, 2007). No entanto, essa prática de compensação pode ter consequências não intencionais. Sanders e Carpenter (2003SANDERS, W. G.; CARPENTER, M. A. Strategic satisficing? A behavioral-agency theory perspective on stock repurchase program announcements. Academy of Management Journal, v. 46, n. 2, p. 160-178, 2003.) mostrou que a posse de ações leva a decisões conservadoras, já que os executivos tentam proteger seus ativos do risco financeiro.

Tradicionalmente, o risco de compensação foi capturado por meio de medidas que categorizam diferentes tipos de pagamento em formas fixas e variáveis, com base em definições amplas de cada tipo de remuneração. O risco real de pagamento é a ameaça de perda, não apenas a incerteza. Os CEOs que percebem que seu contrato será rescindido são mais propensos a se envolverem em riscos maiores do que os CEOs que percebem uma menor chance de rescisão. Em suma, a influência marginal do risco de emprego no comportamento de risco aumenta com o aumento do risco de emprego. Esse achado confirma a visão de agência comportamental de que os agentes provavelmente correm risco ao antecipar perdas de sua riqueza (LARRAZA-KINTANA WISEMAN, GOMEZ-MEJIA et al., 2007LARRAZA-KINTANA, M. et al. Disentangling compensation and employment risks using the behavioral agency model. Strategic Management Journal, v. 28, n. 10, 2007. 1001-1019 p.).

A teoria da agência tradicional anteriormente previa que os agentes deveriam assumir mais riscos em resposta à riqueza prospectiva (MARTIN, GOMEZ-MEJIA e WISEMAN, 2013MARTIN, G. P.; GOMEZ-MEJIA, L. R.; WISEMAN, R. M. Executive stock options as mixed gambles: Revisiting the behavioral agency model. Academy of Management Journal, v. 56, n. 2, p. 451-472, 2013.). Enquanto a teoria da agência enfoca as implicações para a empresa de custos decorrentes da relação principal-agente, considera a eficiência como principal critério de avaliação, a teoria da agência comportamental enfoca a relação entre custos de agência e desempenho, e considera eficiência e eficácia. A teoria da agência assume que os agentes são racionais, avessos ao risco e que buscam renda, e que não há motivação de agente não pecuniário. A teoria da agência comportamental propõe um modelo mais sofisticado, no qual os agentes são racionais a perda, ao risco e a incerteza. Além disso, a teoria da agência assume uma relação linear entre remuneração e motivação, enquanto a teoria da agência comportamental propõe uma função de esforço mais complexa que é afetada pela aversão à perda, risco e incerteza (PEPPER e GORE, 2015PEPPER, A.; GORE, J. Behavioral agency theory: New foundations for theorizing about executive compensation. Journal of management, v. 41, n. 4, p. 1045-1068, 2015.).

Ao contrário da lógica da teoria da agência, os incentivos de alta potência não são uma maneira eficiente e eficaz de motivar os agentes. Não é possível criar um contrato de incentivo para um agente ou definir medidas de desempenho que incorporem todos os objetivos atuais do principal e sejam flexíveis o suficiente para lidar com todos os possíveis choques exógenos que possam ocorrer durante o ciclo de desempenho (PEPPER e GORE, 2015PEPPER, A.; GORE, J. Behavioral agency theory: New foundations for theorizing about executive compensation. Journal of management, v. 41, n. 4, p. 1045-1068, 2015.)

Embora os CEOs possam priorizar a remuneração e desejar agir de maneira diferente do interesse do conselho de administração, o pagamento de opções de ações de longo prazo e incentivos só é concedido se atingir as metas de longo prazo estabelecidas pelo conselho de administração. O conselho recompensa CEOs com maior capital social e com maiores proporções de pagamento de contingência (FRALICH e FAN, 2015FRALICH, R.; FAN, H. CEO social capital and contingency pay: a test of two perspectives. Corporate Governance, v. 15, n. 4, p. 476-490, 2015.). Nem todo pagamento baseado em ações é o mesmo, nem seus efeitos são consistentes ao longo do tempo. Diferentes elementos de remuneração baseados em ações têm propriedades de incentivo distintas e essas propriedades mudam à medida que os valores desses elementos crescem e suas propriedades de aquisição mudam. Os CEOs são motivados a aumentar o valor das opções que não podem ser exercidas e que, à medida que o valor dessas opções cresce, investem mais em ações estratégicas arriscadas que podem aumentar ainda mais seu valor (DEVERS, MC NAMARA, WISEMAN et al., 2008DEVERS, C. E. et al. Moving closer to the action: Examining compensation design effects on firm risk. Organization Science, v. 19, n. 4, p. 548-566, 2008.). Os CEOs assumem grandes riscos no início da vida de suas opções de ações quando a riqueza atual é baixa e as estimativas prospectivas de riqueza provavelmente serão altas. A possibilidade de crescimento na riqueza de opções de ações pesa mais do que qualquer risco de perda (MARTIN, GOMEZ-MEJIA e WISEMAN, 2013MARTIN, G. P.; GOMEZ-MEJIA, L. R.; WISEMAN, R. M. Executive stock options as mixed gambles: Revisiting the behavioral agency model. Academy of Management Journal, v. 56, n. 2, p. 451-472, 2013.).

MÉTODO

O estudo quantitativo da literatura recebeu diferentes termos na literatura. Este é bibliométrico. A cunhagem do termo “bibliométrico” é frequentemente atribuída a Pritchard (1969PRITCHARD, A. Statistical bibliography or bibliometrics. Journal of documentation, v. 25, n. 4, p. 348-349, 1969., p. 348) como “a aplicação de métodos matemáticos e estatísticos a livros e outros meios de comunicação”. Uma definição moderna é dada por Van Leeuwen (2004, p. 374) “o campo da ciência que trata do desenvolvimento e aplicação de medidas e indicadores quantitativos para a ciência e tecnologia, com base em informações bibliográficas”. O termo bibliométrico é utilizado pelo maior corpo de literatura disponível, devido à sua implementação e uso em bancos de dados acadêmicos. Neste estudo, especificamente pela provisão da teoria da agência comportamental a ser estudada pelas ciências sociais.

Este estudo analisa a produção científica nacional e internacional sobre o tema da agência comportamental. Os dois termos de pesquisa a seguir foram estudados: “Behavioral agency” e “Behavior agency”. Os termos foram incluídos no estudo derivados da leitura de numerosos artigos, mas apenas aqueles que mencionaram explicitamente as duas palavras foram utilizadas. Embora os dois termos tenham alguma sobreposição de significado, eles não são necessariamente sinônimos.

Esta pesquisa incluiu dois bancos de dados relacionados à literatura e ciências sociais: “Scopus” e “Web of Science”. A pesquisa incluiu artigos e artigos de revisão sobre os assuntos e, portanto, examinou todos os anos possíveis. Em resumo, o Quadro 1 apresenta as características gerais da pesquisa bibliométrica e, assim, permite que outros pesquisadores repliquem o estudo. Ao inserir a consulta para os termos de pesquisa, um total de 161 artigos foram encontrados. Com o software Excel, os registros foram organizados e selecionados de acordo com os seguintes filtros: registros duplicados, artigos de periódicos, palavras de busca no resumo, título, palavras-chave ou referências, e relevância para o assunto do estudo. A partir desses procedimentos, 107 artigos relevantes foram selecionados.


Fonte: Elaborado pelos autores.

ANÁLISE E DESCOBERTAS

Esta pesquisa começou com a descrição das características do conjunto de dados de 107 artigos. Tem havido uma clara tendência ascendente no número de publicações em agência comportamental por volta de 2011, que foi seguido por um segundo surto em 2014. No entanto, mais de 50% dos artigos foram publicados nos últimos 3 anos entre 2015 e 2018 (fevereiro). A Figura 1 mostra a evolução histórica dos registros de publicações sobre agência comportamental. Os anos não apresentados na figura, não registraram publicações.

Figura 1
Evolução da pesquisa

O Quadro 2 mostra os artigos categorizados pelos periódicos em destaque, com duas ou mais aparições de publicações sobre Agência Comportamental. Existem seis revistas classificadas de acordo com os critérios descritos. O Strategic Management Journal teve o maior número de artigos com onze publicações da amostra deste estudo, que representa mais de 10% do total de publicações sobre o assunto. O journal com o segundo maior número de publicações foi o Journal of Business Research, com oito publicações e cerca de 8% do total.

Quadro 2
Os periódicos mais publicados no domínio de pesquisa de agência comportamental

O autor que mais publica sobre Agência Comportamental foi Gomez-Mejia com 14 publicações (Quadro 3). O segundo autor com mais publicações foi Wiseman, autor de metade dos artigos da amostra. Outro ponto que merece destaque é a soma das publicações entre os dez autores mais publicados, de 55 artigos, o que corresponde a mais de 51% do total de publicações sobre o assunto.

Quadro 3
Top 10 autores que mais publicam no domínio de pesquisa de agência comportamental

Os resultados revelam a diversidade teórica e multidisciplinar dos estudos, com o número de aparições de teorias. A teoria mais utilizada foi a Teoria da Agência, como mostra a Quadro 4. Ela apareceu em mais de 25% de todos os estudos. A segunda teoria mais situada era a Teoria da Empresa Familiar. A terceira foi o Modelo da Agência Comportamental e em quarto a Riqueza Socioemocional. Juntas, essas teorias ocorreram em 92% dos artigos selecionados.

Quadro 4
As teorias mais citadas no domínio de pesquisa de agência comportamental

Quanto às classificações do estudo (Tabela 1), a abordagem mais utilizada foi a empírica com 80,37%, num total de 86 artigos que utilizaram dados coletados no campo ou secundariamente para elaborar o trabalho sobre Agência Comportamental.

Tabela 1
Classificação do estudo de artigos

A metodologia utilizada nos artigos da amostra também foi verificada (Tabela 2), classificada em seis variações: quantitativa; ensaio teórico; revisão da literatura; estudo de caso; qualitativo-quantitativo e experimento. Com 81 artigos, que representam mais de 75% da amostra total, a metodologia do tipo quantitativa foi a mais utilizada. Os ensaios teóricos contaram 14 artigos, aproximadamente 13% dos estudos.

Tabela 2
Metodologia utilizada em artigos

Ao analisar a amostra geográfica dos artigos empíricos (86), 80,37% da amostra total, 27 países individuais foram identificados (Figura 2). No entanto, três artigos utilizaram uma amostra global, que envolvem todos os países. A classificação mostra quantas vezes os países foram mencionados nos artigos, principalmente a grande aparição de artigos que utilizaram os EUA como amostra (47). Nenhum outro país foi mencionado tantas vezes. Logo atrás vem a Espanha (12) e depois a Alemanha e a Itália com a mesma quantia (7). Portanto, lacunas para pesquisas futuras podem ser vistas para os países que têm pouca ou nenhuma pesquisa.

Figura 2
Amostra geográfica

O Quadro 5identifica os 30 artigos mais influentes ou mais citados em nossa amostra. Apresentamos a questão de pesquisa e as lacunas de pesquisa para cada artigo apresentado. Uma análise das citações foi concluída para identificar os papéis que tiveram maior impacto no campo, conforme avaliado pela frequência das citações (TAHAI e MEYER, 1999TAHAI, A.; MEYER, M. A revealed preference study of management journals’ direct influences. Strategic Management Journal, v. 20, n. 3, p. 279-296, 1999.). O trabalho seminal de Wiseman e Gomez-Mejia (1998WISEMAN, R.; GOMEZ-MEJIA, L. A behavioral agency model of managerial risk taking. Academy of management Review, v. 23, n. 1, p. 133-153, 1998.) - Modelo Gerencial de Comportamento de Risco Gerencial - com suas reflexões sobre governança corporativa interna com problemas de enquadramento para explicar os riscos do comportamento executivo é o mais citado (454 citações). Uma série de artigos discute empresas familiares, empresas não familiares, além de comparar e medir os resultados entre os dois grupos (BERRONE, CRUZ, GOMEZ-MEJIA et al., 2010BERRONE, P. et al. Socioemotional wealth and corporate responses to institutional pressures: Do family-controlled firms pollute less?. Administrative science quarterly, v. 55, n. 1, p. 82-113, 2010.; CHRISMAN e PATEL, 2012CHRISMAN, J. J.; PATEL, P. C. Variations in R&D investments of family and nonfamily firms: Behavioral agency and myopic loss aversion perspectives. Academy of management Journal, v. 55, n. 4, p. 976-997, 2012.; LE BRETON-MILLER, MILLER e LESTER, 2011LE BRETON-MILLER, I.; MILLER, D.; LESTER, R. H. Stewardship or agency? A social embeddedness reconciliation of conduct and performance in public family businesses. Organization Science, v. 22, n. 3, p. 704-721, 2011.; PATEL e CHRISMAN, 2014; KOTLAR, DE MASSIS, FRATTINI et al., 2013KOTLAR, J. et al. Technology acquisition in family and nonfamily firms: A longitudinal analysis of Spanish manufacturing firms. Journal of Product Innovation Management, v. 30, n. 6, p. 1073-1088, 2013.; LEITTERSTORF e RAU, 2014LEITTERSTORF, M. P.; RAU, S. B. Socioemotional wealth and IPO underpricing of family firms. Strategic Management Journal, v. 35, n. 5, p. 751-760, 2014.). Também podemos observar um número significativo de estudos sobre os riscos de oportunismo do CEO e a preocupação das empresas em compensar o CEO pelo problema da agência e especialmente pelo desempenho (MILLER, LE BRETON-MILLER, MINICHILLI et al., 2014MINICHILLI, A. et al. CEO succession mechanisms, organizational context, and performance: A socio-emotional wealth perspective on family-controlled firms. Journal of Management Studies, v. 51, n. 7, p. 1153-1179, 2014.).

Quadro 5
Documentos mais citados na Agência Comportamental

Quadro 5
continuação

CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS

Os métodos bibliométricos revelam um grande potencial para a confirmação quantitativa de categorias derivadas subjetivamente em avaliações publicadas, bem como exploram o cenário de pesquisa e identificam categorias. A maioria dos artigos encontrou foco nas empresas familiares. Uma das motivações pode ser dada a empresas familiares maiores. Nas menores, a natureza íntima e pessoal de tais empresas pode torná-las lugares ideais para a administração (LE BRETON-MILLER, MILLER e LESTER, 2011LE BRETON-MILLER, I.; MILLER, D.; LESTER, R. H. Stewardship or agency? A social embeddedness reconciliation of conduct and performance in public family businesses. Organization Science, v. 22, n. 3, p. 704-721, 2011.). Esta seção desenvolve a conclusão extraída do exercício de revisão de literatura e propõe uma lista de lacunas no entendimento atual, bem como agendas de pesquisa para abordar essas lacunas.

A teoria da agência comportamental fornece uma estrutura melhor para a teorização dos salários dos executivos, uma teoria aprimorada do comportamento dos agentes e uma plataforma aprimorada para fazer recomendações sobre o planejamento dos planos de remuneração dos executivos (PEPPER e GORE, 2015PEPPER, A.; GORE, J. Behavioral agency theory: New foundations for theorizing about executive compensation. Journal of management, v. 41, n. 4, p. 1045-1068, 2015.). Conselhos de administração presididos por não-executivos e dominados por diretores não-executivos são tão adeptos ao desempenho de pagamento mandatado do CEO quanto os conselhos de administração dominados por executivos (CAPEZIO, SHIELDS e O’DONNELL, 2011CAPEZIO, A.; SHIELDS, J.; O’DONNELL, M. Too good to be true: board structural independence as a moderator of CEO pay-for-firm-performance. Journal of Management Studies, v. 48, n. 3, p. 487-513, 2011.). Estes mecanismos recompensam os benefícios a longo prazo do capital social acumulado pelos CEOs por meio de maiores proporções de pagamento de contingência (FRALICH e FAN, 2015FRALICH, R.; FAN, H. CEO social capital and contingency pay: a test of two perspectives. Corporate Governance, v. 15, n. 4, p. 476-490, 2015.; PEPPER e GORE, 2014PATEL, P.C.; CHRISMAN, J.J. Risk abatement as a strategy for R&D investments in family firms. Strategic Management Journal, v. 35, n. 4, p. 617-627, 2014.). O conselho de administração como instrumento de monitoramento deve sempre especificar os critérios para a análise de expectativas e decisão dos agentes. A teoria sobre a lógica comportamental é composta de um conjunto de regras individuais, sua simplicidade não implica que sua formulação nem sempre é baseada em elementos realistas do comportamento humano (CASTAÑEDA, 2009CASTAÑEDA, G. “Sociomática”: El estudio de los sistemas adaptables complejos en el entorno socioeconómico. El Trimestre Económico, p. 5-64, 2009.). Por outro lado, quando os mecanismos externos são rigorosos, como acionistas ativistas, a ameaça de uma aquisição ou analistas zelosos de valores mobiliários, os gerentes de alto escalão têm maior probabilidade de se envolver em mau comportamento financeiro (SHI, CONNELLY e HOSKISSON, 2017).

O risco de emprego e a variabilidade na remuneração levam a uma maior tomada de risco, mas o risco de queda e o valor intrínseco das opções de ações correspondem a uma menor tomada de risco (LARRAZA-KINTANA, WISEMAN, GOMEZ-MEJIA et al., 2007LARRAZA-KINTANA, M. et al. Disentangling compensation and employment risks using the behavioral agency model. Strategic Management Journal, v. 28, n. 10, 2007. 1001-1019 p.). A remuneração baseada em CEO influencia significativamente o risco estratégico. Riqueza de capital cria risco, leva a menos tomada de risco (DEVERS, MC NAMARA, WISEMAN et al., 2008DEVERS, C. E. et al. Moving closer to the action: Examining compensation design effects on firm risk. Organization Science, v. 19, n. 4, p. 548-566, 2008.; MARTIN, GOMEZ-MEJIA e WISEMAN, 2013MARTIN, G. P.; GOMEZ-MEJIA, L. R.; WISEMAN, R. M. Executive stock options as mixed gambles: Revisiting the behavioral agency model. Academy of Management Journal, v. 56, n. 2, p. 451-472, 2013.). Lim (2017LIM, E. CEO option wealth and firm risk-taking: An analysis of multiple reference points. Long Range Planning, v. 50, n. 6, p. 809-825, 2017.) atribui a riqueza atual ao fornecimento de redução de risco à medida que os CEOs procuram proteger suas opções, mas a riqueza futura aumenta a tomada de riscos devido a um horizonte de pagamento de opção mais longo. As opções de ações podem não ter seus efeitos pretendidos em executivos ansiosos, pois as tendências avessas ao risco desses executivos podem compensar as propriedades de incentivo das opções (MANNOR, WOWAK, BARTKUS et al., 2016MANNOR, M. J. et al. Heavy lies the crown? How job anxiety affects top executive decision making in gain and loss contexts. Strategic Management Journal, v. 37, n. 9, p. 1968-1989, 2016.). No entanto, embora os gerentes possam identificar inúmeras soluções por meio de seus recursos de detecção, as soluções dependem de suas preferências de risco como resultado de seu enquadramento como ganho, como neutras ou como perda (SOMSING e BELBALY, 2017SOMSING, A.; BELBALY, N. A. Managerial Creativity: The Roles of Dynamic Capabilities and Risk Preferences. European Management Review, v. 14, n. 4, p. 423-437, 2017.). Verifica-se ainda que as disputas de agência entre acionistas controladores e acionistas minoritários surgem quando a dispersão da propriedade diminui. Isso ainda afeta a adoção do Gerenciamento de Riscos Corporativos (GRC). No entanto, quando a propriedade está mais dispersa, a empresa coloca mais foco nos projetos de GRC (MAFROLLA, MATOZZA e EUGENIO, 2016MAFROLLA, E.; MATOZZA, F.; EUGENIO, D. Enterprise risk management in private firms: Does ownership structure matter?. Journal of Applied Business Research, v. 32, n. 2, p. 671-686, 2016.).

Os resultados do estudo da indústria de restaurantes nos EUA levaram os CEOs com excesso de confiança, apesar de terem uma compensação baseada em ações, a tenderem a ter investimentos mais estrategicamente arriscados. Estudos replicados em outras indústrias ou países podem fornecer uma compreensão mais ampla de como a remuneração baseada em ações influencia a tomada de riscos estratégicos (SEO e SHARMA, 2018SEO, K.; SHARMA, A. CEO overconfidence and the effects of equity-based compensation on strategic risk-taking in the US restaurant industry. Journal of Hospitality & Tourism Research, v. 42, n. 2, p. 224-259, 2018.). As empresas em economias com mercados menos desenvolvidos não apenas terão investimentos diferentes, mas também levarão projetos mais seguros e de curto prazo, torna-os menos lucrativos (ALMEIDA, CAMPELLO e WEISBACH, 2011ALMEIDA, H.; CAMPELLO, M.; WEISBACH, M. S. Corporate financial and investment policies when future financing is not frictionless. Journal of Corporate Finance, v. 17, n. 3, p. 675-693, 2011.). Em vez de ver como Ang, Cole e Lin (2000ANG, J. S.; COLE, R. A.; LIN, J. W. Agency costs and ownership structure. The Journal of Finance, v. 55, n. 1, 2000. 81-106 p.), que mostrou que os custos de agência são maiores quando os não-gerentes gerenciam os negócios, é possível ver em Vos e Roulston (2008VOS, E.; ROULSTON, C. SME owner involvement and business performance: Financial security rather than growth. Small Enterprise Research, v. 16, n. 1, p. 70-85, 2008.) que o aumento do envolvimento do proprietário aumenta a lucratividade e não vê frustração financeira. Na estrutura da análise das decisões de financiamento das PMEs, como em Berger e Udell (1998BERGER, A.; UDELL, G. The economics of small business finance: The roles of private equity and debt markets in the financial growth cycle. Journal of banking & finance, v. 22, n. 6-8, p. 613-673, 1998.), podemos ver a satisfação financeira. É necessário entender melhor os processos comportamentais que levam a decisões estratégicas em inovação entre empresas familiares e, em comparação, com empresas não familiares (KOTLAR, DE MASSIS, FRATTINI et al., 2013KOTLAR, J. et al. Technology acquisition in family and nonfamily firms: A longitudinal analysis of Spanish manufacturing firms. Journal of Product Innovation Management, v. 30, n. 6, p. 1073-1088, 2013.).

Na linha de investimento em inovação, quando o CEO percebe níveis mais altos de efetividade da empresa, o risco disso está positivamente relacionado aos resultados de P&D, baseados na ressonância da invenção, na citação de patentes subsequentes oriundas de patentes registradas pela empresa (MARTIN, WASHBURN, MAKRI et al., 2015MARTIN, G. et al. Not all risk taking is born equal: The behavioral agency model and CEO’s perception of firm efficacy. Human Resource Management, v. 54, n. 3, p. 483-498, 2015.). Outra vertente é a folga de recursos. O impacto positivo de pagar as opções de ações dos CEOs em gastos com P&D é mais proeminente quando estão fora do balanço (WU e TU, 2007WU, J.; TU, R. CEO stock option pay and R&D spending: a behavioral agency explanation. Journal of Business Research, v. 60, n. 5, p. 482-492, 2007.). Contra eventos desfavoráveis, a fim de aliviar a aversão ao risco que normalmente afeta os executivos, quanto maior o volume de recursos, maior o investimento em inovação durante uma crise global (ZONA, 2012ZONA, F. Corporate investing as a response to economic downturn: prospect theory, the behavioural agency model and the role of financial slack. British Journal of Management, v. 23, p. S42-S57, 2012.). Para os CEOs que detêm a riqueza das opções atuais e futuras, a probabilidade de falência enfraquece e aumenta a tomada de riscos, respectivamente, então esses desvios negativos do agente, enquanto a folga facilita a tomada de riscos no contexto de desvio positivo.

É possível visualizar uma grande quantidade de pesquisas em contexto e que utiliza a teoria do negócio familiar (Quadro 4 e Quadro 5). Há um entendimento mais sutil da heterogeneidade do controle familiar sobre as principais ações estratégicas (EVERT, SEARS, MARTIN et al., 2018EVERT, R. E. et al. Family ownership and family involvement as antecedents of strategic action: A longitudinal study of initial international entry. Journal of Business Research, v. 84, p. 301-311, 2018.). Ainda assim, as empresas familiares prestam menos atenção à adoção do GRC (MAFROLLA, MATOZZA e EUGENIO, 2016MAFROLLA, E.; MATOZZA, F.; EUGENIO, D. Enterprise risk management in private firms: Does ownership structure matter?. Journal of Applied Business Research, v. 32, n. 2, p. 671-686, 2016.). Os não-familiares também podem aceitar práticas nepotistas quando percebem uma preocupação genuína com o bem-estar da família que os possui (FIRFIRAY, CRUZ, NEACSU et al., 2018FIRFIRAY, S. et al. Is nepotism so bad for family firms? A socioemotional wealth approach. Human Resource Management Review, v. 28, n. 1, p. 83-97, 2018.). A presença da família no conselho de administração também supera os benefícios de ter selecionado mecanismos de sucessão de equilíbrio, seja uma maior ênfase na riqueza socioemocional ou mecanismos de sucessão menos efetivos (MINICHILLI, NORDQVIST, CORBETTA et al., 2014MINICHILLI, A. et al. CEO succession mechanisms, organizational context, and performance: A socio-emotional wealth perspective on family-controlled firms. Journal of Management Studies, v. 51, n. 7, p. 1153-1179, 2014.). Por fim, os executivos de empresas familiares são importantes por causa de sua influência na exposição ao risco e no desempenho financeiro. A agência comportamental traz o desejo da família de manter a riqueza socioemocional, assim como garantir o desempenho e a sobrevivência dos negócios (MIRALLES-MARCELO, MIRALLES-QUIRÓS e LISBOA, 2014MIRALLES-MARCELO, J. L.; MIRALLES-QUIRÓS, M. DEL.; LISBOA, I. The impact of family control on firm performance: Evidence from Portugal and Spain. Journal of Family Business Strategy, v. 5, n. 2, p. 156-168, 2014.), bem como os proprietários das famílias, que podem ser influenciados pelo potencial de conquistar riqueza socioeconômica, ai investir em P&D (GOMEZ-MEJIA, CAMPBELL, MARTIN et al., 2014GOMEZ-MEJIA, L. R. et al. Socioemotional wealth as a mixed gamble: Revisiting family firm R&D investments with the behavioral agency model. Entrepreneurship Theory and Practice, v. 38, n. 6, p. 1351-1374, 2014.).

Comportamento antiético, problemas de agência, compensação do CEO e mudança de risco, são alguns dos efeitos colaterais da maximização da riqueza dos acionistas (YAHANPATH e JOSEPH, 2011YAHANPATH, N.; JOSEPH, T. A brief review of the role of shareholder wealth maximisation and other factors contributing to the global financial crisis. Qualitative Research in Financial Markets, v. 3, n. 1, p. 64-77, 2011.). Os estudos serão importantes para determinar a motivação, especialmente dos problemas de agência. Alguns outros mecanismos para mitigar esses problemas precisam de pesquisa empírica, como a contratação de indivíduos altruístas em detrimento de interesses pessoais; especificar de forma restrita as atividades dos funcionários; enfatizar mecanismos de incentivo baseados em insumos e intrínsecos; e investir em mecanismos de monitoramento não intrusivos (RIVERA-SANTOS, RUFÍN e WASSMER, 2017RIVERA-SANTOS, M.; RUFÍN, C.; WASSMER, U. Alliances between Firms and Non-profits: A Multiple and Behavioural Agency Approach. Journal of Management Studies, v. 54, n. 6, p. 854-875, 2017.). Sugere-se também que a combinação da proposição em compreender se e como as dimensões da riqueza socioemocional afetam a tomada de decisão das empresas familiares, e isso afeta o desempenho das firmas, com elementos das teorias organizacionais existentes que são com base na economia, como visão baseada em recursos, custo transacional e direitos de propriedade (DE CASTRO, CRESPI-CLADERA e AGUILERA, 2016DE CASTRO, L. R. K.; CRESPI-CLADERA, R.; AGUILERA, R. An organizational economics approach on the pursuit of socioemotional and financial wealth in family firms: Are these competing or complementary objectives?. Management Research: Journal of the Iberoamerican Academy of Management, v. 14, n. 3, p. 267-278, 2016.). Outro caminho para pesquisa é a distribuição de gênero dentro do nível de alta gerência. Baixauli-Soler, Belda-Ruiz e Sanchez-Marin (2015), isolam o gênero feminino e verificam que em que há a representação feminina, há um comportamento mais conservador em relação ao gênero.

Finalmente, os métodos bibliométricos não substituem a leitura extensiva e a síntese. A pesquisa bibliométrica pode vincular de forma confiável publicações, autores ou periódicos e produzir tabelas, mapas e gráficos de pesquisas publicadas, mas cabe ao pesquisador e seu conhecimento do campo interpretar as descobertas - o que é a parte mais difícil.

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  • [Versão traduzida]

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    10 Jul 2020
  • Data do Fascículo
    Apr-Jun 2020

Histórico

  • Recebido
    16 Set 2018
  • Aceito
    25 Mar 2019
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