O consumo de carne ovina tem aumentado nos últimos anos, no Brasil. Entretanto, pouca informação sobre a qualidade desse produto está disponível. Com o intuito de avaliar as condições higiênico-sanitárias das carcaças ovinas, foram realizadas a quantificação das populações de microrganismos indicadores (mesófilos e psicrotróficos; coliformes totais e termotolerantes; Escherichia coli; bolores e leveduras) e a identificação de microrganismos patogênicos (Salmonella sp. and Listeria spp.). Um total de 60 carcaças foram amostradas em um frigorífico, em São Paulo, entre fevereiro e dezembro de 2006. Suabes foram coletados em três pontos (dianteiro, lombo e traseiro), na superfície muscular das carcaças, após a lavagem final destas. A análise estatística consistiu na avaliação descritiva dos resultados cujas contagens foram agrupadas em intervalos populacionais. As contagens variaram de 1,0 x 10¹ a 8,0 x 10(4)UFC cm-2 para mesófilos; de 1,0 x 10(0) a 4,4 x 10(4)UFC cm-2 para psicrotróficos; de < 1,0 x 10(0) a 4,4 x 10(4)UFC cm-2 para bolores e leveduras; de < 0,3 a > 32,0 NMP cm-2 para coliformes totais e termotolerantes; e Escherichia coli. Salmonella sp. e Listeria spp. não foram detectadas em nenhuma das amostras coletadas nas carcaças. A maioria das carcaças apresentou baixas contagens para todas as categorias de microrganismos. Os resultados encontrados podem ser explicados pelo pequeno tamanho da indústria onde o trabalho foi realizado e sugerem que carne ovina de boa qualidade microbiológica pode ser obtida. No entanto, melhorias nas condições higiênico-sanitárias ainda são necessárias.
carcaças; ovino; microrganismos indicadores e patogênicos; higiene
