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A filariose bancroftiana em Belém, Pará: possibilidades atuais de erradicação mediante a integração à campanha de novos métodos de controle da população de Culex quinquefasciatus

Há mais de quatro décadas Belém é considerada o maior foco de bancroftose da região amazônica e um dos mais importantes do Brasil. Em 1952, praticamente um quinto de sua população apresentava microfilárias no sangue, estimando-se em 2.500 os casos de elefantíase. O fator considerado o maior condicionante de tão extraordinária freqüência era a alta densidade local do principal vetor, Culex quinquefasciatus. Em abril de 1943 calculava-se uma média de 67 fêmeas da espécie infectadas por domicílio. Uma campanha de controle foi deflagrada em 1952, incluindo busca ativa e tratamento dos casos com dietilcarbamazina, além medidas de combate ao vetor. Estas foram abandonadas em 1956, por força da ineficácia ou do alto custo dos inseticidas. Ainda assim, a campanha foi muito bem sucedida, reduzindo a incidência de 19,9 para 0,03%. Hoje, a erradicação poderia ser de pronto lograda, se novos métodos de combate ao vetor fossem adotados, tais como o emprego das bolinhas expandidas de poliestireno nas fossas sépticas e privadas estanques não-inundáveis e o controle biológico com microrganismos entomopatogênicos nos criadouros naturais, sobretudo se acompanhados de um incremento de obras de saneamento.

Filariose; Bancroftose; Culex quinquefasciatus; Controle; Amazônia


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