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Validação da Escala de Depressão Pós-natal de Edinburgo (EPDS) em uma amostra de mães da Coorte de Nascimento de Pelotas, 2004

Iná S. Santos Alicia Matijasevich Beatriz Franck Tavares Aluísio J. D. Barros Iara Picinini Botelho Catherine Lapolli Pedro Vieira da Silva Magalhães Ana Paula Pereira Neto Barbosa Fernando C. Barros Sobre os autores

Avaliar a validade da Escala de Depressão Pós-natal de Edimburgo (EPDS) para rastreamento e diagnóstico de depressão pós-parto. Três meses pós-parto, a EPDS foi aplicada a 378 mães da Coorte de Nascimentos de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, em 2004. Até 15 dias após, as mães foram reentrevistadas por profissionais de saúde mental utilizando-se questionário semi-estruturado baseado na CID-10 (padrão-ouro). Calculamos sensibilidade e especificidade de cada ponto de corte e construiu-se curva ROC. Melhor ponto de corte para rastreamento foi > 10 (sensibilidade 82,6%, 75,3%-89,9%; especificidade 65,4%, 59,8%-71,1%). Para rastrear casos moderados e graves, melhor ponto de corte foi > 11, com sensibilidade 83,8% (73,4%-91,3%) e especificidade 74,7% (69,4%-79,5%). Para diagnóstico, a EDPS foi válida somente para prevalências em torno de 20%-25%, com valor preditivo positivo de 60% para o ponto de corte > 13 (sensibilidade 59,5%; especificidade 88,4%). As especificidades e valores preditivos positivos de todos os pontos de corte foram inferiores aos relatados na literatura. Possivelmente, o uso de amostras pequenas e o cálculo de valores preditivos positivos em amostras com super-representação de casos, sejam responsáveis por essas diferenças.

Depressão Pós-Parto; Estudos de Validação; Questionários


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