Ainda que existam avaliações psicométricas da Revised Conflict Tactics Scales (CTS2) quando aplicada a casais heterossexuais, nenhuma usou o método de Teoria de Resposta ao Item (TRI). Preenchendo essa lacuna, este estudo examina a subescala de violência física do instrumento. A CTS2 foi aplicada a 764 mulheres que também respondiam pelos seus companheiros. A assunção de unidimensionalidade foi corroborada. Utilizou-se um modelo logístico de 2 parâmetros para estimar a localização e capacidade discriminante dos itens. Avaliou-se o funcionamento diferencial destes, bem como padrão de informação ao longo do contínuo de violência. Detectou-se diferenciais de gênero em três dos 12 itens. A cobertura dos itens relativa ao espectro do traço latente indicou pouca informação nos segmentos inferiores, mas plena no centro e nos superiores. Todavia, dependentes de gênero, algumas superposições e lacunas puderam ser detectadas. A despeito de alguns problemas detectados, mostrou-se que os itens formam um conjunto coerente ao longo do contínuo. Desde que o usuário esteja ciente dos possíveis problemas, usar a subescala de violência física da CTS2 em casais heterossexuais continua sendo uma opção sensata.
Violência Doméstica; Questionários; Confiabilidade e Validade