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Tendências da investigação epidemiológica em doenças crônicas

Epidemiological research trends in chronic diseases

A identificação de vários fatores de risco da vida adulta contribuiu, sobretudo nos países desenvolvidos, para a diminuição da ocorrência de doenças cardiovasculares e de alguns tipos de câncer. O modelo etiológico mais adotado enfatiza no entanto, os fatores de risco relacionados ao estilo de vida e às exposições ocupacionais. Esta ênfase vem levando a uma excessiva individualização do risco, com um conseqüente enfraquecimento do vínculo da epidemiologia com a saúde pública. São comentadas neste artigo as opiniões de epidemiologistas que fazem uma reflexão sobre as falhas, os limites e os desdobramentos da epidemiologia moderna que têm contribuído para uma reorientação teórica da disciplina. Identifica-se assim, que as alternativas ao modelo atual devem buscar uma integração entre os achados de biologia molecular com os fatores de risco classicamente concebidos e com condições adversas em etapas precoces da vida, considerando todas estas influências causais em níveis hierarquizados de organização. São destacadas e comentadas três importantes vertentes neste processo de evolução: a epidemiologia molecular, a teoria dos eventos precoces na vida e os modelos multinível.

Doença Crônica; Epidemiologia Molecular; Fatores de Risco


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