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“CONFÚCIO E O MENINO SEM NOME”: INTERTEXTUALIDADE E ADAPTAÇÃO1 1 Agradeço a Carlos Alberto Gohn e Paulo Francisco Coutinho pela leitura crítica do manuscrito.

“CONFUCIUS AND UNNAMED BOY”: INTERTEXTUALITY AND ADAPTATION

Resumo

Em 2005, Sérgio Capparelli encontrou Márcia Schmaltz no metrô de Pequim e propôs traduzirem juntos narrativas chinesas para crianças e jovens. Deste encontro, resultou numa coleção de mais de duas centenas de contos, que foram parcialmente publicados em 50 fábulas da China fabulosa (CAPPARELLI; SCHMALTZ, 2007CAPPARELLI, Sérgio; SCHMALTZ, Márcia. 50 Fábulas da China Fabulosa. Porto Alegre: LP&M, 2007.) e em Contos sobrenaturais chineses (SCHMALTZ; CAPPARELLI, 2010SCHMALTZ, Márcia; CAPPARELLI, Sérgio. Contos sobrenaturais chineses. Porto Alegre: L&PM, 2010.). Neste artigo são apresentadas algumas reflexões a partir da pesquisa bibliográfica para a preparação desses textos de partida. A primeira refere-se à influência das doutrinas filosóficas da cultura tradicional para a produção literária chinesa, que tem na função educativa uma de suas características proeminentes. A segunda, interrelaciona conceitos literários como prosa ficcional, literatura infantil e intertextualidade nos diferentes sistemas culturais envolvidos, que devem ser levados em conta pelo tradutor. A terceira, é relativa ao processo de reconstituição da narrativa “Confúcio e o menino sem nome” e aos textos alusivos a esse encontro. Finalmente, a quarta reflexão focaliza-se na tradução. Nela são discutidas as decisões tomadas, tendo em conta os aspectos intrínsecos do texto de partida no sistema cultural chinês para sua transposição ao sistema da cultura-alvo.

Palavras-chave
Tradução chinês e português; Literatura infanto-juvenil; Cultura chinesa; Filosofia chinesa

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