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O CORPO TRADUTÓRIO: TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS) NO TEATRO

Resumo

Este artigo tem como objetivo apresentar o conceito de corpo tradutório como um constructo no processo de tradução e interpretação de Língua Brasileira de Sinais - Libras, compreender sua natureza e sua relação no sistema teatral. Mostraremos que os tradutores intérpretes de língua de sinais/português teatrais (chamados de TILSP) atuam como agentes criativos, políticos e artísticos, identificados pelos perfis profissional, didático e ativista, necessários para a mobilização do polissistema estabelecido na tradução de Libras no teatro. Defendemos que a natureza do corpo tradutório é múltipla, orgânica, processual dinâmica e dialógica e que sua presença no polissistema teatral mobiliza, tensiona e aproxima os repertórios linguísticos e culturais no teatro. As análises aqui apresentadas dialogam e reforçam os estudos já realizados na área no contexto nacional Silva Neto (2017), Fomin (2018), Resende (2019), Rigo (2019) e Albres & Santos (2020) e tomam como base teórica mais especificamente a Teoria de Polissistemas de Even-Zohar (2018)Even-Zohar, Itamar. “Teoria dos polissistemas”. Translation by Luis Fernando Marozo, Carlos Rizzon & Yanna Karlla Cunha. Revista Translatio, 5, p. 2-21, 2013. em articulação com a Teoria de Embodyment, possibilitou a compreensão de que o processo de tradução e interpretação de Libras no teatro se trata da constituição de um corpo, que incorpora a tradução na relação com os diferentes sistemas participantes do polissistema teatral e posteriormente a apresenta simultaneamente com os atores atuando no palco.

Palavras-chave
Tradução; Libras; Teatro; Surdos; Teoria de Polissistemas

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