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E AGORA, ALGO TOTALMENTE NOVO… O MESMO LIVRO DE DOSTOIEVSKI: UMA ANÁLISE (CON) TEXTUAL DAS PRIMEIRAS E DAS MAIS RECENTES RETRADUÇÕES DE DOSTOIEVSKI PARA O HOLANDÊS

Resumo

Durante os últimos dez ou quinze anos, o mercado de livros em holandês viu um aumento no número de retraduções de Dostoievski. Enquanto alguns explicam esse desenvolvimento com base na caducidade das traduções anteriores, os próprios tradutores tendem a justificar suas traduções dizendo que são “melhores”. Oferecendo uma análise comparativa contextual e textual das primeiras e das mais recentes retraduções de Dostoievski para o holandês, o presente artigo busca explicar o fenômeno da retradução em geral e o da retradução de Dostoievski em particular. Isso é feito indo-se além de pressupostos populares, que mostram estreito parentesco com a hipótese da retradução. Com base em uma análise histórica, que mostra que as primeiras retraduções de Dostoievski para o holandês estavam mais orientadas em direção à aceitabilidade que as primeiras traduções, argumenta-se que o conceito de normas, tal como concebido por Gideon Toury, mostra-se uma ferramenta melhor que a hipótese da retradução para se interpretar e explicar o fenômeno das retraduções de Dostoievksi para o holandês. Entretanto, devido à possibilidade de os tradutores irem contra a norma, que é ilustrada pelo trabalho do tradutor holandês contemporâneo Hans Boland, também as normas ficam aquém de prover um explicação completa.

Palavras-chave
Dostoievski; Normas; Hipótese da retradução; Tradução para o holandês

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