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Investigação de ocratoxina A em café verde brasileiro destinado à exportação

A presença de ocratoxina A (OTA) em café, detectada nos últimos anos, tem levado alguns países a estabelecer limites regulatórios. Embora o café não seja uma fonte importante de OTA no consumo humano, a União Européia poderá estabelecer limites, causando impacto econômico em países produtores desses grãos. O presente estudo analisou OTA utilizando CLAE em 37 amostras de café verde brasileiro destinado exclusivamente à exportação e verificou a possível relação entre grãos defeituosos e concentração de OTA. Os resultados mostraram que a concentração de OTA esteve entre < 0,16ng/g (limite de detecção) e 6,24ng/g (média 3,2ng/g). Das cinco amostras avaliadas quanto à relação defeitos X OTA, o nível da toxina esteve entre 0,22 e 0,80ng/g (média 0,46ng/g) entre grãos sadios e 0,42 e 17,46ng/g (média 4,52ng/g) entre grãos defeituosos. Diferenças morfológicas entre grãos sadios e defeituosos observados em Microscopia Ótica não demonstraram susceptibilidade à invasão fúngica entre os defeituosos. Entre os 15 grãos observados em Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), apenas um (preto) revelou presença de fungos e esporos. Os resultados desta investigação apontam que o café verde brasileiro destinado à exportação encontra-se dentro dos limites para OTA já estabelecidos.

micotoxina; Brasil; café


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