RESUMO
Objetivo
Determinar a associação entre a presença de patógenos periodontais e o baixo peso ao nascer.
Métodos
Trata-se de estudo observacional e caso controle. Participaram mães de bebês com peso <2.500g (Grupo A) e de recém-nascidos com peso ≥2.500g (Grupo B) nascidos no Hospital da Mulher, em Feira de Santana, (BA). Dados demográficos, história gestacional e aspectos relacionados à saúde geral e bucal foram obtidos por meio de questionário semiestruturado, aplicado no período pós-parto. Após exame periodontal completo, as amostras de biofilme foram coletadas em seis locais na boca. As participantes foram também categorizadas quanto à presença ou ausência de periodontite. As diferenças entre os grupos foram obtidas pelo teste do χ 2 de Pearson, odds ratio e os intervalos de confiança pelo teste de Mantel-Haenszel.
Resultados
Aggregatibacter actinomycetemcomitans, Porphyromonas gingivalis, Treponema denticola, Tannerella forsythia e Prevotella intermedia foram detectados por reação em cadeia de polimerase. Avaliaram-se 303 mulheres pós-parto, sendo 224 (73,9%) do Grupo B. Diferenças estatisticamente significativas entre os grupos foram observadas quanto à idade, ao índice de massa corporal e a história de partos prévios com bebês de baixo peso ao nascer. O Grupo A apresentou maior frequência de periodontite (33,34%) do que o Grupo B (16,22%). P. gingivalis e P. intermedia foram detectados com maior frequência em mulheres com periodontite (74,19% e 88,70%, respectivamente).
Conclusão
Nessa população, não houve associação entre a presença de patógenos periodontais maternos e a ocorrência de bebês com baixo peso ao nascer.
Periodontite; Recém-nascido de baixo peso; Biofilmes; Microbiota; Gravidez