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Eu te fodo ou você me fode? Performance, pornotopia e reivindicação estética da violência em Baise-moi, de Virginie Despentes e Coralie Trinh Thi1 1 Uma versão bastante embrionária desse trabalho foi apresentada no Colloque International Politiques et récits du corps, no primeiro semestre de 2021. Nem o resumo submetido ao colóquio nem o artigo apresentado foram publicados.

Do I fuck you or do you fuck me? Performance, pornotopia and aesthetic claim of violence in Baise-moi, by Virginie Despentes and Coralie Trinh Thi

Resumo

Esse artigo apresenta uma análise do filme Baise-moi (2000), de Virginie Despentes e Coralie Trinh Thi, tomando-o como obra capaz de produzir rasuras nos modos de enunciar o desejo e certos afetos comumente ligados às convenções do “feminino”. Propomos uma articulação teórica entre as formulações de Diana Taylor sobre performance, de Paul B. Preciado sobre pornotopia e de Sam Bourcier sobre ação dissensual queer para proceder à análise de três sequências do longa-metragem. Acionamos também a obra teórica e literária da própria Despentes, que opera de forma complementar ao filme e nos ajuda a perceber como Baise-moi produz uma reivindicação estética da violência marcada por traços como o exagero, a hiperviolência gráfica e o sexo explícito.

Palavras-chave
performance da violência; pornotopia; estudos queer; cinema feminista; Baise-moi

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