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UMA ABORDAGEM FILOSÓFICA DO CAPITALISMO É POSSÍVEL? LIMITES E POSSIBILIDADES DE RENOVAÇÃO DA FILOSOFIA SOCIAL CONTEMPORÂNEA

RESUMO

Neste artigo, procuraremos contribuir, dentro dos limites de um trabalho dessa natureza, para uma nova orientação para a filosofia social contemporânea. Com efeito, num primeiro momento mostraremos que a filosofia social recente tem se notabilizado pela análise de experiências negativas, com um acento no processo de formação da subjetividade, assim como pelo foco no diagnóstico de patologias sociais relacionadas aos padrões subjetivos de autorrealização pessoal. Num segundo momento, salientaremos que o problema é que, nesse quadro, o próprio social pode eventualmente aparecer como algo tão-somente negativo, ameaçador, deficitário e gerador de patologias. Ora, acreditamos que o desafio de captar igualmente a causa das patologias, os poderes e a perspectiva do dominante, e não somente os efeitos deletérios por eles gerados e a perspectiva dos dominados, pode ser melhor enfrentado por meio da temática do capitalismo como fenômeno social. É por isso que iremos esboçar, em linhas gerais, num terceiro momento, algumas diretrizes básicas - uma abordagem praxeológica e "normativa" - para que a filosofia social simultaneamente mantenha suas conquistas fundamentais e avance no sentido de dar conta diretamente do social capitalista como causa de patologias.

Palavras-chave
Filosofia social; capitalismo; teoria crítica

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