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Descrever como “problemas de apego” podem se resolver durante a Terapia Focada na Emoção, de acordo com o modelo de resolução de problemas de apego. |
15 dos 24 casais resolveram os problemas de apego e nove permaneceram não resolvidos após o tratamento. |
Casais com problemas de apego resolvido apresentaram mais respostas afiliativas (abrir-se e expressar necessidades, validar e compreender) que respostas hostis/distantes (desmerecimento e culpa, defesa e retirada) e tiveram aumento no ajustamento conjugal e no perdão do pré para o pós-teste. Além disso, ambos os parceiros tiveram níveis mais profundos de experiência se comparados aos casais que não conseguiram resolver os problemas de apego. |
Casais com problemas de apego não resolvidos permaneceram dando respostas hostis/distantes. Para estes casais não houve efeito no ajustamento conjugal do pré para o pós-teste. |
2 |
Descrever o desenvolvimento e a implementação de uma intervenção em grupo baseada na Terapia Cognitivo-comportamental Conjugal e na Terapia Comportamental Dialética, apresentando um estudo de caso que ilustra os princípios da intervenção. |
Aumento no ajustamento conjugal. |
O casal ganhou confiança de que poderia comunicar-se, resolver problemas e apoiar-se um ao outro enquanto casal. |
Melhora nos sintomas depressivos de ambos. |
Maior confiança na capacidade de regulação emocional. |
3 |
Desenvolver uma intervenção para casais em que pelo menos um dos parceiros tenha experienciado dificuldades crônicas de regulação emocional. |
Parceiros que fizeram o treinamento em Terapia Dialética Comportamental (TDC) reportaram diminuição dos sintomas depressivos do pré para o pós-teste. Três de oito participantes também relatam melhora da depressão no follow-up. Houve decréscimo dos escores de raiva do pré-teste para o follow-up. Não houve diminuição da ansiedade. |
Tanto parceiros que participaram do treinamento em TDC quanto os cônjuges que não participaram apresentaram diminuição de afetos positivos do pré para o pós-teste e aumento no follow-up, atingido níveis próximos ao do pré-teste. Treinados em TDC, tiveram redução nos afetos negativos e aumento da regulação emocional do pré-teste para o pós-teste, que se manteve no follow-up. Esses efeitos não foram encontrados nos parceiros. |
4 |
Demonstrar como usar a técnica de resolução de problemas Bono’s Six Thinking Hats (Os Seis Chapéus de Pensamento de Bono) no aconselhamento de casais. |
O casal foi capaz de analisar o problema de forma colaborativa, de acordo com diferentes perspectivas, considerando prós, contras e novas possibilidades. Embora em uma sessão não tenha sido possível chegar a uma decisão, um leque de novas considerações e alternativas foi aberto. |
5 |
Investigar mudanças observadas na comunicação e as mudanças associadas à satisfação em dois tipos de terapias, Terapia de Casal Comportamental Tradicional (Traditional Behavioral Couple Therapy – TBCT) e Terapia de Casal Comportamental Integrativa (Integrative Behavioral Couple Therapy – IBCT). |
Ambos os tratamentos demonstraram melhoras na comunicação dos casais. Nas interações para resolver problemas do relacionamento, houve diminuição da negatividade, aumento da positividade e da resolução de problemas em homens e mulheres. Em interações sobre problemas pessoais, houve diminuição da negatividade, mas também da positividade e aumento dos comportamentos de retirada. |
A TBCT apresentou mais melhora comportamental do que a IBCT, demonstrando maior redução da negatividade para maridos e esposas, e aumento da positividade para os maridos. |
Em discussões sobre problemas conjugais, houve relação negativa entre o aumento da negatividade e o aumento da satisfação conjugal, e relação positiva entre o aumento da positividade e da resolução de problemas com o aumento da satisfação conjugal. |
O tipo de tratamento recebido não apresentou efeitos na relação entre os comportamentos observados e a satisfação conjugal. |
6 |
Avaliar se o processo de resolução de problemas interpessoais em terapia de casal é isomorfo ao processo de assimilação em terapia individual e, se possível, estender o modelo para descrever o processo de resolução de problemas interpessoais. |
Os padrões de mudança no relacionamento interpessoal observados na terapia de casal evoluíram em uma sequência isomórfica às descrições de mudança intrapessoais. |
Eventos representando a exclusão de posições relevantes de fala são associadas a relatos de sofrimento psicológico. Já a inclusão de posições antes excluídas é associada a ganhos terapêuticos. Esse diálogo permite que vozes antes excluídas sejam empaticamente compreendidas e incluídas em um processo de tomada de decisões significativas. |
7 |
Examinar as trajetórias de mudança na comunicação de casais através de um follow up de dois anos e testar se essas mudanças diferem entre duas terapias de casal comportamentais. |
A negatividade e os comportamentos de retirada continuaram a diminuir do pós-teste para o follow-up, entretanto, o mesmo aconteceu com a satisfação conjugal, sendo que não houve diferença entre a resolução de conflitos nos dois períodos. |
Os níveis e a trajetória de mudança da comunicação após a terapia se relacionaram à satisfação conjugal no follow-up. De maneira geral, a redução da negatividade e comportamentos de retirada e o aumento da positividade e da resolução de conflitos se associaram à maior satisfação conjugal após dois anos. |
Casais que apresentaram melhora mais significativa do pré para o pós-teste também apresentaram melhores resultados no follow-up de cinco anos. |
Para os pacientes tratados com IBCT, a negatividade das esposas diminuiu, porém, a positividade dos maridos não apresentou diferença significativa do pós-teste para o follow-up de dois anos. Em contrapartida, maridos tratados com TBCT tiveram diminuição da positividade do pós-teste para o follow-up de dois anos e a negatividade das esposas não se alterou no mesmo período. |
8 |
Examinar o papel do apego ao parceiro como preditor de resultados do tratamento e estudar o efeito potencial do apego durante e após o tratamento. |
O apego inseguro ao parceiro, em termos de modelos disfuncionais de si e dos outros, teve um efeito negativo nos ganhos do tratamento nos 18 meses após a alta da terapia de casal. |
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Explorar se há uma relação recíproca ou direta entre variáveis de processos comuns (otimismo, empatia, segurança/confiança, insight) e de processos específicos (comunicação e habilidade de resolução de conflitos) avaliada pelos clientes e pelos terapeutas. |
As variáveis de processos comuns e específicos, tanto na perspectiva de clientes quanto de terapeutas, melhoraram ao longo do tratamento. |
Comunicação e resolução de conflitos foram preditores mais fortes das variáveis de processos comuns do que o inverso. |
O insight foi predito pela comunicação e resolução de conflitos reportados por clientes e terapeutas. Já o otimismo foi preditor da comunicação e resolução de conflitos para os clientes, enquanto que, para os terapeutas, a comunicação e a resolução de conflitos foram preditoras do otimismo. |
Para os terapeutas, a empatia foi o único preditor com contribuição independente para a comunicação e resolução de conflitos na semana seguinte. |
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Especificar clinicamente o engajamento na sessão de parceiros com problemas de apego (attachment injuries) à medida que completam o percurso da resolução dos problemas de apego e alcançam a resolução com sucesso. |
Durante os estágios iniciais (passos 1–4) do AIRM, a forma de cada membro do casal se engajar envolve menos níveis de envolvimento experiencial, modos automáticos de processamento perceptual e respostas não afiliativas. Nos passos subsequentes (5 e 6), novos ciclos de envolvimento relacionados aos problemas de apego são criados, facilitando a execução das tarefas dessa fase. Entretanto, parceiros não resolvidos não se envolvem dessa maneira. Na próxima fase (passos 6 e 7), casais resolvidos continuam envolvidos experiencialmente e emocionalmente na terapia, focando, reavaliando e construindo integrativamente a experiência relacionada ao incidente (que originou o problema). Por fim, o parceiro ofensor responde às necessidades do parceiro ofendido, sendo que o casal é orientado pelo terapeuta a interagir de maneira afiliativa (passo 8). |
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Validar empiricamente o Modelo de Resolução de Problemas de Apego (Attachment Injury Resolution Model – AIRM).
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As intervenções mais frequentemente utilizadas envolviam empatia, validação, acompanhamento e reflexão, ressignificação, reestruturação e modelagem das interações. |
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Especificar as intervenções de Terapia Focada na Emoção (EFT) associadas à resolução satisfatória de problemas de apego. |
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– Examinar se houve mudança na comunicação durante o período da terapia e do follow up, e se essas mudanças dependiam do tipo de tratamento. |
A TBCT demonstrou melhora imediata, e superior em relação à IBCT, na comunicação entre os casais. Entretanto, casais tratados com a IBCT apresentaram melhoras após o término do tratamento, o que não ocorreu para os que receberam TBCT. |
A comunicação construtiva é mais consistentemente associada a resultados a longo prazo do que a destrutiva. |
O maior aumento na positividade e na resolução de problemas do pré para o pós-teste demonstrou associação com a satisfação conjugal. |
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Examinar a eficácia de dois tratamentos (Hope-Focused Approach – HOPE, Forgiveness and Reconciliation through Experiencing Empathy – FREE), relativamente aos controles. |
Apenas o HOPE demonstrou benefícios significativos para o ajustamento diádico, em comparação ao controle. |
O FREE melhorou variáveis relacionadas ao perdão, enquanto que o HOPE contribuiu para a melhora de variáveis relacionadas à comunicação. Ambos os tratamentos melhoraram a empatia. |
Em ambas as intervenções, a comunicação negativa aumentou menos do que em relação ao controle. Além disso, o aumento na comunicação positiva foi maior para os participantes do tratamento do que os casais do grupo controle. |
Houve uma redução moderada dos níveis de cortisol após o tratamento, mas em ambas as intervenções, o efeito diminuiu após 12 meses. |
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Avaliar a efetividade geral de um grupo terapêutico cognitivo-comportamental para casais em trazer mudanças positivas para a satisfação conjugal e estudar os efeitos desse programa na autoavaliação dos casais sobre suas habilidades de resolução de conflitos. |
As melhoras reportadas pelos casais no grupo de tratamento foram superiores às do grupo controle, confirmando que a participação no grupo aumentou a autoeficácia percebida em relação à resolução de conflitos. |
Após a intervenção, os participantes reportaram uma melhora significativa na capacidade de confrontar diferentes atividades de resolução de problemas e da confiança em suas capacidades de resolução de conflitos. |
Os casais reportaram maior ajustamento conjugal após o programa, independente da avaliação inicial de suas habilidades de resolução de conflitos. |