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Mediação, tradução e interpretação no ensino de alemão como língua estrangeira/segunda língua: introdução ao dossiê temático

Mediation for German as a foreign and secondlanguage (GFL/GSL): introduction to the thematic dossier

Durante muitas décadas, o recurso a atividades de tradução no ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras foi considerado um tabu. Com o advento do Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas (QECR), concebido no seio do Conselho da Europa e lançado em 2001, as chamadas atividades de mediação, que incluem a tradução e a interpretação, dentre outras, passaram a ser estudadas e utilizadas sob uma nova perspectiva. Embora o QECR tenha sido desenvolvido na Europa e para as necessidades do contexto europeu, que abriga sociedades cada vez mais plurilíngues, nas quais o contato entre culturas e línguas se dá nos diversos níveis (no cotidiano, no trabalho, no ambiente escolar/acadêmico), a discussão iniciada nessa obra acerca do papel da mediação para o ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras pode ser pertinente também para quem estuda idiomas no Brasil. Além disso, o QECR é utilizado como guia para as escolhas metodológicas e na concepção do material didático utilizado no Brasil no ensino de línguas estrangeiras, em especial do alemão, seja em escolas, seja em cursos de idiomas ou no ambiente universitário. Essa escolha ocorre, em geral, pelo simples fato de o ensino de alemão como língua estrangeira/segunda língua (ALE/ASL) no Brasil guiar-se, sobremaneira, por materiais didáticos produzidos na Europa, notadamente na Alemanha (VOERKEL 2017VOERKEL, P. Deutsch als Chance: Ausbildung, Qualifikation und Verbleib von Absolventen brasilianischer Deutschstudiengänge. Tese (Doutorado). Philosophische Fakultät, Friedrich-Schiller-Universität, Jena, 2017.: 240-242). Ademais, com os laços já existentes entre diversas instituições públicas e privadas brasileiras dedicadas ao ensino de ALE/ASL e instituições dos países de língua alemã direta ou indiretamente vinculadas ao ensino de ALE/ASL (Instituto Goethe, DAAD, ÖAD etc.), é natural que já se imponha um trabalho estreitamente ligado à concepção do QECR. Por servir, também, como metodologia de avaliação e nivelamento de conhecimentos adquiridos de ALE/ASL, quem se candidata a bolsas de estudos destinadas a países de língua alemã, quem tem interesse em trabalhar em ambientes germanófonos, por exemplo, certamente obtém uma inserção mais rápida de suas candidaturas no tocante aos conhecimentos da língua alemã.

Na concepção adotada no QECR, a mediação, entendida como quarta categoria de atividades linguísticas comunicativas, ao lado de recepção, interação e produção, tem como objetivo fornecer “a terceiros uma (re)formulação do texto de origem ao qual estes não têm acesso directo”, possibilitando que alcancem a compreensão de seu teor (CONSELHO DA EUROPA 2001CONSELHO DA EUROPA. Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas/QECR. Aprendizagem, ensino, avaliação. Porto: ASA, 2001.: 36). Nessa perspectiva, a mediação pode ser realizada de diferentes modos: pela tradução escrita e a tradução oral ou interpretação e também por meio de resumos, paráfrases e resenhas de textos (CONSELHO DA EUROPA 2001CONSELHO DA EUROPA. Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas/QECR. Aprendizagem, ensino, avaliação. Porto: ASA, 2001.: 36, 129). Essa atividade linguística ocorre “geralmente (mas não exclusivamente)” entre “falantes de línguas diferentes” (CONSELHO DA EUROPA 2001CONSELHO DA EUROPA. Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas/QECR. Aprendizagem, ensino, avaliação. Porto: ASA, 2001.: 129), ou seja, pode assumir as formas de mediação interlinguística e intralinguística.

O termo utilizado para essa atividade linguística no QECR em inglês é mediation e em francês, médiation; na sua tradução para a língua alemã, o termo adotado foi Sprachmittlung. Esse uso da palavra Sprachmittlung1 1 Quanto às traduções nesta Apresentação: (i) todas as traduções são de nossa autoria, exceto quando for informado o nome de outro autor; (ii) termos cujas traduções para a língua portuguesa possam prejudicar a compreensão do texto, por estarem associados a questões em discussão, são apresentados na língua original, seguidos de uma tradução escolhida por nós, entre colchetes. não é consenso e vem sendo discutido tanto na área de Estudos da Tradução como na de ALE/ASL. Apresentamos, a seguir, alguns registros concernentes a essa discussão, mas já adiantamos que existe uma tendência muito clara de adoção do termo Mediation em alemão, como sugere seu uso na tradução para a língua alemã do Companion volume do CEFR, publicada pela Editora Klett, a ser apresentado mais adiante.

Por volta de 1940, atesta-se o uso do termo Sprachmittler [mediador linguístico] como hiperônimo para Dolmetscher, Übersetzer e Sprachkundige [intérpretes, tradutores e tradutoras e especialistas na língua], empregado por Otto Monien, presidente da Associação para Tradutores no período do Terceiro Reich (SINNER; WIELAND 2013SINNER, C.; WIELAND, K. Eine translationswissenschaftliche Sicht auf Sprachmittlung im Fremdsprachenunterricht. In: REIMANN, D.; RÖSSLER, A. (Org). Sprachmittlung im Fremdsprachenunterricht. Tübingen: Narr, 2013, 93-113.: 94 apud KOLB 2016KOLB, E. Sprachmittlung. Studien zur Modellierung einer komplexen Kompetenz. Münster: Waxmann, 2016.: 14).

Na Escola Tradutológica de Leipzig são encontradas diferentes referências sobre o uso dos termos Sprachmittlung e Translation. Na concepção de um de seus expoentes, Otto Kade:

No aprofundamento dos estudos teóricos sobre a Translation2 2 Optamos, ao longo de nosso texto, por não traduzirmos o termo Translation e os conceitos dele derivados, por estarem, em primeiro lugar, no cerne da polêmica terminológica apresentada por Reiß & Vermeer entre Translation e Sprachmittlung. Como o termo mais próximo em português é “translação”, preferimos evitar seu uso e, assim, possíveis interpretações equivocadas. , especialmente na investigação do problema da invariância e na definição do objeto dos Estudos da Tradução, no interesse de uma definição mais precisa do termo Translation, esta foi caracterizada como “mediação linguística equivalente em termos comunicativos”. Em contraste a ela encontra-se a “mediação linguística comunicativamente heterovalente”, para a qual estabeleceu-se, na prática, o termo “tradução com adequação de conteúdos”. (KADE 1980KADE, O. Die Sprachmittlung als gesellschaftliche Erscheinung und Gegenstand wissenschaftlicher Untersuchung. Leipzig: Verlag Enzyklopädie, 1980.: 7 apud SINNER 2020SINNER, C. Die Leipziger Übersetzungswissenschaftliche Schule, das Tschechische und perzeptive Translatologie avant la lettre. Acta Universitatis Carolinae Philologica 3/Translatologica Pragensia, 11-38, 2020.: 20; grifos em itálico no original; aspas nossas)3 3 Em alemão: Im Zuge der weiteren theoretischen Klärung der Vorgänge in der Translation, insbesondere bei der Untersuchung des Invarianzproblems und bei der Bestimmung des Gegenstandes der Übersetzungswissenschaft, wurde die Translation im Interesse einer genaueren Begriffsbestimmung als kommunikativ äquivalente Sprachmittlung charakterisiert. Ihr steht die kommunikativ heterovalente Sprachmittlung gegenüber, für die sich in der Praxis die Bezeichnung inhaltsbearbeitendes Übertragen eingebürgert hat.

O emprego de um texto na L1 como variável inicial e a elaboração de um texto na L2 como variável final constituem, portanto, as características essenciais e constitutivas da Sprachmittlung. Essa observação vale tanto para aTranslation como para amediação linguística comunicativamente heterovalente (a tradução ’com adequação de conteúdos’) […] (KADE 1980KADE, O. Die Sprachmittlung als gesellschaftliche Erscheinung und Gegenstand wissenschaftlicher Untersuchung. Leipzig: Verlag Enzyklopädie, 1980.: 7 apud SINNER 2020SINNER, C. Die Leipziger Übersetzungswissenschaftliche Schule, das Tschechische und perzeptive Translatologie avant la lettre. Acta Universitatis Carolinae Philologica 3/Translatologica Pragensia, 11-38, 2020.: 20; grifos no original)4 4 Em alemão: Die Verwendung eines L1-Textes als Ausgangsgröße und die Erzeugung eines L2-Textes als Endgröße gehören deshalb zu den wesenhaften bzw. wesensbestimmenden Merkmalen der Sprachmittlung. Dies gilt sowohl für die Translation als auch für die heterovalente Sprachmittlung (das‚inhaltsbearbeitende Übertragen‘) […]

Na visão de Knapp/Knapp-Potthoff (1985KNAPP, K.; KNAPP-POTTHOFF, A. Sprachmittlertätigkeit in interkultureller Kommunikation. In: REHBEIN, J. (Hrsg). Interkulturelle Kommunikation. Tübingen: Gunter Narr; 1985, 450-463. apud KOLB 2016KOLB, E. Sprachmittlung. Studien zur Modellierung einer komplexen Kompetenz. Münster: Waxmann, 2016.: 14), Sprachmittlung refere-se à intermediação de significados de forma oral, não profissional, cotidiana, em oposição a Dolmetschen [interpretação], a atividade profissional.

Reiß & Vermeer (1991REIß, K.; VERMEER, H. J. Grundlagen einer allgemeinen Translationstheorie. Tübingen: Niemeyer, 1991.), ao lançarem a Teoria do Escopo no campo dos Estudos da Tradução e da Interpretação (Translationstheorie, Translationswissenschaft, conforme as denominações indicadas em seus trabalhos), recorrem ao termo Translation com a função hiperonímica que abriga a tradução e a interpretação. Como costuma ocorrer ao se criar uma nova disciplina, Reiß & Vermeer buscaram embasamento terminológico para suas concepções inovadoras na área da tradução e da interpretação. Preocuparam-se, antes de mais nada, com a distinção formal entre esses dois campos, apoiando-se nas seguintes palavras do já mencionado Otto Kade:

Desse modo, entendemos como tradução a Translation de um texto da língua de partida fixado e, por conseguinte, apresentado de forma permanente e/ou passível de ser repetido um número indefinido de vezes, para um texto da língua de chegada passível de ser averiguado e corrigido repetidas vezes. [Parágrafo] Por interpretação, entendemos a Translation de um texto da língua de partida apresentado uma única vez (em geral oralmente) para um texto da língua de chegada passível de ser averiguado apenas sob determinadas circunstâncias e, por falta de tempo, normalmente praticamente impossível de ser corrigido.” (KADE 1968KADE, O. Die Sprachmittlung als gesellschaftliche Erscheinung und Gegenstand wissenschaftlicher Untersuchung. Leipzig: Verlag Enzyklopädie, 1980.: 35 apud REIß; VERMEER 1991REIß, K.; VERMEER, H. J. Grundlagen einer allgemeinen Translationstheorie. Tübingen: Niemeyer, 1991.: 8; grifos no original]5 5 Em alemão: Wir verstehen daher unter Übersetzen die Translation eines fixierten und demzufolge permanent dargebotenen bzw. beliebig oft wiederholbaren Textes der Ausgangssprache in einen jederzeit kontrollierbaren und wiederholt korrigierbaren Text der Zielsprache. [Absatz] Unter Dolmetschen [sic] verstehen wir die Translation eines einmalig (in der Regel mündlich) dargebotenen Textes der Ausgangssprache in einen nur bedingt kontrollierbaren und infolge Zeitmangels kaum korrigierbaren Text der Zielsprache.

Para Reiß e Vermeer, a busca por um termo principal para a chamada Translationstheorie, em que também fica abrigada a ideia da Teoria do Escopo, acaba recaindo sobre o conceito de Translation, como hiperônimo de tradução e interpretação, porque, como termo estrangeiro, facilita a criação de outros conceitos deste decorrentes ou a ele vinculados, tais como: Translat = produto de uma Translation ou texto de chegada como esse produto; Translationstheorie, translationstheoretisch, Translatologie, embora reconheçam que, nessa família, falta um verbo (cf. REIß; VERMEER 1991REIß, K.; VERMEER, H. J. Grundlagen einer allgemeinen Translationstheorie. Tübingen: Niemeyer, 1991.: 7). Ressalte-se, porém, que reconhecem, na sequência, a família conceitual composta a partir de Sprachmittler conforme a concepção de Kade, apontando também suas restrições:

De um termo técnico alemão como Sprachmittler (= Translator), pode-se derivar, quando muito, sprachmittlerisch; talvez ainda Sprachmittlung, dificilmente outros conceitos. Sprachmittlertheorie seria, por seu turno, um composto híbrido, além de pouco feliz (teria de ser designado como Sprachmittlungstheorie). (REIß; VERMEER 1991REIß, K.; VERMEER, H. J. Grundlagen einer allgemeinen Translationstheorie. Tübingen: Niemeyer, 1991.: 7; grifos no original)6 6 Em alemão: Von einem deutschen Fachwort wie z.B. Sprachmittler (= Translator) läßt sich allenfalls sprachmittlerisch ableiten; vielleicht noch Sprachmittlung, schwerlich anderes. Sprachmittlertheorie wäre wieder eine Hybridbildung, zudem eine wenig glückliche (es müßte Sprachmittlungstheorie heißen).

Embora a teoria defendida por Reiß & Vermeer não tenha sido concebida para o ensino de ALE/ASL, sabemos dos vínculos possíveis entre a discussão que estabeleceram nos Estudos da Tradução e os conceitos de mediação conforme as propostas do QECR. Um aspecto ainda a ser destacado neste debate é a conclusão a que chega Vermeer acerca da pouca abrangência do termo Sprachmittler (e, por extensão, Sprachmittlung), ao propor a seguinte ideia que também consideramos esclarecedora para os propósitos da mediação no ensino de ALE/ASL:

Na verdade, provavelmente não basta entender-se como mero “mediador” (linguístico?). É preciso também ser mediador cultural. Somente a biculturalidade do Translator pode intermediar entre membros de duas culturas que normalmente não se entendem ou não se entendem suficientemente. (VERMEER 1994VERMEER, H. J. Übersetzen als kultureller Transfer. In: SNELL-HORNBY, M. (Hrsg.). Übersetzungswissenschaft. Eine Neuorientierung. 2. Auflage. München: UTB Wilhelm Fink, 1994.: 52; aspas no original)7 7 Em alemão: Wahrscheinlich genügt es nämlich nicht, sich als bloßer (Sprach?-)“Mittler” zu verstehen. Man muß auch Kulturmittler sein. Die Bikulturalität des Translators erst vermag zwischen Angehörigen zweier sich sonst nicht oder nicht hinreichend verständlicher Kulturen zu vermitteln.

A partir dessa constatação feita por Vermeer, podemos também defender a inserção de atividades de mediação no ensino de ALE/ASL como oportunidade para que docentes possam dirimir dúvidas, no âmbito do ensino de ALE/ASL, não apenas na esfera de conhecimentos linguísticos num confronto entre a língua alemã e o vernáculo, mas também no domínio cultural, no qual mostra-se a grande riqueza dos países de expressão alemã e de suas diversas regiões com peculiaridades por vezes muito distintas.

Como ponto de partida para este dossiê temático, adotamos as definições de mediação encontradas no QECR e no QECR-Companion volume with new descriptors (COUNCIL OF EUROPE 2018COUNCIL OF EUROPE. Common European Framework of Reference for Languages. Learning, Teaching, Assessment. Companion Volume with New Descriptors. Strasbourg: Council of Europe, 2018. Disponível em: Disponível em: https://rm.coe.int/cefr-companion-volume-with-new- descriptors-2018/1680787989 (10/01/2022).
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- de agora em diante: Companion volume). Na preparação deste último, a etapa dedicada ao tema mediação foi a mais longa e complexa de todas (COUNCIL OF EUROPE 2018COUNCIL OF EUROPE. Common European Framework of Reference for Languages. Learning, Teaching, Assessment. Companion Volume with New Descriptors. Strasbourg: Council of Europe, 2018. Disponível em: Disponível em: https://rm.coe.int/cefr-companion-volume-with-new- descriptors-2018/1680787989 (10/01/2022).
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: 22).

Em relação ao QECR, o Companion volume contém as seguintes modificações: introduz descritores para um novo nível, denominado Pré-A1; modifica alguns dos descritores apresentados no QECR (principalmente para o nível C2, com poucas modificações nos descritores para os demais níveis); atualiza descritores para os níveis Plus (p.ex., B1+; B1.2), assim como a escala para o domínio fonológico; apresenta novas escalas para os tópicos: mediação, repertório pluricultural e plurilingual, trabalho com literatura, com a web (p.ex. para atividades de interação e mediação realizadas online), com telecomunicações e sobre a transmissão de informações; especifica, em alguns descritores, as línguas envolvidas e abre espaço para descritores para competências em línguas de sinais (COUNCIL OF EUROPE 2018COUNCIL OF EUROPE. Common European Framework of Reference for Languages. Learning, Teaching, Assessment. Companion Volume with New Descriptors. Strasbourg: Council of Europe, 2018. Disponível em: Disponível em: https://rm.coe.int/cefr-companion-volume-with-new- descriptors-2018/1680787989 (10/01/2022).
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: 50-51). Além delas, destaca-se, na tradução para a língua alemã do Companion volume, intitulada GeR-Begleitband mit neuen Deskriptoren (2020), publicada pela Editora Klett8 8 Partes dessa obra traduzida são disponibilizadas no site da Editora Klett (https://www.klett-sprachen.de/gemeinsamer-europaeischer-referenzrahmen-fuer-sprachen/t-1/9783126769990), mas a obra completa ainda não está disponível online. , a já citada opção pelo termo Mediation em lugar de Sprachmittlung, justificada pela equipe de tradutores em nota de rodapé nessa obra (COUNCIL OF EUROPE 2020COUNCIL OF EUROPE. Gemeinsamer europäischer Referenzrahmen für Sprachen: lehren, lernen, beurteilen. Begleitband. Übersetzung von Jürgen Quetz und Rudi Camerer. Stuttgart: Ernst Klett Sprachen, 2020.: 30, nota de rodapé 26 apud NIED CURCIO; KATELHÖN 2020NIED CURCIO, M.; KATELHÖN, P. Sprachmittlung und Mediation für Deutsch als Fremd- und Zweitsprache (DaF/DaZ). Berlin: Frank & Timme, 2020.: 18).

Nos novos descritores incluídos no Companion volume pode-se constatar a caracterização das atividades de mediação como interlinguais e intralinguais. Assim, por exemplo, neles os termos Língua A e Língua B (grifo no original) são explicados da seguinte forma: “Para todos os descritores nas escalas desta seção, LínguaA e Língua B podem ser duas línguas diferentes, duas variedades da mesma língua, dois registros da mesma variedade ou alguma combinação dos citados.”9 9 Em inglês: For all the descriptors in the scales in this section, Language A and Language B may be two different languages, two varieties of the same language, two registers of the same variety, or any combination of the above. However, theymay also beidentical: the CEFR isclearthatmediationmaybe in onelanguage. (COUNCIL OF EUROPE 2018COUNCIL OF EUROPE. Common European Framework of Reference for Languages. Learning, Teaching, Assessment. Companion Volume with New Descriptors. Strasbourg: Council of Europe, 2018. Disponível em: Disponível em: https://rm.coe.int/cefr-companion-volume-with-new- descriptors-2018/1680787989 (10/01/2022).
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: 107- 113).

O Companion volume contém, para a mediação, descritores do nível Pré-A1 até o C2 do QECR. À guisa de ilustração sobre esses descritores, veja-se o seguinte quadro relativo a atividades de mediação de texto voltadas para os níveis A1 e Pré-A1:

Figura 1:
Quadro contendo exemplos de descritores do Companion volume

Concebidas de acordo com sua inserção no QECR (2001) e no Companion volume (2018), as atividades e estratégias de mediação podem contribuir para o desenvolvimento da competência comunicativa plurilinguística e intercultural, tão necessária nas relações sociais e no mundo do trabalho atuais.

Na organização deste número temático, nosso objetivo consistiu em oferecer um fórum para a discussão e a divulgação de pesquisas sobre trabalhos teóricos e/ou práticos voltados para a inserção de atividades de mediação - no sentido do QECR - em contextos de ensino-aprendizagem de língua alemã como língua estrangeira (ALE) e/ou como segunda língua (ASL). Assim sendo, sugerimos contribuições voltadas para diferentes públicos-alvo, faixas etárias e níveis de conhecimento da língua.

Na mesma linha, as áreas temáticas propostas na divulgação possibilitam uma grande diversidade de reflexões e relatos, além de sinalizarem a pluralidade das questões envolvidas nesse âmbito. Tais questões compreendem, naturalmente, discussões teóricas sobre a mediação linguística e sobre sua relação com outras áreas, como a formação de professoras e professores, tradutoras e tradutores e intérpretes; a linguística e/ou gramática contrastiva; os estudos da tradução e os estudos culturais etc.

Além disso, a opção por atividades de mediação tem implicações diretas na seleção e/ou criação de materiais e manuais didáticos de ALE/ASL no que concerne, por exemplo, à inclusão de aspectos culturalmente relevantes; aos (diferentes) níveis linguísticos em sala de aula; ao uso de mídias digitais e aplicativos; à elaboração de currículos e à organização de aulas, testes e exames de ALE/ASL.

As sugestões apresentadas sugerem implicitamente atividades de mediação que não são de imediato visualizadas como tal, como a mediação entre diferentes gêneros textuais; a mediação escrita (na elaboração de resumos, paráfrases, relatórios etc.); a mediação por meio de atividades informais de interpretação como estratégia comunicativa para superação de barreiras culturais e a mediação possível na realização da tradução literária não-profissional, entre outros.

Nosso material de divulgação também sugere como tema possíveis reflexos do Companion volume quanto à integração de atividades de mediação no ensino de ALE/ASL. Uma recepção positiva dessa obra na Europa poderá determinar a inclusão de atividades de mediação em materiais didáticos, currículos e exames oficiais. Essa inclusão afeta diretamente o ensino da língua alemã no Brasil, tanto pela utilização de materiais didáticos produzidos na Alemanha quanto pelos novos parâmetros de avaliação a serem eventualmente incluídos nos exames de proficiência.

Demonstramos nossa satisfação com as contribuições recebidas e aqui apresentadas sob diferentes óticas sobre a temática da mediação no ensino de ALE/ASL; não obstante, acreditamos que ainda seja necessário um trabalho mais intenso de divulgação dessa estratégia de ensino e, sobretudo, mais publicações sobre essa temática, para que realmente se consiga abrir mais espaço para atividades de mediação em cursos das mais variadas modalidades (cursos de extensão, escolas públicas ou privadas, no contexto universitário etc.).

Na sequência, apresentamos os trabalhos das autoras e dos autores cujas contribuições constituem o presente dossiê temático:

No primeiro artigo, de autoria de Ruth Bohunovsky, intitulado Dizer a mesma coisa em outras palavras? Questionando o senso comum sobre mediação/tradução durante a formação de docentes de LE: três textos-chave, a autora analisa a presença cada vez maior da tradução e da mediação linguística na área de ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras e conclui que a compreensão das questões a elas relacionadas nem sempre corresponde ao entendimento contemporâneo dos Estudos da Tradução. Por isso, propõe a leitura de três textos que podem colaborar para essa compreensão e os discute, considerando a importância do diálogo entre as duas áreas.

Daniel Reimann, em seu artigo Sprachmittlung - Mediation: Welche Konsequenzen für die Praxis aus dem Companion Volume? Eine curriculumanalytische Untersuchung und theoretisch-konzeptionelle Modellierungen für den Fremdsprachenunterricht trata da mediação linguística tal como é proposta no âmbito do QECR e, principalmente, do Companion Volume (2018). O autor analisa sua relevância para o ensino de línguas estrangeiras, considerando o que entende por mediação num sentido estrito e num sentido amplo, e discute dois exemplos de propostas didáticas possíveis para o ensino de alemão no Brasil e em outros contextos.

O terceiro artigo, Mediação-Tradução & Interpretação-e consciência linguística: do ‘velho’ resiliente no ‘novo’ de Paulo Oliveira, tem como objetivo discutir um entendimento por vezes anacrônico do que seria tradução, encontrado nas discussões atuais sobre a mediação linguística no ensino de línguas estrangeiras e propõe a inclusão de um elemento reflexivo nas atividades de mediação, que também envolve uma aproximação entre teorias de tradução e estudos na área de ensino/aprendizagem de línguas estrangeiras.

Carina Schumann e Fabiana Macchi apresentam, no quarto artigo, Über.Leben.Schreiben: Tradução e legendagem de uma live de literatura - Um projeto com estudantes de Letras português-alemão, um projeto de tradução levado a cabo no ano de 2020 na UFRJ, no qual alunas e alunos de Letras Português-Alemão participaram fazendo traduções para legendagem. O objetivo do artigo é analisar seus portfólios de autoavaliação, nos quais relatam as principais dificuldades encontradas ao executar a tarefa de tradução, as percepções de suas habilidades na língua alemã e a evolução da própria consciência linguística e de sua competência tradutória.

No quinto artigo Questões de tradução para legendagem e aprendizagem de alemão como língua estrangeira: o caso das legendas da série Dark, Ebal Bolacio Filho; Maria Eduarda Moraes; Dionelle Araújo; Gabriela de Mendonça Mello, partem de uma enquete entre aprendizes de alemão como língua estrangeira que constatou que assistir a filmes ou séries alemãs com legendas em português é um recurso de aprendizagem autônoma de vocabulário bastante difundido. Com esse resultado, comparam os textos de legendas e da dublagem de alguns episódios da série Dark a fim de analisar se o texto das legendas, normalmente mais curto e com características de linguagem escrita, pode servir de base para a comparação com o áudio original e auxiliar, assim, no trabalho autônomo de aprendizagem de vocabulário.

No sexto artigo do presente dossiê, Adriana Borgerth e Roberta Stanke apresentam, em seu artigo A tradução intercultural como sensibilização para aspectos culturais no ensino de alemão, um estudo no contexto da Tradução Intercultural. A partir da análise de cartas pessoais escritas por uma brasileira a seus familiares no Brasil durante sua estada na Alemanha, discute-se a questão da construção da sensibilização através da Tradução Intercultural, como forma de contribuir para as áreas de Didática e Formação de Professoras e Professores de Alemão no que diz respeito ao tratamento de questões culturais em sala de aula.

O sétimo artigo, A abordagem CLIL10 10 CLIL: Ensino Integrado de Língua e Conteúdo. Segundo a autora, nessa abordagem “não se trata do ensino de conteúdo disciplinar em outra língua, mas, sim, do ensino de conteúdo disciplinar com outra língua, ou através de outra língua (EURYDICE 2006: 8 apud MARSH 2008: 233 apud GRILLI 2022: 177, neste dossiê temático).” A autora complementa que CLIL não é “uma proposta de ensino monolíngue em outra língua.” na graduação em Letras/Alemão: pontes possíveis, de Marina Grilli Lucas Silva, não aponta expressamente sua relação com o tema Sprachmittlung, mas encontra ressonância no Companion volume, que destaca a relevância da SM em contextos como o do CLIL, de ensino/aprendizagem de conteúdos e de língua, bem como na formação de profissionais. Em tais contextos, atividades de SM possibilitam “compartilhamento de input diversificado, explicações sobre informações e trabalho em conjunto para atingir um objetivo” 11 11 Em inglês: […] have to share different input, explaining their information and working together in order to achieve a goal. […]. (COUNCIL OF EUROPE 2018COUNCIL OF EUROPE. Common European Framework of Reference for Languages. Learning, Teaching, Assessment. Companion Volume with New Descriptors. Strasbourg: Council of Europe, 2018. Disponível em: Disponível em: https://rm.coe.int/cefr-companion-volume-with-new- descriptors-2018/1680787989 (10/01/2022).
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: 34).

Este dossiê é concluído com a resenha elaborada por Maria Cristina Reckziegel Guedes Evangelista sobre o livro Sprachmittlung und Mediation für Deutsch als Fremd- und Zweitsprache (DaF/DaZ) , publicado em 2020 por Martina Nied Curcio e Peggy Katelhön. O livro tem como base o amplo trabalho desenvolvido pelas autoras sobre o tema mediação, abordando diversas questões teóricas envolvidas nesse contexto, numa exposição sustentada pelo exame de exemplos de atividades e análise de aspectos didático-metodológicos correspondentes.

Esperamos que o presente volume temático possa contribuir para as discussões sobre o papel da mediação, da tradução e da interpretação no ensino de ALE/ASL e, especialmente, de alemão no contexto brasileiro. Propomos, por fim, uma reflexão a quem, principalmente como docente, tem interesse pela temática aqui apresentada: o que se poderia fazer para superar a falta - ou a existência ainda mínima - de atividades de mediação em manuais didáticos produzidos em países germanófonos e/ou no Brasil, destinados ao contexto de ensino de ALE/ASL?

Desejamos-lhes uma ótima leitura.

Referências bibliográficas

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  • VOERKEL, P. Deutsch als Chance: Ausbildung, Qualifikation und Verbleib von Absolventen brasilianischer Deutschstudiengänge. Tese (Doutorado). Philosophische Fakultät, Friedrich-Schiller-Universität, Jena, 2017.
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    Quanto às traduções nesta Apresentação: (i) todas as traduções são de nossa autoria, exceto quando for informado o nome de outro autor; (ii) termos cujas traduções para a língua portuguesa possam prejudicar a compreensão do texto, por estarem associados a questões em discussão, são apresentados na língua original, seguidos de uma tradução escolhida por nós, entre colchetes.
  • 2
    Optamos, ao longo de nosso texto, por não traduzirmos o termo Translation e os conceitos dele derivados, por estarem, em primeiro lugar, no cerne da polêmica terminológica apresentada por Reiß & Vermeer entre Translation e Sprachmittlung. Como o termo mais próximo em português é “translação”, preferimos evitar seu uso e, assim, possíveis interpretações equivocadas.
  • 3
    Em alemão: Im Zuge der weiteren theoretischen Klärung der Vorgänge in der Translation, insbesondere bei der Untersuchung des Invarianzproblems und bei der Bestimmung des Gegenstandes der Übersetzungswissenschaft, wurde die Translation im Interesse einer genaueren Begriffsbestimmung als kommunikativ äquivalente Sprachmittlung charakterisiert. Ihr steht die kommunikativ heterovalente Sprachmittlung gegenüber, für die sich in der Praxis die Bezeichnung inhaltsbearbeitendes Übertragen eingebürgert hat.
  • 4
    Em alemão: Die Verwendung eines L1-Textes als Ausgangsgröße und die Erzeugung eines L2-Textes als Endgröße gehören deshalb zu den wesenhaften bzw. wesensbestimmenden Merkmalen der Sprachmittlung. Dies gilt sowohl für die Translation als auch für die heterovalente Sprachmittlung (das‚inhaltsbearbeitende Übertragen‘) […]
  • 5
    Em alemão: Wir verstehen daher unter Übersetzen die Translation eines fixierten und demzufolge permanent dargebotenen bzw. beliebig oft wiederholbaren Textes der Ausgangssprache in einen jederzeit kontrollierbaren und wiederholt korrigierbaren Text der Zielsprache. [Absatz] Unter Dolmetschen [sic] verstehen wir die Translation eines einmalig (in der Regel mündlich) dargebotenen Textes der Ausgangssprache in einen nur bedingt kontrollierbaren und infolge Zeitmangels kaum korrigierbaren Text der Zielsprache.
  • 6
    Em alemão: Von einem deutschen Fachwort wie z.B. Sprachmittler (= Translator) läßt sich allenfalls sprachmittlerisch ableiten; vielleicht noch Sprachmittlung, schwerlich anderes. Sprachmittlertheorie wäre wieder eine Hybridbildung, zudem eine wenig glückliche (es müßte Sprachmittlungstheorie heißen).
  • 7
    Em alemão: Wahrscheinlich genügt es nämlich nicht, sich als bloßer (Sprach?-)“Mittler” zu verstehen. Man muß auch Kulturmittler sein. Die Bikulturalität des Translators erst vermag zwischen Angehörigen zweier sich sonst nicht oder nicht hinreichend verständlicher Kulturen zu vermitteln.
  • 8
    Partes dessa obra traduzida são disponibilizadas no site da Editora Klett (https://www.klett-sprachen.de/gemeinsamer-europaeischer-referenzrahmen-fuer-sprachen/t-1/9783126769990), mas a obra completa ainda não está disponível online.
  • 9
    Em inglês: For all the descriptors in the scales in this section, Language A and Language B may be two different languages, two varieties of the same language, two registers of the same variety, or any combination of the above. However, theymay also beidentical: the CEFR isclearthatmediationmaybe in onelanguage.
  • 10
    CLIL: Ensino Integrado de Língua e Conteúdo. Segundo a autora, nessa abordagem “não se trata do ensino de conteúdo disciplinar em outra língua, mas, sim, do ensino de conteúdo disciplinar com outra língua, ou através de outra língua (EURYDICE 2006EURYDICE. Content and Language Integrated Learning (CLIL) at school in Europe. Brussels: Eurydice European Unit, 2006.: 8 apud MARSH 2008MARSCH, D. Language Awareness and CLIL. In: CENOZ, J.; HORNBERGER, N. H. (Eds). Encyclopedia of Language and Education. vol. 6: Knowledge about Language. New York: Springer, 2008, 233-246.: 233 apud GRILLI 2022GRILLI, M. A abordagem CLIL na graduação em Letras/Alemão: pontes possíveis. Pandaemonium Germanicum, v. 25, n. 46, 172-201, 2022.: 177, neste dossiê temático).” A autora complementa que CLIL não é “uma proposta de ensino monolíngue em outra língua.”
  • 11
    Em inglês: […] have to share different input, explaining their information and working together in order to achieve a goal. […].

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    20 Abr 2022
  • Data do Fascículo
    May-Aug 2022

Histórico

  • Recebido
    13 Jan 2022
  • Aceito
    30 Jan 2022
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