RESUMO:
Objetivo:
Estimar a prevalência da violência por parceiro íntimo sofrida por mulheres adultas no país e os fatores associados a ela.
Métodos:
Estudo epidemiológico transversal quantitativo utilizando base de dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2019. Foram calculadas as prevalências e razões de prevalência bruta e ajustada da violência por parceiro íntimo nos últimos 12 meses segundo características sociodemográficas.
Resultados:
A violência por parceiro íntimo foi relatada por 7,60% das mulheres brasileiras de 18–59 anos, com maior prevalência entre as mais jovens (8,96%), aquelas que se autodeclararam pretas (9,05%), com menor escolaridade (8,55%) e baixa renda (8,68%). Após análise ajustada, permaneceram associadas à violência por parceiro íntimo as faixas etárias 18–24 anos (RPa: 1,41) e 25–39 anos (RPa: 1,42) e renda menor que um salário mínimo (RPa: 1,55).
Conclusões:
A violência por parceiro íntimo se associou às mulheres mais jovens e com pior renda. Esses resultados apontam a necessidade de desenvolvimento de políticas intersetoriais, especialmente as relacionadas à redução das desigualdades sociais e para o enfrentamento da violência por parceiro íntimo entre mulheres adultas.
Palavras-chave:
violência por parceiro íntimo; violência de gênero; epidemiologia; estudos transversais; inquéritos epidemiológicos