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Introdução ao Dossiê Literatura, cultura e (des)globalização

Em certo passado não muito distante (e com reverberações importantes nos debates público e acadêmico ainda nos dias atuais), muitas análises identificavam a globalização com transformações mundiais, em curso sobretudo desde o último quarto do século passado, que estariam avançando uma promessa de dissolução geral de fronteiras culturais, políticas e econômicas em direção a uma integração global. Em contraposição a essa perspectiva, nas últimas décadas ganharam força interpretações, em diversos campos de conhecimento, que buscam mostrar como a contemporaneidade é marcada não pela dissolução, mas antes pela proliferação de fronteiras dentro e fora dos Estados e das culturas nacionais. Além disso, tem-se insistido na importância de considerar a globalização por uma perspectiva atenta a historicidades de mais longo prazo, indissociáveis da própria constituição do mundo moderno e seus processos de colonização.

Os textos deste Dossiê situam-se nessa busca por entender e problematizar fronteiras contemporâneas, atentando-se, de variadas maneiras, a elementos historicamente constitutivos da modernidade. Mais especificamente, o Dossiê se soma a outros esforços que vêm destacando como a literatura e as artes nos têm convocado a questionar a globalização, entendendo-a como uma intensificação de deslocamentos humanos e não humanos marcada por relações de poder que se (re)configuram constantemente, operando através de marcadores de discriminação de raça, etnia, classe, gênero, geração, entre outros.

Em relação à produção bibliográfica das duas últimas décadas, podemos destacar a publicação de Globalization and literature (2009GUPTA, Suman. Globalization and Literature. Malden: Polity Press, 2009.), de Suman Gupta, e Literature and globalization: a reader (2010CONNELL, Liam; MARSH, Nicky. Literature and Globalization: A Reader. Nova York: Routledge, 2010.), organizado por Liam Connell e Nicky Marsh. Antes disso, o periódico South Atlantic QuarterlyO’BRIEN, Susie; SZEMAN, Imre (ed.). Anglophone Literatures and Global Culture, South Atlantic Quarterly. Durham: Duke University Press, v. 100, n. 3, 2001. (SAQ) publicou, em 2001, um número especialmente dedicado à análise da literatura anglófona num mundo globalizado. De certa forma, esse número da SAQ, muito citado nos dois livros listados anteriormente, constitui uma espécie de precursor da tradução dos estudos sobre a globalização para o interior dos estudos literários. Para isso contribuiu também um número especial da revista Publications of the Modern Language Association (PMLA) sobre o tema organizado por Giles Gunn e publicado em 2001GUNN, Giles (ed.). Special topic: globalizing literary studies, PMLA Nova York: Modern Language Association, v. 116, n. 1, 2001..

Mais recentemente foram publicadas duas coletâneas que auxiliam o pesquisador que se interessa pela convergência entre os estudos globais e os estudos literários e outras artes. Com Global Literary Theory (2013LANE, Richard J. (org.). Global Literary Theory: an anthology. Routledge: Nova York, 2013.), o organizador, Richard J. Lane, já traz a globalização como método de compilação dos textos reunidos, uma vez que a proposta é aproximar diversos tempos e espaços produtores de teoria literária num volume que encena a horizontalidade e a espacialidade das propostas pós-modernas globais. E, em 2015, Frank Lechner e John Boli lançaram a quinta edição de uma antologia de fragmentos de textos fundamentais para a pesquisa sobre a globalização. Trata-se de The globalization readerLECHNER, Frank J.; BOLI, John (org.). The Globalization Reader. 5. ed. Malden (USA): Wiley Blackwell, 2015. .

Somando-se, assim, a esses esforços, o Dossiê começa com o ensaio de Roland Walter, que nos lembra que o mundo moderno é atravessado não somente por fluxos de “ideias, pessoas e elementos culturais”, mas também por “fluxos do capital”. É o entrelaçamento de todos esses fluxos que não apenas sustenta processos de subalternização como também enseja “poéticas de reorientação cultural”. A partir disso, o texto nos coloca diante da seguinte pergunta: “qual o papel descolonial da literatura neste cenário de múltiplas crises locais e globais?”. Pensando com uma ampla gama de textos literários das Américas, Walter busca identificar neles representações de “casa-lar” (ou “ home”), definindo-a como um “lugar” que articula “corpo”, “ancestralidade” e “território”, entre outras dimensões, e que está situado em “um cenário de expansão de império, urbanização e diminuição da natureza virgem”. Reconhecendo as diferenças entre as(os) escritoras(es) mencionadas(os), Walter nota, entretanto, que elas(es) compartilham “uma atitude de(s)colonial que não somente descreve o outro/a, mas, dando-lhes voz, pensamento e sentimento, rompe o silenciamento da subalternização cultural”.

Marcelo Ribeiro, por sua vez, apresenta outra maneira de pensar a relação entre política e obras literárias e artísticas. Segundo Ribeiro, a literatura e o cinema - mas poderíamos, sem prejuízo do argumento, estender a consideração a todas as demais artes - articulam com frequência uma “operação cosmotécnica”. Esta, em suas palavras, tem o propósito de

unifica[r] uma ordem cósmica, constituída por noções sobre o mundo, o universo etc., determinando-a como natureza (isto é, naturalizando um entendimento cosmológico como determinação natural), e uma ordem moral, constituída por noções sobre o bem, o comum, o bem comum etc., determinando-a como lei (isto é, generalizando um modo de vida como referência dominante sobre qualquer alteridade).

Essa busca por unificação coloca em movimento “projetos cosmopolíticos” que “delimitam e fixam o mundo [...] como espaço de habitação de uma comunidade política”. Como contraponto à cosmotécnica, Ribeiro afirma que literatura e cinema também podem operar de maneira “cosmopoética”, abrindo-se “para a invenção de outros mundos”, perturbando, dessa forma, sua delimitação e sua fixação. As implicações da relação - e da tensão - entre essas duas operações para pensarmos a política são evidentes e inesgotáveis.

Em seguida, o artigo de Ingrid Brioso Rieumont aborda comparativamente os conceitos de “transculturação” e “creolização”, argumentando que ambos lançam luz sobre um Caribe “heterogêneo, fragmentado e, ainda assim, interconectado” (tradução nossa). Com isso, torna-se possível considerar certos aspectos compartilhados através da experiência diaspórica africana, sem, no entanto, homogeneizar suas diferenças. Mais especificamente, temos que os conceitos em tela avançam diferentes perspectivas acerca da temporalidade de longa duração das interações entre povos do “Novo Mundo” e ultramarinos; das assimetrias que atravessam o contato e a mistura entre grupos humanos; da relação entre particulares locais (do Caribe) e possíveis generalizações para outras partes do mundo; e da configuração violenta do encontro colonial. Dessa maneira, propõe Rieumont, “transculturação” e “creolização” contribuem para a problematização de certas dicotomias por vezes reproduzidas na crítica literária - e, podemos aduzir, no pensamento político -, entre elas aquela que separa o interno e o externo, isto é, a política nacional e a política global.

As problemáticas articuladas por Walter, Ribeiro e Rieumont estão presentes, de formas variadas, nos demais textos do Dossiê. Em certo sentido, estes podem ser lidos como respostas à pergunta colocada por Walter, ou talvez como reelaborações dela, trazendo à tona, ainda, alguns dos aspectos que compõem a definição de “casa-lar” (tais como, ancestralidade, corpo, território). Os textos trazem, ademais, diferentes abordagens para aquelas perturbações que, segundo Ribeiro, as obras literárias e artísticas conseguem, em certas instâncias, provocar em projetos políticos que, ao conceberem o mundo moderno, fazem-no através da marginalização, subalternização ou mesmo eliminação de outros mundos possíveis. Por fim, as intervenções que compõem o Dossiê fomentam, direta ou indiretamente, uma possibilidade de interpretação da literatura e das artes que busque superar análises que reproduzam uma dicotomia entre o nacional e o global, sem recair, para tanto, em uma concepção de mundo (e do mundo moderno) que oblitere as profundas assimetrias - sempre globalmente articuladas e (re)produzidas - tanto entre países quanto no interior de cada país, atravessadas por marcadores de discriminação como raça, etnia, gênero, classe e geração.

Nesse sentido, o texto de Ana Clara Magalhães de Medeiros e Augusto Rodrigues da Silva Junior traz uma importante contribuição ao discutir a noção de “geopoesia”, pensada como “ práxis literária e cultural” (grifo no original), conduzida, no caso do estudo em tela, por “povos de quilombos, de aldeias, foliões de terreiros, passistas de rodas, viajantes de encruzilhadas, indivíduos e coletivos em condição de travessia” na Comunidade Quilombola Kalunga, em Goiás. Trata-se de uma “arena polifônica”, inseparável das dimensões histórica, artística e cultural de territórios marcados por inumeráveis dinâmicas de deslocamento (como diásporas e migrações), de produção de desigualdade (por meio de explorações, violências e colonialismos), mas também de “lutas e resistências”. Situada no interior do Cerrado, essa arena articula, a rigor, uma cultura diaspórica que Medeiros e Silva Júnior aproximam do conceito de “Atlântico Negro”, popularizado por Paul Gilroy. Local e global, brasileira e afrodiaspórica, essa geopoesia expõe o modo como processos geopolíticos associados comumente a dinâmicas que seriam recentes de globalização e desglobalização colocam em marcha, na verdade, um complexo jogo de continuidades e descontinuidades históricas que vem se desenrolando há séculos, sendo irredutível a perspectivas presentistas, mas também àquelas que identificam nele sempre apenas mais do mesmo na operação dos marcadores de discriminação constitutivos do mundo moderno.

O texto de Josalba Fabiana dos Santos, através de uma interpretação d’ As doenças do Brasil, de Valter Hugo Mãe, discute, por sua vez, outros aspectos desses marcadores de discriminação na colonização do Brasil. O diálogo com os pensadores Aílton Krenak e Davi Kopenawa, assim como com a ecocrítica - entendida no artigo como “um contraponto à globalização [...] que acelera a destruição da natureza e da vida daqueles que a protegem” - faz com que se evidencie a contribuição da literatura para um pensamento sensível ao modo como os processos de racialização se conjugam historicamente com dinâmicas destrutivas da natureza. Note-se, de passagem, que a composição dos movimentos e teorizações ambientalistas, de um lado, com aqueles antirracistas, de outro, é tão relevante quanto complexa na história do mundo moderno, com muitas instâncias de aproximação e distanciamento. Em todo caso, em sua análise do romance de Valter Hugo Mãe, dos Santos parece apostar precisamente em uma aliança entre literatura, causas ambientais e lutas dos povos indígenas, o que passa por uma problematização de concepções dicotômicas da relação entre natureza e cultura.

Na contramão de leituras que tomam a globalização como um processo acelerado de dissolução de fronteiras no mundo, o texto de Gabriela Lopes Vasconcellos de Andrade destaca, a partir principalmente de Walter Mignolo, que o fenômeno é, antes de tudo, constitutivo do “padrão mundial do poder capitalista moderno-colonial, ou seja, a colonialidade”. Considerando o Mito de Babel como uma instância desse tipo de globalização, o artigo busca no livro Babel, de Antonia Torreão Herrera, e no filme Sinônimos, de Nadav Lapid, recursos para sua crítica. No primeiro, Andrade identifica uma rejeição da “globalização como o acirramento de fronteiras”, buscando, em seu lugar, “olhar o que não foi colocado como relato - o outro, comunicar o outro”. Já no filme veríamos a operação, mas também a contestação daquilo que o artigo define como a “tirania da língua como força das fronteiras nacionais”. Se babelizar, na interpretação de Andrade, significa fazer avançar a globalização como articulação da colonialidade do poder, tanto o filme quanto o livro contribuem para um pensamento desbabelizante, portanto desglobalizante. Nesse sentido, a “desglobalização” não significaria, como em outras análises correntes, o reforço das fronteiras nacionais e/ou étnicas diante do fantasma do “globalismo”, e sim uma aposta na diferença.

No texto de Marília Jöhnk temos um estudo da influência do escritor bengali Rabindranath Tagore em obras da brasileira Cecília Meireles e da chinela Gabriela Mistral. No pano de fundo está a importância de se tratar das relações culturais entre Índia e América Latina, provendo, dessa forma, uma abordagem que não coloque Europa ou Estados Unidos em evidência quando se pensa na produção e na circulação das literaturas. A dinâmica literária situada no que Jöhnk chega a chamar de “Sul Global” é discutida com destaque, entre outras coisas, para o modo como a leitura de Tagore feita por Meireles e Mistral tem importante participação “nas genealogias literárias e tradições de escrita de mulheres”. Com isso, afirma o artigo, poderíamos dizer que, antes mesmo do que seria trazido décadas depois pelos estudos pós-coloniais e decoloniais, essa escrita questiona “o paradigma patriarcal, eurocêntrico, nacionalista e essencialista na esfera literária”.

Se os textos apresentados acima trazem perspectivas críticas aos marcadores de discriminação de raça, etnia, gênero e classe, o de Breno Fernandes e Elizabeth Cardoso nos convoca, por seu turno, a pensar um outro marcador, o de geração. Assim, as “neocracias” - definidas como “construções ficcionais de sociedades ou comunidades de crianças que se ordenam, se mantêm e se preservam sem a tutela de adultos, às vezes sem a colaboração dos adultos e outras vezes à revelia dos adultos” - nos possibilitam interpelar certa concepção idealizada de criança (e sua oposição à imagem da pessoa adulta) que se consolidou nos últimos séculos de formação do mundo moderno. Dessa maneira, as obras literárias mencionadas no artigo contribuem para uma “crítica a uma visão de mundo que considera a criança ontologicamente impossibilitada de fazer política” e, com isso, reiteram a força da literatura na problematização de pressupostos naturalizados na constituição de comunidades políticas modernas.

O Dossiê se encerra com uma resenha do livro Fractais do mundo: caminhos pelas literaturas do mundo (publicado em 2022 no Brasil), de Ottmar Ette, e com uma entrevista com o autor. Na resenha de Zama Caixeta Nascentes, reitera-se a importância da interação crítica com noções de globalização, Ocidente, território, nação, entre outras, para as reflexões de Ette sobre a literatura, em particular sobre a noção de Weltliteratur. Parte do que orienta o livro mencionado pode ser resumida na citação seguinte, reproduzida por Nascentes: “O exemplo de Cuba, mas também o da Europa e de cada uma das suas nações em constante movimento, mostra claramente a urgência de abandonar o simples confronto entre nação e mundo, entre cultura nacional e cultura mundial, entre literatura nacional e Weltliteratur” (Ette apud Nascentes). Para Ette, assim como para outros textos deste Dossiê, noções dicotômicas entre o nacional e o global não dão conta de pensar a relação entre mundo e literatura.

Na entrevista realizada por Andrei dos Santos Cunha e Gerson Roberto Neumann, Ette afirma que a “intertextualidade que transcende as fronteiras linguísticas e culturais é o coração pulsante das literaturas do mundo” (tradução nossa). Essa transcendência não deve levar, no entanto, à substituição do nacional por um centro mundial. Em suas palavras: “A centralidade seria substituída pela relacionalidade, o estático seria substituído pelo móvel [ das Mobile und Bewegliche], e uma lógica única seria substituída pelo multilógico, pelo polilógico” (tradução nossa). A entrevista insiste em um ponto também destacado na resenha de Nascentes, qual seja, a importância de se pensar nas literaturas do mundo para além da ideia de Weltliteratur, questionando pressupostos naturalizados por perspectivas centrais . Isso implica, sem dúvida, atenção às desigualdades que atravessam a produção e a circulação literárias, indissociáveis, por sua vez, daquelas que constituem o mundo moderno mais amplamente. É nesse sentido - e sem incorrer em essencialismos - que podemos entender a colocação seguinte de Ette:

Acredito que, no Brasil, na América Latina, as implicações coloniais desta história [da história das perspectivas centrais , Zentralperspektive] podem ser compreendidas muito melhor do que na Europa ou nos EUA, onde as ideias acerca de uma “naturalidade” das perspectivas centrais e uma assimetria e hierarquia “naturais” são ainda difundidas (tradução nossa).

Esta, podemos dizer, é uma aposta de todas as intervenções que compõem o Dossiê.

Em suma, os textos que apresentamos aqui abordam a relação entre (des)globalização, por um lado, e literatura e artes, por outro, por perspectivas diversas, todas elas contribuindo, em seu conjunto, para a problematização de conceitos políticos fundamentais, tais como território, nação, mundo, comunidade, ancestralidade, identidade, gênero, raça, etnia e geração. Sem submeterem ou reduzirem as obras literárias e artísticas a preocupações extraliterárias, reproduzindo uma leitura mecanicista da relação entre texto e contexto, os textos nos incitam a considerar a força daquelas obras tanto na reprodução ou naturalização de assimetrias nacionais e globais quanto - e principalmente - na sua contestação.

Para concluir esta introdução, gostaríamos de deixar registrados nossos sinceros agradecimentos, em primeiro lugar, à equipe da Revista Brasileira de Literatura Comparada, por ter acolhido e estimulado nossa proposta; em segundo lugar, a todas(os) as(os) pareceristas que dedicaram uma leitura atenta e construtiva aos textos submetidos ao Dossiê; e em terceiro lugar, a todas(os) as autoras(es) que se dispuseram a interagir com as questões colocadas na Chamada, assim como com os comentários e as recomendações das(os) pareceristas e da Equipe Editorial. Este Dossiê se soma a diversas outras iniciativas voltadas a responder aos desafios históricos, sociais, políticos e culturais, apostando na força das obras literárias e artísticas como recursos para (re)pensarmos e problematizarmos conceitos políticos centrais, contribuindo, dessa forma, para uma reflexão sensível à busca por democracia com justiça social. Esperamos que o Dossiê esteja à altura dessa tarefa sem fim.

Referências

  • CONNELL, Liam; MARSH, Nicky. Literature and Globalization: A Reader Nova York: Routledge, 2010.
  • GUNN, Giles (ed.). Special topic: globalizing literary studies, PMLA Nova York: Modern Language Association, v. 116, n. 1, 2001.
  • GUPTA, Suman. Globalization and Literature Malden: Polity Press, 2009.
  • LANE, Richard J. (org.). Global Literary Theory: an anthology. Routledge: Nova York, 2013.
  • LECHNER, Frank J.; BOLI, John (org.). The Globalization Reader 5. ed. Malden (USA): Wiley Blackwell, 2015.
  • O’BRIEN, Susie; SZEMAN, Imre (ed.). Anglophone Literatures and Global Culture, South Atlantic Quarterly Durham: Duke University Press, v. 100, n. 3, 2001.

Editado por

Editor-chefe:

Rachel Esteves Lima

Editor executivo:

Anderson Bastos Martins
Victor Coutinho Lage

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    01 Dez 2023
  • Data do Fascículo
    May-Aug 2023
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