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Brazilian Journal of Psychiatry, Volume: 31 Suplemento 2, Publicado: 2009
  • Violência e saúde mental: como podemos fazer parte da solução? Editorial

    Bertolote, José Manoel
  • Maus-tratos na infância e psicopatologia no adulto: caminhos para a disfunção do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal Artigos

    Mello, Marcelo F.; Faria, Alvaro A.; Mello, Andrea F.; Carpenter, Linda L.; Tyrka, Audrey R.; Price, Lawrence H.

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: A meta deste artigo foi a de estudar as relações ente maus-tratos na infância e psicopatologia no adulto, como reflexo de uma disfunção do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal. MÉTODO: Uma revisão seletiva da literatura relevante foi feita para identificar achados-chave e ilustrativos. RESULTADOS: Existe atualmente um volume significativo de achados científicos pré-clínicos e clínicos derivados de paradigmas experimentais, que demonstram que o estresse precoce está relacionado à função do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal e a estados psicológicos no indivíduo adulto, e como esta relação pode ser modulada por outros fatores. DISCUSSÃO: O risco para o desenvolvimento de psicopatologia no adulto e disfunções do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal está relacionado à complexa interação de múltiplos fatores vivenciais, assim como a genes que levam a uma susceptibilidade, que interagem com estes fatores. Embora as respostas agudas do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal sejam geralmente adaptativas, as respostas excessivas podem levar a efeitos deletérios. O estresse precoce pode alterar a função do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal assim como o comportamento, porém, o padrão da disfunção do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal e a evolução psicológica na vida adulta refletem ambas as características do estressor e outros fatores modificadores. CONCLUSÃO: A pesquisa atual identificou múltiplos determinantes da disfunção do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal encontrados em adultos com história de maus-tratos na infância ou outros estressores precoces. Trabalhos futuros são necessários para estabelecer se as anormalidades do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal neste contexto podem ser usadas para o desenvolvimento de endofenótipos de risco para doenças físicas ou psiquiátricas.

    Resumo em Inglês:

    OBJECTIVE: The aim of this paper was to examine the relationship between childhood maltreatment and adult psychopathology, as reflected in hypothalamic-pituitary-adrenal axis dysfunction. METHOD: A selective review of the relevant literature was undertaken in order to identify key and illustrative research findings. RESULTS: There is now a substantial body of preclinical and clinical evidence derived from a variety of experimental paradigms showing how early-life stress is related to hypothalamic-pituitary-adrenal axis function and psychological state in adulthood, and how that relationship can be modulated by other factors. DISCUSSION: The risk for adult psychopathology and hypothalamic-pituitary-adrenal axis dysfunction is related to a complex interaction among multiple experiential factors, as well as to susceptibility genes that interact with those factors. Although acute hypothalamic-pituitary-adrenal axis responses to stress are generally adaptive, excessive responses can lead to deleterious effects. Early-life stress alters hypothalamic-pituitary-adrenal axis function and behavior, but the pattern of hypothalamic-pituitary-adrenal dysfunction and psychological outcome in adulthood reflect both the characteristics of the stressor and other modifying factors. CONCLUSION: Research to date has identified multiple determinants of the hypothalamic-pituitary-adrenal axis dysfunction seen in adults with a history of childhood maltreatment or other early-life stress. Further work is needed to establish whether hypothalamic-pituitary-adrenal axis abnormalities in this context can be used to develop risk endophenotypes for psychiatric and physical illnesses.
  • Exposição à violência e problemas de saúde mental em países em desenvolvimento: uma revisão da literatura Artigos

    Ribeiro, Wagner S.; Andreoli, Sergio B.; Ferri, Cleusa P.; Prince, Martin; Mari, Jair Jesus

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: Estudar os achados epidemiológicos sobre a prevalência de exposição à violência e a associação entre exposição à violência e problemas de saúde mental em países em desenvolvimento. MÉTODO: A revisão foi baseada em estudos de corte transversal e de coorte encontrados em bases de dados eletrônicas (Medline, Psycinfo, Embase, SciELO e Lilacs) até o mês de julho de 2009. As palavras-chave utilizadas foram: "violência" e "transtornos mentais". RESULTADOS: Exposição à violência em países em desenvolvimento é bastante frequente e está significantemente associada a problemas de saúde mental. Em crianças, a maior associação encontrada foi entre violência doméstica e problemas de externalização (OR = 9,5; IC 95% = 3,4-26,2), e entre ideação suicida e abuso sexual (OR = 8,3; p < 0,05); entre as mulheres, sintomas de depressão e ansiedade estão correlacionados com violência conjugal psicológica (OR = 3,2; IC 95% = 1,8-5,8) e violência sexual (OR = 9,7; 95% IC = 1,9-51,2). Na população geral, as maiores taxas de prevalência de transtorno de estresse pós-traumático estão associadas com violência sexual e doméstica, sequestro, e exposição a múltiplos eventos traumáticos. Violência também está associada com transtornos mentais comuns na população geral. CONCLUSÃO: uma parte importante dos problemas de saúde mental em países em desenvolvimento pode ser atribuída à violência. Portanto, intervenções voltadas para a redução da violência poderiam ter um impacto significativo na redução de problemas de saúde mental nesses países.

    Resumo em Inglês:

    OBJECTIVE: To study the epidemiological evidence on the prevalence of exposure to violence and its relationship with mental health problems in low and middle-income countries. METHOD: The search was based on cross-sectional and cohort studies available in electronic databases (Medline, Psycinfo, Embase, SciELO and Lilacs), through July 2009, using the key words: "violence" and "mental disorders". RESULTS: The frequency of exposure to violence was shown to be very high and was significantly associated with mental health problems. Among children, the highest correlation was found to be of domestic violence with externalizing problems (OR = 9.5; 95% CI = 3.4-26.2), and suicidal ideation with sexual abuse (OR = 8.3; p < 0.05); among women, depression/anxiety symptoms correlated with intimate-partner psychological (OR = 3.2; 95% CI = 1.8-5.8) and sexual (OR = 9.7; 95% CI = 1.9-51.2) violence. In the general population, the highest prevalence rates of post-traumatic stress disorder were associated with sexual and domestic violence, kidnapping, and cumulative trauma exposure. Violence also correlated with common mental disorders. CONCLUSION: A substantial part of the mental health problems in low and middle-income countries can be attributed to violence. Thus, interventions directed to decrease violence in low and middle-income countries might have a major positive impact on the mental health of those living in these settings.
  • Tratamento farmacológico da impulsividade e do comportamento agressivo Artigos

    Prado-Lima, Pedro Antônio Schmidt do

    Resumo em Português:

    A impulsividade aumentada e o comportamento agressivo ocorrem frequentemente em uma série de transtornos psiquiátricos e de doenças neurológicas. Duas abordagens de tratamento podem ser empregadas: o tratamento do transtorno ou da doença em que esses sintomas ocorrem ou o tratamento da impulsividade e do comportamento agressivo. Este segundo enfoque considera que há similaridades neurobiológicas subjacentes independentemente dos diagnósticos "primários" a que elas estejam associadas. O desequilíbrio entre os impulsos límbicos ascendentes, exercidos por estruturas como a amígdala, e os mecanismos de controle pré-frontais descendentes poderiam ser a razão última de um comportamento agressivo-impulsivo. Os papéis da serotonina, da noradrenalina e da dopamina foram amplamente investigados com relação ao comportamento impulsivo e agressivo e esses dados neuroquímicos foram ainda integrados ao modelo neuroanatômico, fornecendo as bases para a intervenção farmacológica sobre esses comportamentos.

    Resumo em Inglês:

    Impulsivity and aggressive behavior occur frequently in a variety of psychiatric disorders and neurological diseases. Two lines of treatment could be employed, the treatment of the disorder or disease in which these symptoms occur or the treatment of the impulsivity and aggressive behavior itself. This second approach considers that there are neurobiological similarities underlying these behaviors regardless of the "primary" diagnoses with which they are associated. Imbalance between limbic bottom-up drives, exerted by structures like the amygdala, and prefrontal top-down control mechanisms could be the ultimate reason for an aggressive-impulsive behavior. The role of serotonin, noradrenalin and dopamine were comprehensively investigated with regards to impulsive and aggressive behavior and these neurochemical data were further integrated with the neuroanatomical model, providing the bases to the rational pharmacological approach of these behaviors.
  • Transtornos de humor e de ansiedade comórbidos em vítimas de violência com transtorno do estresse pós-traumático Artigos

    Quarantini, Lucas C.; Netto, Liana R.; Andrade-Nascimento, Monica; Almeida, Amanda Galvão-de; Sampaio, Aline S.; Miranda-Scippa, Angela; Bressan, Rodrigo A.; Koenen, Karestan C.

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: Buscar estudos que avaliem a comorbidade entre transtorno de estresse pós-traumático e transtornos do humor, bem como entre transtorno de estresse pós-traumático e outros transtornos de ansiedade. MÉTODO: Revisamos a base de dados do Medline em busca de estudos publicados em inglês até abril de 2009, com as seguintes palavras-chave: "transtorno de estresse pós-traumático", "TEPT", "transtorno de humor", "transtorno depressivo maior", "depressão maior", "transtorno bipolar", "distimia", "transtorno de ansiedade", "transtorno de ansiedade generalizada", agorafobia", "transtorno obsessivo-compulsivo", "transtorno de pânico", "fobia social" e "comorbidade". RESULTADOS: Depressão maior é uma das condições comórbidas mais frequentes em indivíduos com transtorno de estresse pós-traumático, mas eles também apresentam transtorno bipolar e outros transtornos ansiosos. Essas comorbidades impõem um prejuízo clínico adicional e comprometem a qualidade de vida desses indivíduos. Comportamento suicida em pacientes com transtorno de estresse pós-traumático, com ou sem depressão maior comórbida, é também uma questão relevante, e sintomas depressivos mediam a gravidade da dor em sujeitos com transtorno de estresse pós-traumático e dor crônica. CONCLUSÃO: Os estudos disponíveis sugerem que pacientes com transtorno de estresse pós-traumático têm um risco maior de desenvolver transtornos afetivos e, por outro lado, transtornos afetivos pré-existentes aumentam a propensão ao transtorno de estresse pós-traumático após eventos traumáticos. Além disso, vulnerabilidades genéticas em comum podem ajudar a explicar esse padrão de comorbidades. No entanto, diante dos poucos estudos encontrados, mais trabalhos são necessários para avaliar adequadamente essas comorbidades e suas implicações clínicas e terapêuticas.

    Resumo em Inglês:

    OBJECTIVE: To review studies that have evaluated the comorbidity between posttraumatic stress disorder and mood disorders, as well as between posttraumatic stress disorder and other anxiety disorders. METHOD: We searched Medline for studies, published in English through April, 2009, using the following keywords: "posttraumatic stress disorder", "PTSD", "mood disorder", "major depressive disorder", "major depression", "bipolar disorder", "dysthymia", "anxiety disorder", "generalized anxiety disorder", "agoraphobia", "obsessive-compulsive disorder", "panic disorder", "social phobia", and "comorbidity". RESULTS: Major depression is one of the most frequent comorbid conditions in posttraumatic stress disorder individuals, but individuals with posttraumatic stress disorder are also more likely to present with bipolar disorder, other anxiety disorders and suicidal behaviors. These comorbid conditions are associated with greater clinical severity, functional impairment, and impaired quality of life in already compromised individuals with posttraumatic stress disorder. Depression symptoms also mediate the association between posttraumatic stress disorder and severity of pain among patients with chronic pain. CONCLUSION: Available studies suggest that individuals with posttraumatic stress disorder are at increased risk of developing affective disorders compared with trauma-exposed individuals who do not develop posttraumatic stress disorder. Conversely, pre-existing affective disorders increase a person's vulnerability to the posttraumatic stress disorder--inducing effects of traumatic events. Also, common genetic vulnerabilities can help to explain these comorbidity patterns. However, because the studies addressing this issue are few in number, heterogeneous and based on a limited sample, more studies are needed in order to adequately evaluate these comorbidities, as well as their clinical and therapeutic implications.
  • Estudo de revisão dos fatores biológicos, sociais e ambientais associados com o comportamento agressivo Artigos

    Mendes, Deise Daniela; Mari, Jair de Jesus; Singer, Marina; Barros, Gustavo Machado; Mello, Andréa F.

    Resumo em Português:

    OBJETIVOS: Estudar os fatores de risco relacionados ao desenvolvimento do comportamento agressivo. MÉTODO: Foi realizada uma busca em duas bases de dados eletrônicas, Medline e SciElo, por estudos retrospectivos, longitudinais e de revisão que avaliaram fatores de risco para o desenvolvimento do comportamento agressivo. RESULTADOS: Foram selecionados 11 estudos longitudinais (8 prospectivos e 3 de casos-controle) e um transversal que avaliaram os fatores de risco biológicos e socioambientais relacionados ao comportamento agressivo. Cinco estudos avaliaram a expressão gênica, cinco a exposição ao tabaco, ao álcool e a cocaína no período pré-natal, um avaliou as implicações da desnutrição precoce no desenvolvimento do comportamento agressivo e um avaliou o impacto dos maus tratos na infância. CONCLUSÃO: os principais fatores biológicos encontrados foram: genéticos (baixa expressão do gene monoaminaoxidase e do gene transportador de serotonina, variações nos genes transportador e receptor de dopamina), exposição a substâncias durante o desenvolvimento intrauterino (tabaco, álcool e cocaína) e nutricionais (desnutrição infantil). os principais fatores socioambientais encontrados foram: maus tratos na infância, pobreza, criminalidade e comportamento antissocial na infância, sendo que o maior nível de evidência esteve relacionado à negligência precoce. A interação entre fatores biológicos e ambientais pode ser catalisada por um ambiente hostil aumentando os riscos para o desenvolvimento de comportamentos agressivos.

    Resumo em Inglês:

    OBJECTIVES: To study the risk factors related to the development of aggressive behavior. METHOD: A search was carried out in two electronic databases, Medline and SciElo by retrospective studies, longitudinal and review that assessed risk factors for the development of aggressive behavior. RESULTS: There were selected 11 longitudinal studies (8 prospective and 3 case-control studies) and a cross sectional study that evaluated the risk factors and socio-biological related to aggressive behavior. Five studies have evaluated gene expression, five evaluated exposure to tobacco, alcohol and cocaine in the prenatal period, one evaluated the effect of early malnutrition on the development of aggressive behavior and one assessed the impact of child maltreatment. CONCLUSION: The main biological factors were: genetic (low expression of the monoamine oxidase gene and serotonin transporter gene, variations in transporter and dopamine receptor genes), exposure to substances during intrauterine development (tobacco, alcohol and cocaine) and nutrition (malnutrition). The main environmental factors were: child abuse, poverty, crime and antisocial behavior in childhood, while the highest level of evidence was related to early neglect. The interaction between biological and environmental factors can be catalyzed by a hostile environment, increasing the risk for the development of aggressive behavior.
  • Análise epidemiológica do suicídio no Brasil entre 1980 e 2006 Artigos

    Lovisi, Giovanni Marcos; Santos, Simone Agadir; Legay, Letícia; Abelha, Lucia; Valencia, Elie

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi realizar uma análise epidemiológica dos índices de suicídio registrados entre 1980 e 2006 nas regiões e capitais estaduais. MÉTODO: Dados referentes à taxa de mortalidade devido ao suicídio foram coletados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. RESULTADOS: Entre 1980 e 2006, foi registrado um total de 158.952 casos de suicídio, excluindo-se os casos nos quais os indivíduos tinham menos de 10 anos de idade (n = 68). No período estudado, o índice total de suicídio cresceu de 4,4 para 5,7 mortes por 100.000 habitantes (29,5%). Os índices médios mais altos foram registrados nas regiões Sul (9,3) e Centro-Oeste (6,1). Os homens são os que têm a maior probabilidade de cometer suicídio. Os índices mais altos de suicídio foram registrados na faixa etária de 70 anos ou mais, enquanto que os maiores aumentos aconteceram na faixa etária dos 20 aos 59 anos. As principais características sociodemográficas das pessoas que cometeram suicídio durante o período estudado foram baixo nível educacional e estado civil solteiro. Os métodos mais comuns de suicídio foram por enforcamento, armas de fogo e envenenamento. CONCLUSÃO: Embora o índice brasileiro tenha crescido 29,5% em 26 anos, o índice nacional ainda é considerado baixo se comparado aos índices de suicídio mundiais (média de 4,9 por 100.000 habitantes). Os índices de suicídio nas regiões brasileiras variam muito, ou seja, estão entre 2,7 e 9,3.

    Resumo em Inglês:

    OBJECTIVE: The objective of this study was to carry out an epidemiological analysis of the suicide rates found in Brazilian regions and state capitals between 1980 and 2006. METHOD: Data on mortality rates due to suicide were collected from the Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Information Technology Department of the Brazilian Public Health System - DATASUS). RESULTS: A total of 158,952 suicide cases were registered between 1980 and 2006, excluding those cases in which the individual was less than 10 years old (n = 68). In the period under study, the total suicide rate in Brazil increased from 4.4 to 5.7 deaths per 100,000 inhabitants (29.5%). Higher average rates were found in the South (9.3) and Central-West (6.1) regions. Men were more likely to commit suicide. The highest suicide rates were found in the 70-years or above age range while the highest increases were found in the 20 to 59 year age bracket. The most dominant social-demographic characteristics of the persons who committed suicide in the period under study were low educational level and singlehood. The most common methods of suicide were hanging, fire arms and poisoning. CONCLUSION: Although in Brazil the rate increased 29.5% in 26 years, the national rate is still considered to be low when compared to worldwide suicide rates (average of 4.9 per 100,000 inhabitants). Suicide rates in Brazilian regions vary broadly, ranging from 2.7 to 9.3.
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