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Nutrição

NUTRIÇÃO

RESUMOS ABSTRACTS

Conduta nutricional em adolescente com tumor gigante de mento: um relato de caso

Cavalcanti AC; Silva CM; Santos EMC; Frade SF

Programa de Residência em Nutrição. Hospital das Clínicas. Universidade Federal de Pernambuco. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Avaliar a conduta nutricional em um adolescente com quadro de desnutrição aguda grave associado a tumor gigante em região mentoniana.

MÉTODOS: Os dados foram obtidos através de análise de parâmetros antropométricos e bioquímicos durante o internamento hospitalar na clínica pediátrica do Hopital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Os dados antropométricos foram: peso e altura, sendo comparados ao padrão National Center of Health Statistics (NCHS). A avaliação dietética foi realizada através do programa Diet Pro versão 4.0.

RESULTADOS: Trata-se de um paciente do sexo masculino, 12 anos, admitido na clínica pediátrica em fevereiro de 2005, com diagnóstico de cisto ósseo aneurismático(tumor gigante), medindo 25 x 25cm, onde foram evidenciados anemia grave na admissão (Hb:3,1g/dl, HCT: 10,9%) e hipoalbuminemia (Alb: 1,8mg/dl), com Peso inicial: 31,6Kg e Altura: 1,45m(P/I: <p5, P/A: <p10, A/I: p20), caracterizando desnutrição aguda. Utilizou-se como terapia nutricional: dieta via oral + suporte nutricional enteral precoce, totalizando 2606Kcal/132g Ptn(128% de adequação calórica e 171% de adequação protéica), com boa tolerabilidade da dieta oferecida. Evoluiu com melhora do estado nutricional, com ganho de peso em torno de 7Kg num período de 4 meses, atingindo assim o eutrofismo no pré-operatório (Peso: 38Kg, com P/I: <p40, P/A:>p50, A/I: <p20).

CONCLUSÕES: A intervenção nutricional precoce é de extrema importância em pacientes oncológicos visando minimizar os efeitos catabólicos da doença e melhorar o prognóstico no pós-operatório.

Presença de alimentos fontes de vitamina a na dieta habitual de crianças

Rosa e Silva JM; Salgado TCB; Gurgel MA; Silva AM.

Prefeitura do Recife. Secretaria de Saúde. Diretoria Geral de Atenção à Saúde. Programa Academia da Cidade. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Investigar a freqüência do consumo de fontes alimentares de vitamina A por crianças e alertar pais/responsáveis quanto aos riscos da hipovitaminose A na infância.

MÉTODOS: Foram estudadas 51 crianças de 4 a 13 anos, no Município de Recife, Pernambuco, em julho de 2005, durante um evento organizado pela equipe de Nutrição do Programa Academia da Cidade (pólos Sítio da Trindade e Beira Rio). Na ocasião, os pais/responsáveis responderam um questionário de freqüência alimentar a fim de estimar o consumo de alimentos ricos em vitamina A. Foram considerados os gêneros de origem animal e vegetal mais comuns à população investigada e reconhecidos como fontes do nutriente em questão.

RESULTADOS: Verificou-se que o fígado, considerado um alimento com alto conteúdo de vitamina A, era consumido de uma a três vezes por semana por, aproximadamente, 33% das crianças, em contrapartida, 41% das mesmas não o incorporava na dieta habitual. Dentre os gêneros com quantidade moderada de vitamina A, a cenoura foi consumida diariamente por 25,5% da amostra e de uma a três vezes na semana por 23,5% da mesma. A manga foi bastante citada, embora sua ingestão estivesse mais associada ao período de safra. Por fim, o leite e a manteiga eram utilizados diariamente por 66,7% e 74,5% das crianças, respectivamente. O ovo também fazia parte da dieta habitual de 74,5% das mesmas, de uma a três vezes na semana. Estes últimos classificados como alimentos de baixo teor de vitamina A.

CONCLUSÕES: Foi possível detectar um consumo freqüente de alimentos importantes como fontes de vitamina A, ainda que nem sempre diariamente. No entanto, percebeu-se o desconhecimento pelos pais/responsáveis quanto à presença do nutriente nos alimentos citados, bem como da sua importância para a saúde e redução da morbi-mortalidade infantil. Torna-se essencial ações de Educação Nutricional a fim de orientar quanto aos riscos da hipovitaminose A para o crescimento e desenvolvimento, informando como a família pode atender às recomendações dietéticas, principalmente nos períodos de entressafra quando a disponibilidade de alimentos fontes dessa vitamina está reduzida.

Diagnóstico de sobrepeso e obesidade em crianças segundo o índice de massa corpórea

Rosa e Silva JM; Gurgel MA; Salgado TCB; Silva AM

Prefeitura do Recife. Secretaria de Saúde. Diretoria Geral de Atenção à Saúde. Programa Academia da Cidade. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Avaliar a prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças a partir do Índice de Massa Corporal (IMC) e orientar quanto aos riscos do ganho excessivo de peso nessa faixa etária.

MÉTODOS: Foram estudadas 56 crianças de ambos os sexos, na faixa etária de 4 a 12 anos, que participaram de atividades infantis, nos pólos Sítio da Trindade e Beira Rio, do Programa Academia da Cidade, em Julho de 2005. Na ocasião, as crianças foram medidas e pesadas por Nutricionista e estagiários de Nutrição devidamente treinados. Para o diagnóstico do Estado Nutricional, foi utilizada a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que define sobrepeso como o IMC > percentil 85 e obesidade para o IMC > percentil 95, específicos para idade e sexo. Os pais/responsáveis e crianças receberam orientação individualizada, de acordo com o diagnóstico encontrado.

RESULTADOS: A maioria das crianças (44,6%) possuíam de 7 a 9 anos, eram meninas (59%) e predominantemente eutróficas (50%). A prevalência de sobrepeso e obesidade na amostra total foi de 25 e 36%, respectivamente, totalizando 41% das crianças com excesso de peso. Mais de 36% das meninas apresentaram sobrepeso ou obesidade e, dos 23 meninos estudados, cerca de 48% obtiveram IMC elevado em relação a sua idade. Apenas 9% da amostra apresentou baixo peso.

CONCLUSÕES: As prevalências de sobrepeso e obesidade mostraram-se elevadas entre as crianças de ambos os sexos, sugerindo uma associação com hábitos dietéticos inadequados, no que se refere à qualidade e quantidade dos alimentos. Sabendo-se que a obesidade na infância e adolescência, se não tratada, tende a continuar na fase adulta, diminuindo a expectativa de vida, faz-se necessária a identificação precoce de crianças com excesso de peso ou com riscos de desenvolver obesidade, juntamente com ações de controle do problema, a fim de tornar o prognóstico mais favorável a longo prazo.

Avaliação nutricional de crianças na idade pré-escolar e escolar residentes em um orfanato de João Pessoa, Paraíba

Bandeira GTP; Nascimento DM

Lar da Criança Jesus de Nazaré. João Pessoa, PB, Brasil

OBJETIVOS: Avaliar a relação existente entre o estado nutricional de 20 crianças de 4 a 9 anos de idade, de ambos os gêneros, que vivem em uma casa de abrigo, localizada na cidade de João Pessoa, PB, e os fatores psicológicos que afetam a ingestão alimentar das mesmas.

MÉTODOS: A avaliação nutricional baseou-se na antropometria, utilizando as seguintes variáveis: sexo, idade, peso e estatura. Os dados foram expressos segundo os indicadores antropométricos Peso/ Idade (P/I) e Peso/ Estatura (P/E) do National Center of Health Statistics (NCHS), cuja interpretação considerou a classificação segundo os percentis (p): abaixo de p3 (Baixo peso II); entre p3 e p10 (Baixo peso I); entre p10 e p97 (Eutrófico) e acima de p97 (Sobrepeso). Também foram colhidas informações com a equipe multidisciplinar, além de observações diretas e indiretas do local.

RESULTADOS: Observou-se que 61% das crianças apresentaram um alto risco de desnutrição e que apesar do fornecimento adequado da alimentação, havia uma baixa ingestão alimentar devido a estresses emocionais, como: carências afetivas, desprezo e ausência dos familiares. Além disto, esses fatores influenciaram diretamente no rendimento escolar das crianças.

CONCLUSÕES: Os fatores psicossociais podem contribuir tanto para a redução do consumo alimentar das crianças, quanto para um baixo desenvolvimento físico e um baixo rendimento escolar.

Relação entre aleitamento materno e tempo de permanência hospitalar em crianças de 1 a 9 meses com coqueluche, internadas no Hospital Universitário Oswaldo Cruz

Salgado TCB; Kroon GM

Hospital Universitário Oswaldo Cruz. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Demonstrar a influência do aleitamento materno exclusivo na redução do tempo de internamento das crianças com coqueluche, quando comparado ao uso de leite artificial ou alimentação mista (leite materno e outros alimentos).

MÉTODO: Foram analisadas 75 crianças de 1 a 9 meses de idade, que estiveram internadas no pavilhão de doenças infecto parasitárias do Hospita Universitário Oswaldo Cruz, com diagnóstico final de coqueluche, no período de Julho de 2004 a Junho de 2005. Os dados foram obtidos através de consulta aos prontuários do hospital, tabulados em Excel e avaliados. A análise foi realizada considerando o tempo de permanência no hospital, a idade e o tipo de alimentação (leite materno exclusivo, leite artificial e alimentação mista). Foi calculada a média de dias de internamento em cada grupo de rianças por idade, e de todas as crianças da amostra.

RESULTADOS: Constatou-se que as crianças que faziam uso exclusivo do leite materno em geral permaneciam menos tempo internadas. As crianças em aleitamento materno exclusivo permaneciam em média 5,16 dias, enquanto as alimentadas com leite artificial e alimentação mista ficavam no hospital 6,7 e 6,09 dias, respectivamente. Ao classificá-las em diferentes grupos por idade, os resultados foram os mesmos, exceto para as crianças com um mês de idade, onde as crianças alimentadas exclusivamente com leite materno tiveram uma média de tempo de permanência maior em relação aos demais tipos de alimentação (artificial e mista).

CONCLUSÕES: A partir dessa relação entre o tempo de permanência hospitalar e a alimentação das crianças, observou-se que, de fato, aquelas que fazem uso do leite materno exclusivo estão mais protegidas contra maiores complicações e, portanto permanecem menos tempo internadas. Faz-se necessário então estimular o aleitamento materno, não somente demonstrando a melhoria à saúde das crianças, como também ao orçamento do hospital, diminuindo custos, já que um internamento por coqueluche custa 160,00 reais a diária.

T.C.B. Salgado.

Avenida 17 de Agosto, 742 Ap. 802. Casa Forte.

Recife, PE, Brasil. CEP : 52.060-590.

Email: tatianasalgado@hotmail.com

Consumo de alimentos ricos em ferro heme por crianças de 04 a 13 anos da cidade do Recife

Salgado TCB; Rosa e Silva JM; Gurgel MA; Silva AM

Prefeitura do Recife. Secretaria de Saúde. Diretoria Geral de Atenção à Saúde. Programa Academia da Cidade. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Verificar a freqüência do consumo de alimentos fontes de ferro heme por crianças de 4 a 13 anos e relacionar com os possíveis riscos de anemia ferropriva na infância.

MÉTODOS: Foi realizado um evento pontual, nos pólos Beira-Rio (noite) e Sítio da Trindade (manhã e noite), voltado para crianças de 04 a 13 anos (N = 51), constando de uma ação integrada das equipes de Nutrição e Educação Física do Programa Academia da Cidade. O consumo de alimentos fontes de ferro heme foi investigado a partir de um questionário de freqüência alimentar aplicado aos responsáveis pelas crianças. Os alimentos considerados no questionário foram: carne de boi, galinha, peixe, fígado e rins. Os dados foram analisados e posteriormente relacionados a possíveis riscos de anemia ferropriva na faixa etária considerada.

RESULTADOS: Observou-se que o consumo diário de ferro heme pelas crianças foi muito baixo em todos os alimentos considerados no estudo. Apenas a carne de boi e a galinha eram consumidas diariamente por menos de 10% do total da amostra. Quando considerado o consumo de uma a três vezes na semana de carne de boi, peixe, galinha e fígado, os resultados encontrados foram 68,5%, 53%, 62,7% e 31,3%, respectivamente. O consumo de rins foi insignificante.

CONCLUSÕES: Tendo em vista a necessidade diária de ferro principalmente na sua forma ferrosa, mais biodisponível no organismo, conclui-se que a ingestão dos gêneros de origem animal fontes desse mineral estavam sendo consumidos de forma pouco freqüente pelas crianças investigadas. Assim, torna-se necessário o estímulo ao maior consumo dos alimentos referidos a fim de evitar o desenvolvimento da anemia ferropriva, um dos maiores problemas de saúde pública ainda não controlado. A Educação Nutricional se mostra essencial a fim de fornecer subsídios para adoção de práticas alimentares saudáveis, com incremento do consumo de ferro alimentar.

T.C.B. Salgado.

Avenida 17 de Agosto, 742 Ap. 802. Casa Forte.

Recife, PE, Brasil. CEP : 52.060-590.

Email: tatianasalgado@hotmail.com

Qualidade dos lanches consumidos por crianças de 4 a 13 anos do Programa Academia da Cidade

Gurgel MA; Rosa e Silva JM; Salgado TCB; Silva AM

Prefeitura do Recife, Secretaria de Saúde, Diretoria Geral de Atenção à Saúde, Programa Academia da Cidade. Recife,PE, Brasil

OBJETIVOS: Analisar qualitativamente os lanches consumidos por crianças de 4 a 13 anos e promover ações de Orientação Nutricional para as mesmas e seus responsáveis.

MÉTODOS: Foram estudadas 51 crianças de 4 a 13 anos de idade que participaram de atividades educativas organizadas pela equipe de Nutrição do Programa Academia da Cidade, em julho de 2005. Os dados foram coletados a partir de um questionário que abordava o número de lanches realizados por dia, bem como a composição dos mesmos. Os alimentos foram divididos em sete grupos, de acordo com a pirâmide alimentar adaptada,podendo ser observados a seguir: 1º) pão, cereal, arroz e massas; 2º) frutas; 3º) hortaliças; 4º) leite e derivados; 5º) carnes e ovos; 6º) leguminosas; 7º) óleos, doces e gorduras. Após a análise das informações, foi realizado um diagnóstico da qualidade nutricional dos lanches para posterior intervenção nos casos que se fizerem necessários, constituindo a segunda etapa desse trabalho.

RESULTADOS: Foi constatado que todas as crianças consumiam lanches diariamente, variando apenas na quantidade de vezes ao dia, sendo que 25,5% das crianças lanchavam uma vez/dia, 47,0% duas vezes/dia, 19,6% três vezes/dia e 7,8% faziam três lanches ou mais/dia. Em relação à composição, o grupo dos óleos, doces e gorduras (49,0%) foi o mais consumido diariamente, seguido dos pães, cereais, arroz e massas (37,3%) e dos leites e derivados (25,4%). Os demais não obtiveram ingestão significativa, possivelmente pela falta de hábito em utilizá-los nos intervalos das refeições principais.

CONCLUSÕES: Evidenciou-se, a baixa qualidade no cardápio dos lanches consumidos pelas crianças estudadas, visto que os grupos por elas privilegiados são normalmente de alto valor calórico e baixo valor nutritivo. Sendo assim, faz-se necessária uma maior intervenção com o objetivo de educar tais crianças e seus responsáveis que, na maioria dos casos, proporcionam acesso a esses alimentos, procurando promover de maneira saudável um Estado Nutricional adequado para estes futuros adultos.

Concentração de hemoglobina e anemia em crianças: identificação dos fatores socioeconômicos e de consumo alimentar

Oliveira MAA; Osório MM; Raposo MCF

Programa de Pós-graduação em Nutrição, Departamento de Nutrição, Universidade Federal de Pernambuco. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Avaliar a associação entre a concentração de hemoglobina e a prevalência de anemia com variáveis socioeconômicas e de consumo alimentar.

MÉTODOS: O estudo compreendeu 746 crianças de 6-59 meses de idade do Estado de Pernambuco, nas quais foram realizados dosagem de hemoglobina e inquérito dietético recordatório de 24 horas. Foi analisada a associação entre a concentração de hemoglobina e a prevalência da anemia com as variáveis: socioeconômicas, consumo e proporção de calorias do leite de vaca, densidade de ferro total, de ferro heme e de ferro não-heme.

RESULTADOS: A prevalência de anemia foi de 40,6%, sendo maior no Interior Rural e diminuindo com o aumento da idade, da renda e da escolaridade materna. O consumo de leite de vaca mostrou-se predominante nas crianças (88,9%). A anemia apresentou tendência de aumento com a elevação da proporção de calorias do leite e de redução com o aumento da densidade de ferro (total, heme e não heme), havendo associação estatisticamente significante entre essas duas variáveis de consumo alimentar e a concentração de hemoglobina.

CONCLUSÕES: A idade da criança, a área geográfica, a renda familiar per capita, a escolaridade materna, a densidade de ferro (total, heme e não-heme) e a proporção de calorias do leite de vaca na dieta desempenham papel importante na determinação da anemia no grupo estudado. Os resultados evidenciam a importância dos indicadores do consumo alimentar e indicam uma possível relação entre o consumo de leite de vaca e a anemia na infância. Ações de intervenção devem ser implementadas para a solução do problema.

Maria Alice Araújo Oliveira.

Rua do Sossego, 461, Ap. 5. Farol.

Maceió, AL, Brasil.

E-mail: alicemcz@superig.com.br.

Potencial microbicida de macrófagos alveolares expostos à Staphylococcus aureus de ratos submetidos à desnutrição no período de aleitamento

Paes-Silva RP; Macedo EMC; Melo JF; Andrade AVG; Silva JM; Diniz MFA; De Castro CMMB

Departamento de Nutrição e Departamento de Medicina Tropical, Universidade Federal de Pernambuco. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: O presente estudo verificou, in vitro, o potencial microbicida de macrófagos alveolares (MA) infectados pelo Staphylococcus aureus (S. a), em ratos submetidos à desnutrição ou não.

MÉTODOS: Foram utilizados 12 ratos machos, da linhagem Wistar, idade entre 60 e 120 dias, da colônia do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Pernambuco. Parte desses foram submetidos à desnutrição através de uma dieta deficiente contendo 8% de proteínas utilizada pelas mães durante 21 dias ou seja, período de aleitamento. A média de peso do grupo controle foi 309g, enquanto que a do grupo desnutrido foi 259g. Para recuperação dos MA foi realizado um lavado broncoalveolar (LBA) com soro fisiológico. Em cada animal, alíquotas de 3 ml foram injetadas na traquéia e aspiradas, obtendo-se um volume final de 30 ml, a partir do qual, os MA foram separados por adesão em placas de cultura de células, com densidade de 1 X 106 células/ml em meio de cultura. Em seguida, os MA foram estimulados com PMA e imediatamente após, amostras de 200mcl do sobrenadante de cultura, foram coletadas durante os horários de 0, 3hs. As alíquotas retiradas foram adicionadas a 2.800mcl de meio de cultura para bactérias, BHI e S.a na concentração de 107 bactérias/ml. Essa mistura foi incubada por 30 mins e desta foi retirado 1mcl com alça calibrada e semeado em placas de Petri com meio ágar-sangue. Após 1 dia em estufa à 37ºC, foram contadas as unidades formadoras de colônias bacterianas que cresceram.

RESULTADOS: Os dados obtidos do sobrenadante de MA em cultura, sem PMA foram: (0h controle - 2,3 .103, 3hs controle - 2,6. 103, 0h desnutrido - 5,9 .103, 3hs desnutrido - 6,3.103), com PMA (0h controle - 2,6.103, 3hs controle - 2,5 .103, 0h desnutrido - 7,0 .103, 3hs desnutrido - 4,7 .103), p<.05 ; teste t pareado.

CONCLUSÕES: O sobrenadante de cultura de MA não possui importante efeito microbicida frente a bactéria Staphylococcus aureus, pois essa produz uma enzima, a catalase, que possui um efeito supressor sobre uma das principais substâncias produzidas pelos MA, o superóxido. Esse, possui um papel bem conhecido na defesa contra bactérias, pois é o precurssor de vários outros radicais tóxicos, como o peróxido de hidrogênio. Estudos da sua liberação pelos MA e suas eventuais alterações em indivíduos que foram desnutridos precocemente, recuperados e infectados por S.a, ainda são necessários e contribuirão de forma importante para o planejamento de medidas que venham a reduzir índices de morbidade-mortalidade.

Desnutrição neonatal altera a capacidade fagocítica de macrófagos em ratos infectados por Staphylococcus aureus

Macedo EMC; Paes-Silva RP; Melo JF; Andrade AVG; Viana MT; Diniz MFA; De Castro CMMB

Departamento de Nutrição e Departamento de Medicina Tropical. Universidade Federal de Pernambuco. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Verificar peso corporal e taxa de fagocitose em macrófagos alveolares (MA) infectados com Staphylococcus aureus (S.a), de ratos submetidos ou não à desnutrição neonatal.

MÉTODOS: Ratos machos Wistar (n= 20, com 60-120 dias) foram submetidos ou não, à desnutrição pela dieta materna deficitária (8% de proteínas) durante o período de aleitamento. MA foram obtidos de animais adultos após realização de lavado broncoalveolar com salina a 0,9%. Em cada animal, alíquotas de 3ml foram injetadas e aspiradas na traquéia obtendo-se volume final de 30 mL, a partir do qual, as células foram recuperadas. A taxa de fagocitose foi avaliada utilizando-se MA expostos à S.a., em uma proporção de 10 milhões de bactérias para cada milhão de células, em 1 mL de meio de cultura. Essa suspensão foi distribuída em lâminas para microscopia óptica, incubadas a 37°C e com atmosfera úmida por 1h. Em seguida, as lâminas foram coradas e lidas ao microscópio óptico sob imersão. Os resultados foram representados pela média±DP para o peso corporal (PC) e pelo percentual médio±DP para a taxa de fagocitose.

RESULTADOS: O grupo desnutrido (D) reduziu o PC em relação ao grupo nutrido (N) a partir do quinto até o vigésimo primeiro dia de vida (p<0,005). Aos 60 dias, o PC de N (253,5±8,26) foi maior que o de D (156,6±5,86), teste "t" de Student, p<0,001. Aos 90 dias, a média permaneceu maior, sendo de 312,2±10,83 para o grupo N e 240,4±6,85 para o D, teste "t" de Student, p<0,001. A taxa de fagocitose foi maior em N (44%±5,24) que em D (32%±6,86), teste "t" de Student, p<0,001.

CONCLUSÕES: A desnutrição neonatal seguida de recuperação nutricional, causa seqüela do peso corporal e da capacidade fagocítica no animal adulto, levando assim, ao comprometimento da imunidade inata desse.

Freqüencia de consumo alimentar de crianças internadas no Hospital Universitário Oswaldo Cruz: um estudo qualitativo

Rodrigues IG; Kroon GM; Amorim NCM; Salgado TCB

Hospital Universitário Oswaldo Cruz. Universidade de Pernambuco. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Avaliar a freqüência de consumo alimentar de crianças de 2 a 18 anos internadas nos pavilhões de Cardiopatia Congênita e Doenças Infecto-Contagiosas.

MÉTODOS: Foram avaliadas 26 crianças de 2 a 18 anos de idade que estiveram internadas no Hospital Universitário Osvaldo Cruz no mês de julho de 2005. Foi analisado o consumo alimentar dessas crianças através da aplicação de um questionário de freqüência alimentar com os responsáveis. Para análise dos dados, a freqüência de consumo foi dividida em três categorias: alta freqüência (mais de quatro vezes por semana); moderada (2 a 4 vezes por semana) e baixa freqüência (uma vez por semana ou menos).

RESULTADO: O questionário foi aplicado em 26 crianças, sendo 15 do sexo feminino e 11 do sexo masculino. A idade variou entre 2 e 17 anos. Encontrou-se alta freqüência de consumo para: carnes (88,46%); feijão (73,07%); arroz (80,76%); pão (69,23%); macarrão (53,84%); leite (53,84%); biscoito (69,23%). As frutas tiveram alto consumo (mais de quatro vezes) em apenas 34% das crianças. As verduras também apresentaram baixo consumo, apenas 15,38% consumiam mais de quatro vezes. Observou-se um consumo moderado e alto de refrigerante, 57,69% e 26,92%, respectivamente. O suco artificial também foi muito consumido, 42,30% das crianças fizeram uso mais de quatro vezes por semana.

CONCLUSÕES: O questionário de freqüência alimentar permite a avaliação da dieta habitual e apresenta como vantagens a rapidez na aplicação e o baixo custo. Permite ainda a programação de ações educativas a fim de estimular o consumo de alimentos necessários e que apresentaram baixo consumo

Isa Galvão Rodrigues.

Rua General Americano Freire, 528 Ap. 202. Boa Viagem.

Recife, PE, Brasil. CEP :51.021-120.

Email: isagalvao@gmail.com

Perfil nutricional de crianças com cardiopatia congênita internadas no Hospital Universitário Oswaldo Cruz

Rodrigues IG; Kroon GM; Amorim NCM; Salgado TCB

Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Recife-PE

OBJETIVOS: Avaliar em estudo retrospectivo o estado nutricional, ao internamento, de crianças com cardiopatia congênita internadas no Hospital Universitário Oswaldo Cruz.

MÉTODOS: Foram estudadas 145 crianças entre 1 e 18 anos admitidas no pavilhão de cardiologia pediátrica no período de fevereiro de 2003 a julho de 2005. O peso e altura foram usados para avaliar a condição nutricional. Os índices foram expressos em escore z e a curva do National Center of Health Statistics (NCHS) foi usada como referência. As crianças com índice peso/idade <-2 escore serão diagnosticadas como baixo peso e aquelas entre -2 e -1 escore z, em risco nutricional.

RESULTADOS: Foram estudadas 145 crianças sendo 84 do sexo masculino e 61 do sexo feminino; a idade variou com 12,41% entre 1 e 3 anos, 22,06% com idade entre 4 e 6 anos, 27,58% entre 7 e 10 anos e 37,24% maiores de 11 anos. Em 28, 27% foi verificada desnutrição aguda e em 31,72% houve risco nutricional, de acordo com o índice Peso/Idade. Quando usado o indicador Altura/Idade também foram encontrados altos índices; 26,59% se encontravam abaixo de -2 escore e 27,58% em risco nutricional.

CONCLUSÕES: A literatura relata a elevada morbimortalidade pós-operatória em pacientes com desnutrição pré-operatória. A avaliação antro-pométrica é um indicador valioso e sensível da condição nutricional de crianças. É um método não invasivo e barato. O alto índice de alteração do estado nutricional encontrado (59,99%) evidencia a importância da triagem e intervenção nutricional o mais precocemente possível.

Isa Galvão Rodrigues.

Rua General Americano Freire, 528 Ap. 202. Boa Viagem.

Recife, PE, Brasil. CEP :51.021-120.

Email: isagalvao@gmail.com

Avaliação do estado nutricional e das necessidades energéticas das gestantes atendidas na Unidade de Saúde da Família João Roberto Borges da cidade de Cabedelo, Paraíba

Sousa LB de; Paiva E; Araújo OMT; Cavalcanti MS

Posto de Saúde da Família João Roberto Borges. Cabedelo, PB, Brasil

OBJETIVOS: Realizar avaliação nutricional das gestantes que fazem o pré-natal na unidade de Saúde da Família, observando suas necessidades energéticas.

MÉTODOS: Inicialmente foi realizada a avaliação nutricional através de dados antropométricos e bioquímicos, utilizando, de acordo com o Ministério da Saúde, o método que relaciona a altura em centímetros com a idade gestacional em semanas, como também, pelo IMC (Índice de massa corporal) atual, segundo as semanas de gestação sugerido por Acioly, 2004.Em seguida realizou-se um recordatório alimentar de 24 h de cada uma das gestantes através de visitas domiciliares, a fim de calcular o consumo energético diário. O cálculo do Valor Energético Total (VET) necessário a cada gestante foi realizado de acordo com o estado nutricional peculiar. Para aquelas em que IMC pré-gestacional indicava peso adequado ou baixo peso foi utilizado o peso teórico médio para o cálculo do gasto energético. As gestantes em estado pré-gestacional de sobrepeso ou obesidade tiveram seu GE calculado com o peso atual para uma melhor adequação do ganho de peso. O valor usado para o fator atividade foi o referente à atividade física leve. Em todas as gestantes com idade gestacional acima da décima segunda semana foi somado 300 Kcal ao GE. O método usado para o cálculo do VET consumido nas últimas 24 h pelas avaliadas foi o Programa de Informática Santé (Conceição, 2002).

RESULTADOS: A análise do IMC pré-gestacional avaliada demonstrou que 21,42% encontravam-se em baixo peso; 35,72% estavam com peso adequado; 14,28% apresentavam sobrepeso e 28,58% foram classificadas como obesas. De acordo com a classificação do estado nutricional peso para altura segundo idade gestacional, instituída pelo Ministério da Saúde, 9,09 % apresentavam baixo peso, permanecendo assim durante todas as consultas do pré-natal; 54,54% possuíam estado nutricional adequado e 36,36 % encontravam-se obesas. A classificação do estado nutricional que relaciona o IMC com as semanas de gestação, segundo Atalah (1999), revelou que 49,99 % estavam eutróficas, dessas 14,28 % evoluíram durante o pré-natal de baixo peso para peso adequado; para classificação de sobrepeso e obesidade foi encontrado 21,43% em ambos e 7,14% foi o percentual encontrado para gestantes com baixo peso. Com base no cálculo do VET consumido nas últimas 24 h, observou-se que 14,29% possuíam ingestão calórica equivalente às necessidades; 35,71% acima e 50% abaixo das necessidades energéticas.

CONCLUSÕES: Considera-se que a maioria das avaliadas possuía excesso de peso pré-gestacional, no entanto a avaliação nutricional atual demonstrou que mais da metade estavam eutróficas e que a maioria delas, quando referiu-se ao consumo energético diário, possuíam uma alimentação aquém das necessidades.

Avaliação do estado nutricional dos idosos institucionalizados no AMÉM do município de Cabedelo, Paraíba

Sousa LB; Cavalcanti CL; Barbosa FPT; Ferreira MAM; Araújo OMT

Associação Metropolitana de Erradicação da Mendicância (AMÉM). Cabedelo, PB, Brasil

OBJETIVOS: Realizar avaliação nutricional dos idosos institucionalizados na Associação Metropolitana de Erradicação da Mendicância (AMÉM) e conhecer o valor energético total (VET) necessário a cada um.

MÉTODOS: Foram avaliados 25 idosos, de ambos os sexos, independentes fisicamente, sendo 12 do sexo feminino e 13 do sexo masculino, supostamente saudáveis. Os dados foram colhidos através de um questionário específico, contendo dados pessoais (nome e idade) e antropométricos (peso e altura), os quais foram aferidos através de uma balança antropométrica, do tipo plataforma, com capacidade para 150 Kg. Para análise antropométrica foi utilizado o índice de Quetelet ou Índice de Massa Corporal (IMC), que é calculado a partir da divisão do peso em quilogramas pela estatura em metros elevada ao quadrado.Na classificação do estado nutricional segundo o IMC tomou-se como padrão de referência os pontos de corte da Word Health Organization. Os cálculos do IMC e VET foram realizados através do programa de informática Santé, versão 2000.

RESULTADOS: O perfil nutricional com base no IMC dos idosos do AMÉM demonstrou que 36 % (n=09) apresentavam eutrofia; 32 % (n=08) sobrepeso grau II;24 % (n=06) sobrepeso grau I; 4 % (n=01) magreza leve e 4 % (n=01) magreza severa.Nenhum idoso apresentou obesidade grau III ou magreza moderada. Analisando o estado nutricional por sexo, observou-se que 58,33% (n = 07) das mulheres apresentaram sobrepeso grau II, 16,67% (n = 02) encontravam-se eutróficas, 16,67% (n = 02) possuem sobrepeso grau I e 8,33% (n = 01) magreza leve. Em relação aos homens, 53,85% (n = 07) apresentaram eutrofia, 30,77% (n = 04) sobrepeso grau I, 7,69% (n = 01) sobrepeso grau II e magreza severa, respectivamente. Ha assim, uma maior predominância do sobrepeso nas mulheres.O Valor Energético Total (VET), calculado a partir do peso teórico para os homens, varia de 1812,82 Kcal até 2480,61 Kcal. Para as mulheres, os valores variam de 1509,93 Kcal até 1888,57 Kcal.

CONCLUSÕES: Considera-se que houve uma maior prevalência do sobrepeso, especialmente no que diz respeito às mulheres. Entendeu-se, assim, que o estado nutricional é uma referência muito importante para que se possa adequar uma dieta peculiar ao indivíduo, especialmente em se tratando da terceira idade, que por si só já sofre modificações bio-fisiológicas e bio-pisicossociais que interferem na sua composição corporal. Além disso, ela possibilita futuras intervenções alimentares no sentido de melhorar a qualidade da alimentação, uma vez que tanto o excesso como o déficit de peso são prejudiciais a saúde e são acompanhados por doenças crônico-degenerativas.

Modelos analíticos para a concentração de hemoglobina e prevalência de anemia em crianças de 6 a 59 meses de idade

Oliveira MAA; Osório MM; Raposo MCF

Programa de Pós-graduação em Nutrição. Departamento de Nutrição. Universidade Federal de Pernambuco. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Elaborar modelos analíticos explicativos da concentração de hemoglobina e anemia em crianças de 6 a 59 meses de idade no Estado de Pernambuco, contemplando aspectos socioeconômicos, demográficos e da dieta.

MÉTODOS: O estudo constou de 746 crianças de 6 a 59 meses do Estado de Pernambuco, nas quais foram realizados dosagem de hemoglobina e inquérito dietético recordatório de 24 horas. Foi analisada a associação da concentração de hemoglobina e risco de anemia com as variáveis socioeconômicas e de consumo alimentar, utilizando modelos de análise multivariada.

RESULTADOS: A proporção de calorias do leite de vaca na dieta diminui com o aumento da idade da criança. As densidades de ferro, especialmente de ferro heme, encontram-se baixas em todas as faixas etárias, associando-se diretamente à idade da criança. A idade da criança, a escolaridade materna e o ferro não-heme foram as variáveis que mais contribuíram na variação da concentração de hemoglobina. A idade menor de 24 meses, a baixa escolaridade materna, a proporção de calorias do leite de vaca e a densidade de ferro não-heme foram os fatores que mais determinaram o risco de anemia.

CONCLUSÕES: A idade da criança, a escolaridade materna e o ferro não-heme estão associados à concentração de hemoglobina. Todas essas variáveis e ainda a proporção de calorias do leite estão associadas ao risco de anemia. Os resultados reforçam a importância de se conhecer o consumo alimentar das crianças no país para melhor estabelecer a sua relação com a ocorrência da anemia e a necessidade de implementar ações de educação nutricional.

Maria Alice Araújo Oliveira.

Rua do Sossego, 461, Casa 5. Farol.

Maceió, AL, Brasil.

E-mail: alicemcz@superig.com.br.

Análise da frequência dos fatores de risco cardiovasculares em adolescentes filhos de coronariopatas

Nóbrega EMGA; Donato NR

Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil

OBJETIVOS: Analisar a freqüência dos fatores de risco cardiovasculares como: obesidade, dislipidemia, resistência a insulina e o consumo alimentar, em adolescentes de 10 a 19 anos com história familiar de coronariopatia, comparando-os com filhos de não coronariopatas.

MÉTODOS: A amostra constituiu de 100 adolescentes, que foram submetidos a uma avaliação antropométrica, bioquímica e de consumo alimentar.

RESULTADOS: Não foi encontrada obesidade na amostra e não houve diferença estatisticamente significativa entre as variáveis antropométricas e bioquímicas nos grupos. No entanto, os testes comprovam que o grupo controle apresentou risco maior de ter colesterol LDL elevado (P=0,028), coincidindo com a maior ingestão de ácidos graxos monoinsaturados e poliinsaturados pelo grupo estudo.

CONCLUSÕES: A ausência de alteração precoce no perfil lipídico da amostra fundamenta a importância de um equilíbrio e adequação da dieta consumida, especificamente na ingestão lipídica como potencializador do não aparecimento de fatores de riscos cardiovasculares.

Perfil nutricional dos pacientes atendidos em um ambulatório de nutrição do município de João Pessoa, Paraíba

Donato NR; Negri E; Espínola HH.

Universidade Federal da Paraíba. Paraíba, PB, Brasil

OBJETIVOS: Avaliar o estado nutricional de pacientes atendidos em um ambulatório público da cidade de João Pessoa, através da antropometria e exames bioquímicos.

MÉTODOS: A amostra populacional foi de 209 pacientes com a faixa etária entre 18 e 80 anos de idade. A avaliação do estado nutricional do grupo estudado foi realizada mediante antropometria e de exames bioquímicos.

RESULTADOS: Houve prevalência do sexo feminino, e o maior motivo que levou a população ao nutricionista foi a obesidade e as cardiopatias. Demonstrou-se que o aumento do IMC é proporcional ao avanço da idade da idade e que as hiperlipidemias estão mais freqüentes em pessoas com IMC elevado e idade avançada. A relação da cintura pelo quadril não acusou na população masculina predisposição a cardiopatias, porém esta relação nas mulheres evidenciou este risco.

CONCLUSÕES: A amostra em estudo apresentou, em sua maioria, excesso de peso e obesidade, com hiperlipidemias relacionando estes fatores ao desenvolvimento de patologias como as doenças cardiovasculares.

Controle de qualidade: ponto fundamental para produção da alimentação enteral artesanal

Donato NR; Sousa PPR; Silva JA.

Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa, PB, Brasil

OBJETIVOS: No intuito de otimizar a qualidade das dietas enterais artesanais, foram valiadas as variáveis intervenientes no processo.

MÉTODOS: Foram coletadas assepticamente amostras de alimentações enterais, ambiente, manipuladores e equipamentos, da Unidade de Alimentação e Nutrição em um Hospital Público do Município de João Pessoa e transportadas para o laboratório onde foram feitas as análises, quanto à contagem, de bactérias mesófilas (CPP), bolores e leveduras, número mais provável/ml ( NMP/ml) de coliformes e determinação de Staphylococcus spp, segundo o procedimento APHA (1984), Vanderzante e Spilttosser (1992), FDA (1984), e ICMSF (1982).

RESULTADOS: A qualidade da alimentação enteral e manipuladores encontram-se em desacordo com os padrões da legislação em relação à CPP e NMP/ml de coliformes totais, como também a qualidades microbiologia dos equipamentos encontra-se em desacordo com a APHA, porém o ar ambiental teve a sua qualidade microbiológica comprovada.

CONCLUSÕES: A contaminação final da alimentação enteral é resultante da interação das variáveis intervenientes nesse caso destacando-se os manipuladores e os equipamentos.

Correlação entre o estado nutricional pré-gestacional e o ganho de peso durante a gestação e sua influência no peso da criança ao nascer

Lima RLFC; Barbosa ZFB; Mendonça PWL

Clínica Integrada da Mulher Hospital e Maternidade (CLIM). João Pessoa, PB, Brasil

OBJETIVOS: Correlacionar o estado nutricional pré-gestacional com o ganho de peso total e semanal, e avaliar a influência deste em relação ao peso da criança ao nascer, em uma maternidade privada de João Pessoa.

MÉTODOS: Estudo descritivo, realizado com 89 gestantes admitidas no hospital, no intervalo de dezembro de 2004 a fevereiro de 2005, com feto único e sem má formação congênita, as quais foi aplicado um questionário com dados da mãe e do recém-nascido, um dia após o parto. Para análise estatística foi utilizado o teste qui-quadrado (SPSS).

RESULTADOS: A maioria das gestantes se encontrava na a faixa etária de 20 a 30 anos (57,3%) e altura média acima de 1,50m. Houve associação estatística entre o estado nutricional pré-gestacional e o ganho de peso total (p=0,008) bem como com o incremento de peso semanal (p=0,022). Os recém-nascidos, em sua maioria (67,4%), apresentaram peso adequado ao nascer, seguido do peso insuficiente com 19,1%. O baixo e o excesso de peso apresentaram porcentagem semelhantes (6,7%). Não houve associação estatística significante entre o peso ao nascer e o ganho de peso total entre as gestantes estudadas.

CONCLUSÕES: O estado nutricional pré-gestacional exerce grande influência no ganho de peso, tanto total como semanal entre as gestantes estudadas. Logo o estado nutricional pré-gestacional deve ser levado em consideração para uma boa evolução gestacional.

Estado nutricional e a qualidade da alimentação fornecida às crianças menores de um ano do bairro Jardim Manguinhos, Cabedelo, Paraíba

Lima RLFC; Leite JFM; Brandão J; Muriele M; Lima RT

Departamento de Nutrição. Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa, PB, Brasil

OBJETIVOS: Correlacionar o estado nutricional com a qualidade da alimentação fornecida às crianças menores de um ano.

METODOLOGIA: Estudo transversal realizado com 53 crianças de 0 a 1 ano, acompanhadas p ela Unidade de Saúde da Família de Jardim Manguinhos, Cabedelo, Paraíba. Foi realizada a avaliação antropométrica das crianças utilizando-se as variáveis: peso, altura e idade. O estado nutricional foi avaliado utilizando-se o software Epi-info versão 6.0, o qual tem como referência o NCHS e fornece a avaliação segundo os indicadores: altura/idade (A/I), peso/altura (P/A) e peso/idade (P/I). Para avaliar a qualidade da alimentação foi aplicado um inquérito de freqüência alimentar proposto pelo grupo de pediatria social da Faculdade de Medicina de São Paulo e adotado por Colli (1972), que atribuiu uma determinada ponderação para uma dada quantidade de vezes de ingestão semanal de determinados alimentos. Os dados foram processados e analisados segundo o Statistical Package of Social Science (SPSS), versão 12.0. Utilizou-se o teste Correlação de Pearson para verificar uma possível associação entre o estado nutricional e a qualidade da alimentação na amostra estudada.

RESULTADOS: Aproximadamente 10% das crianças se encontravam em situação de risco nutricional, resultado semelhante com outros estudos de populações de baixa renda em situações semelhantes. Em relação a qualidade alimentar, mais de 50% da população estudada apresentava boa alimentação. Os valores de p de 0,323, 0,126 e 0,586 correspondentes aos indicadores A/I, P/A e P/I, respectivamente, mostram que na população estudada não existe correlação entre o estado nutricional e a qualidade dietética.

CONCLUSÕES: Observa-se um maior percentual de crianças com estado nutricional adequado, indicando o bom funcionamento da Unidade em relação ao acompanhamento de crianças menores de um ano e incentivo ao aleitamento materno, uma vez que a situação local encontra-se dentro dos padrões aceitáveis para risco nutricional. Não houve correlação entre o estado nutricional e qualidade alimentar entre as crianças estudadas.

Análises físico-químicas do leite ordenhado e distribuído em banco de leite humano da cidade de João Pessoa

Ibiapina JC; Medeiros ASJ; Oliveira MS; Santos BM; Sousa PPR; Silva JA; Conceição ML

Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa, PB, Brasil

OBJETIVOS: Realizar o controle de qualidade do leite humano ordenhado, in natura e pasteurizado em um banco de leite humano de João Pessoa.

MÉTODOS: A quantificação da composição centesimal do leite humano foi obtida pelas análises da umidade e do resíduo mineral fixo pelo método gravimétrico, do extrato etéreo (Gerber), do nitrogênio total (Kjaldahl), do carboidrato total por diferença e valor energético total pela soma dos macronutrientes. Na avaliação da qualidade do leite humano determinaram-se a acidez em graus Dornic, a densidade e o pH por método direto. RESULTADOS: Os resultados obtidos das análises físico-químicas do leite humano in natura foram: umidade 88,33%; cinzas 0,16%; lipídios 2,8%; proteínas 2,08%; carboidratos 6,72%; valor energético total 59,58 Kcal/100ml; acidez dornic 9,1°D; densidade 1030,5 e pH 6,29. Nas análises do leite humano pasteurizado foram obtidos os seguintes resultados: umidade 89,16%; cinzas 0,14%; lipídios 1,5%; proteínas 2,36%; carboidratos 6,83%; valor energético Total de 50,24 kcal/ 100ml; acidez dornic 4,9°D; densidade 1033,7 e pH 6,81.

CONCLUSÕES: Constatou-se a redução nos valores dos macronutrientes (lipídios e carboidratos) presentes no leite pasteurizado, com exceção das proteínas que revelaram valores superiores ao do leite in natura.

Bárbara Melo Santos.

Rua Aderaldo Silveira de Sousa, 71, Ap. 101. Bancários.

João Pessoa, PB, Brasil. CEP: 58051-110.

E-mail: barbaranutry@hotmail.com

Impacto do consumo das farinhas de trigo e milho fortificadas com ácido fólico e ferro sobre as taxas de folato intra-eritrocitário e hemoglobina das mulheres em idade reprodutiva na Região Metropolitana do Recife

Paula TBC ; Diniz AS; Kruze IKGA; Prado ACF; Silva MSG; Andrade CRNA

Universidade Federal de Pernambuco. Laboratório Dalmo Oliveira. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Avaliar o impacto do consumo de farinha de trigo fortificadas sobre as taxas de folato intra-eritrocitário e hemoglobina de mulheres em idade reprodutiva na Região Metropolitana do Recife, Pernambuco, Brasil.

MÉTODOS: Uma amostra de 124 mulheres entre 15 e 45 anos foi submetida a dosagem de folatos intra-eritrocitários e hematimetria entre setembro/2004 e maio/2005 através de eletroquimiolumunescência (Elecsys® RBC Folate / Elecsys® 2010 System da Roche Diagnostica Brasil) no Laboratório Dalmo Oliveira.

RESULTADOS: Não foram encontradas na amostra concentrações de folato intra-eritrocitário menores que 186ng/ml, limite mínimo considerado normal por Economides et al. (1992). Apenas 4% dos indivíduos estudados apresentaram níveis de hemoglobina menores que 11g%. A peculiaridade da dieta do recifense em incluir no seu cardápio quase diário o consumo de feijão e carne associado ao consumo das farinhas de trigo e milho fortificadas com ácido fólico pode favorecer a obtenção de melhores concentrações de folato intra-eritrocitário na população de mulheres em idade reprodutiva na região metropolitana do Recife.

CONCLUSÕES: Após o início da obrigatoriedade da fortificação das farinhas de trigo e milho com ácido fólico e ferro, o panorama na cidade do Recife não é preocupante em relação à anemia folicopriva ou ferropriva na população de mulheres em idade reprodutiva.

Prevalência de anemia e consumo de alimentos ricos em ferro e ácido fólico, em mulheres com idade fértil residentes na cidade de João Pessoa, Paraíba

Lucena MFP; Palmeira PA; Batista DA; Toledo VRP

Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa, PB, Brasil

OBJETIVOS: Determinar a prevalência de anemia em mulheres em idade fértil, residentes na cidade de João Pessoa, Paraíba e relacioná-la com o consumo de alimentos ricos em ferro e acido fólico.

MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal, onde foram entrevistadas e colhidas amostras sangüíneas de 531 mulheres de 15 a 49 anos, residentes nas áreas de cobertura de 14 Unidades Básicas de Saúde do município de João Pessoa, que aceitaram voluntariamente participar da pesquisa. Foram obtidas informações sócio-demográficas, antecedentes gestacionais e de parto, hábitos de tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas e uso de anticoncepcionais hormonais. Verificou-se o consumo alimentar, através de um questionário de freqüência de consumo de alimentos, composto por alimentos fontes de ferro e ácido fólico. Foi definida a prevalência de anemia de acordo com os valores de referência para os níveis de hemoglobina, hemácia e hematócrito por faixa etária. Este trabalho faz parte do estudo multicêntrico de avaliação dos níveis de ácido fólico em mulheres em idade fértil, antes e depois do enriquecimento das farinhas de trigo e milho, financiado pelo Ministério da Saúde. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas.

RESULTADOS: As mulheres entrevistadas apresentaram baixo nível socioeconômico, refletido pela baixa escoloaridade. Os resultados dos exames de sangue identificaram uma prevalência de anemia em 19,5% das mulheres. Foi observado baixo consumo de vegetais e frutas entre as respondentes, que pode estar relacionado com os altos níveis de anemia. Também em parte da amostra foi observada alta frequência de resultados alterados dos níveis de eosinófilos indicando a possibilidade de alta prevalência de parasitoses na amostra estudada.

CONCLUSÕES: Os resultados são de extrema importância no direcionamento da atenção básica que promova o estado de saúde de mulheres em idade fértil, incorporando ações do campo da nutrição e garantindo uma gestação saudável e livre de intercorrências.

Padrões de aleitamento materno: uma análise em crianças atendidas em uma unidade de saúde da família

Holanda ER; Holanda VR; Lacerda Junior AG; Araújo TLM

Unidade de Saúde da Família. João Pessoa, PB, Brasil

OBJETIVOS: Traçar um perfil dos padrões de aleitamento em crianças menores de um ano de vida.

MÉTODOS: Trata-se de um estudo quantitativo, realizado em uma Unidade de Saúde da Família, do município de João Pessoa, Paraíba, no período de dezembro de 2004 a julho de 2005. A população do estudo foi constituída por mulheres cadastradas no Programa Crescimento e Desenvolvimento e a amostra por 60 mulheres da área de abrangência da respectiva unidade de saúde, com filhos menores de um ano. Foi feita a análise estatística e descritiva dos dados com representação gráfica.

RESULTADOS: Com relação ao padrão de aleitamento, os resultados mostraram que o predominante foi o artificial, com 40%, seguido do exclusivo, 33,33% e o misto com 26,67%. Quanto à orientação recebida para escolha do padrão de aleitamento adotado, metade das mulheres (50%) recebeu orientação, porém grande parte (43,33%) delas decidiu por conta própria, sem orientação.

CONCLUSÕES: Apesar das opiniões favoráveis à prática do aleitamento materno, as mulheres encontram muitas dificuldades em sua implementação no cotidiano, e que pelo fato destas questões não serem exaustivamente trabalhadas com elas e com a comunidade, é que resultados como um desmame muito precoce, como foi observado, podem ocorrer. Torna-se necessário que seja feito um trabalho educativo, participativo, continuado e sistemático durante a gestação, parto e puerpério sobre aleitamento materno exclusivo com a população em geral, utilizando suas próprias experiências, aumentando assim as suas potencialidades para a mudança.

E.R. Holanda.

Rua Antonio Assunção, 480, Ap. 401, Bl.B. Bancários.

João Pessoa, PB, Brasil. CEP: 58.052-230.

E-mail: eliane.rolim@yahoo.com.br

Perfil clínico e nutricional de crianças menores de dois anos com doença diarréica

Silva SRA; Silva CP

Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Traçar o perfil nutricional de crianças menores de dois anos, admitidas na Clínica Médica, com doença diarréica, até a alta hospitalar.

MÉTODOS: Foram avaliadas 23 crianças menores de dois anos, admitidas na Clínica Médica com doença diarréica, e ausência de doenças sistêmicas graves associadas à diarréia, ausência de história clínica compatível com afecções crônicas do trato gastrintestinal e concordância por parte das mães ou responsáveis de acordo com o termo de consentimento e livre esclarecimento. Utilizou-se questionário contendo informações referentes às condições socioeco-nômicos e exame físico, baseado no Programa de Controle das Doenças Diarréicas da Organização Mundial da Saúde. Para a avaliação do estado nutricional, utilizaram-se os parâmetros P/I, E/I e P/E, expressos em percentis.

RESULTADOS: Na avaliação nutricional inicial, 34,7% da amostra apresentaram algum grau de desnutrição, sendo 75,2% desnutrição de grau III, considerando-se Peso/Estatura. Ao analisar a presença de aleitamento materno, notou-se que 56,5% das crianças desmamaram com idade inferior a 6 meses. Observou-se também que 60,9% utilizaram dieta para idade e, entretanto, 21,7% dos pacientes apresentaram algum grau de intolerância alimentar necessitando isenção da lactose da dieta. Dos distúrbios metabólicos avaliados, a hiponatremia foi relevante, sendo encontrada em mais da metade dos lactentes (57,1%), acidose metabólica em 33,3% e hipocalemia em 11,1 %.

CONCLUSÕES: Foi evidente a presença de fatores de risco como desnutrição, baixa idade e manejo dietético inadequado nos pacientes estudados com o aparecimento de doença diarréica.

Avaliação Nutricional Subjetiva Global X Avaliação Nutricional Objetiva em pacientes admitidas na enfermaria de ginecologia do IMIP: um estudo comparativo

Oliveira AMB; Figueiredo AKG; Medeiros AQ; Silva WMA

Instituto Materno Infantil Profº Fernando Figueira - IMIP. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Comparar a eficiência da Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ASG) com a Avaliação Nutricional Objetiva (ANO) em pacien-tes recém admitidas na Clínica Ginecológica do Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira (IMIP).

MÉTODOS: Foi realizado um estudo do tipo transversal, no mês de agosto de 2005, na Enfermaria de Ginecologia do IMIP. A coleta de dados se deu na admissão das pacientes ou até no 3º dia de internamento hospitalar, através do preenchimento de um questionário sobre condições socioeconômicas, condições de saúde atual e aplicação da ASG, adaptada por Detsky et al. (1997). As entrevistadas também foram avaliadas nutricionalmente pelo método antropométrico, onde foram obtidos o peso e altura para obtenção do IMC; prega cutânea tricipital; circunferência do braço e circunferência da cintura, sendo os resultados comparados com os valores apresentados pela OMS, respeitando-se as faixas etárias e sexo. A análise estatística dos dados foi realizada pelo programa Epi-info, versão 6.04.

RESULTADOS: Foram observados os dados de 50 pacientes do sexo feminino com idade entre 19 e 66 anos, 52% do total eram procedentes do Recife e apenas 16% conseguiram completar o ensino fundamental, tendo o mesmo percentual (16%) de analfabetas. O estado civil mais freqüente foi o de casada, com prevalência de 48%. Como patologia associada, foi observada hipertensão em 28.6% das entrevistadas. A principal causa de internamento hospitalar foi a miomatose uterina, seguida das neoplasias ginecológicas (colo, ovário e endométrio). A prevalência de baixo peso na avaliação nutricional objetiva foi apenas 4%, coincidindo com a avaliação subjetiva global que apresentou o mesmo percentual de desnutrição (p=0,65).

CONCLUSÕES: Na amostra analisada a ASG apresenta resultados semelhantes aos encontrados com a ANO, refletindo o verdadeiro estado nutricional das pacientes. Tornam-se necessários estudos maiores e com variáveis controladas, que possam generalizar esses resultados para uma população maior, facilitando, assim, a aplicabilidade desse método, visto que é uma boa opção a ser realizada em pacientes que não possuem condições físicas para aplicação da avaliação nutricional objetiva.

A.M.B. Oliveira.

Rua dos Coelhos, 300. Boa Vista.

Recife, PE, Brasil. CEP:50.070-550

Manejo dietético de pacientes com diarréia aguda e persistente hospitalizadas no Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP

Silva ACS; Lima TM; Ribeiro APG; Falbo AR

Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Descrever o manejo dietético de pacientes internados com diarréia aguda e persistente, hospitalizados no Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira (IMIP).

MÉTODOS: Foram coletados dados de prontuários e questionários aplicados no protocolo da pesquisa intitulada: " Prevalência do Rotavírus na etiologia da doença diarréia em crianças de zero a cinco anos atendidas na emergência do IMIP" no período de maio de 2004 a maio de 2005. Para avaliação do estado nutricional foram utilizados os parâmetros P/I e P/E de acordo com o padrão de referência do National Center Health Statistics de 2002. O teste estatístico utilizado foi o Qui-quadrado, para verificar a associação dos dados e a análise foi realizada através do softwere Epi-info versão 6.04.

RESULTADOS: Foram analisados 199 questionários, dentre os quais, 88.1% dos pacientes eram portadores de diarréia aguda e 11.9% possuam diarréia persistente. Em relação à faixa etária, 72.3% tinham entre 0 e 12 meses de idade, 18,6% entre 13 e 24 meses e 8.4% acima de 2 anos de idade. De acordo com o estado nutricional, na admissão, 43.3% das crianças possuíam desnutrição grave, 4.5% eram desnutridos moderados e 6.7% eram desnutridos leves. No momento da alta, 36.6% das crianças possuíam desnutrição grave, 11.9%, desnutrição moderada, e 8.2% desnutrição leve. Com relação à dieta, 82% das crianças receberam a dieta própria para idade e com teor normal de lactose; 3.7% receberam dieta isenta de lactose, 4.5% receberam dieta com baixo teor de lactose; 4.5% receberam dieta à base de soja e 2.2% receberam hidrolisado protéico. 75.3% das crianças permaneceram hospitalizadas por um período de 1 a 10 dias; e 24.7% ficaram hospitalizadas durante 11 a 58 dias. Houve desidratação em 55.2% dos dados analisados. Foi encontrada uma associação positiva entre a dieta e o estado nutricional dos pacientes, sendo verificado que a maioria (87%) recebeu dieta padrão para a idade, não necessitando assim, de dieta especializada (p=0,02).

CONCLUSÕES: O acompanhamento nutricional e o manejo dietético adequado contribuiram para uma melhor evolução clínica dos pacientes hospitalizados, sendo evidenciado melhora do estado nutricional dos pacientes durante o internamento. É importante a realização de estudos mais precisos para avaliar a necessidade da dieta isenta de lactose na fase aguda.

Avaliação do estado nutricional de gestantes enfermas e fatores associados

Lima TM; Vasconcelos MJOB; Xavier ICVM; Ribeiro APG; Silva ACS.

Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Avaliar o estado nutricional de gestantes internadas em uma unidade de gestação de alto risco e fatores associados.

MÉTODOS: Estudo do tipo analítico transversal, com 154 gestantes internadas na Unidade de Gestação de Alto Risco, onde responderam a um questionário que abordava os seguintes parâmetros: dados socio-econômicos (nome, procedência, idade materna, grau de escolaridade, estado civil, renda) antropométricos (peso anterior à gestação, peso atual, altura) e os materno-infantis (patologia, idade gestacional, peso do feto), sendo esses obtidos com o consentimento prévio da paciente. A avaliação nutricional da gestante foi feita pelo Nomograma e Curva de Rosso (Ministério da Saúde, 1986), utilizando o peso atual, a altura da gestante e a idade gestacional. A avaliação pré-gestacional foi realizada pelo índice de massa corporal do Instituto de Medicina dos EUA (IOM,1992). A análise foi realizada pelo programa Epi-Info 6.04, utilizando tabelas de freqüência e teste qui-quadrado para leitura dos dados.

RESULTADOS: Do total da amostra, 64,3% residem na região Metropolitana do Recife, 33,8% nos Interiores Urbanos e Rurais e 1,9% em outros Estados. A maioria das gestantes (59,2%) tinha idade entre 14 e 25 anos, 28,9% entre 26-34 anos e 11,7% tinham mais de 34 anos. Um grande percentual da amostra era de gestantes casadas (85,1%), renda de até 2 salários mínimos (65,6%) e estudaram até o ensino fundamental (72,4%). Quase 40% das gestantes eram baixo peso, 19,6 % eutróficas, 15,7% sobrepeso e 24,8% obesas, e a proporção do estado nutricional antes da gestação era de 24,7% baixo peso, 45,5% eutrófica, 14,3 % sobrepeso e 10,4% obesas. Ocorreu uma relação positiva entre o estado nutricional antes e na gestação (p<0,001). Quanto ao ganho de peso gestacional, 46,2% foram classificadas com peso insuficiente e dessas 60,0% estavam com baixo peso na gestação, mostrando assim uma relação direta entre o ganho de peso e o estado nutricional da gestante (p<0,001). As patologias mais freqüentes foram de trabalho de parto prematuro (TPP) (26,5%), doenças hipertensivas (21,9%) e doenças infecciosas (19,2%), com 50,0% das gestantes de TPP baixo peso gestacional, sendo essa relação significante (p<0,001). Houve relação direta também entre a idade e o estado nutricional da gestante (p<0,001). Não foi verificada relação entre o estado nutricional da gestante e a renda, estado civil e o peso do feto.

CONCLUSÕES: Tais dados revelam a influência da idade materna, do estado nutricional pré-gestacional e o ganho de peso na gestação sobre o estado nutricional da gestante, como também a forte relação do estado nutricional precário da gestante sobre risco do TPP.

Retenção de peso e perfil nutricional da mulher no pós-parto imediato e variáveis relacionadas

Pinho CPS; Lima TM; Pinto ICS; Falcão MFBA; Ribeiro VF

Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Determinar a retenção de peso e o perfil nutricional da mulher nas primeiras 48 horas pós-parto e variáveis relacionadas.

MÉTODOS: O desenho consistiu de um estudo analítico transversal com amostra de 94 mulheres avaliadas até 48 horas após o parto. A obtenção dos dados da pesquisa se deu através de coleta de informações em prontuários, de medida direta do peso e estatura no puerpério e através de relato retrospectivo. As variáveis dependentes avaliadas foram idade materna, Índice de Massa Corpórea (IMC) no período pré-gestacional, IMC pré-parto, IMC no pós-parto imediato, tipo de parto, idade gestacional, peso fetal, ganho de peso gestacional, paridade e patologias associadas. A avaliação nutricional foi realizada pela curva de IMC (Atalah,1997) para gestantes e o IMC do Instituto de Medicina dos EUA,1992, para análise nutricional no pré e pós-parto. Foi utilizado o programa Epi-info 6.04 para a leitura das freqüências e análises dos dados.

RESULTADOS: Os resultados evidenciaram que a maioria das mulheres estudadas apresentou parto normal (58,5%), a termo (73,4%), peso fetal > 3.000g (56,4%), sendo 53,2% nulíparas e 53% enfermas. 23,4% da amostra eram adolescentes, 48,9% tinham idade entre 20 e 25 anos e 27,6% tinham idade > 25 anos. 48,9% das mulheres apresentaram-se eutróficas no período pré-gestacional, 28,7% tinham baixo peso e 22,4% apresentaram sobrepeso ou obesidade. No período gestacional pré-parto 36,1% das mulheres avaliadas apresentaram sobrepeso ou obesidade, 38,3% apresentaram-se eutróficas e 25,5% apresentaram baixo peso gestacional. No pós-parto imediato, 44,7% das mulheres avaliadas apresentaram-se eutróficas, 11,7% apresentaram baixo peso e 33,6% apresentaram sobrepeso ou obesidade, segundo o IMC do IOM. Um percentual significativo de mulheres apresentou ganho de peso gestacional insuficiente (24,5%) e 19,1% apresentou ganho elevado. A mediana da retenção de peso pós-parto imediato foi de 5,950 kg e mostrou relação direta estatisticamente significativa (p<0,001) com o ganho de peso gestacional. A análise estatística evidenciou que o estado nutricional da puérpera apresenta associação com a paridade (p=0,006) e com o estado nutricional pré-gestacional (p<0,001). Não foi encontrada relação estatisticamente significativa da retenção de peso no pós-parto imediato com a idade materna, idade gestacional, tipo de parto, paridade, IMC pré-gestacional, IMC gestacional pré-parto, peso fetal e patologias associadas.

CONCLUSÕES:O ganho de peso gestacional constitui importante preditor da retenção de peso no pós-parto imediato, aumentado a proporção de mulheres com excesso de peso e que o estado nutricional da mulher, neste período, está relacionado diretamente à paridade e ao IMC pré-gestacional.

Conduta nutricional na Síndrome de Wolf-Hirschhorn: relato de caso

Silva CP; Falcão MA; Silva SRA

Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Descrever a conduta nutricional e sua participação em recuperar o estado nutricional em um lactente portador da síndrome de Wolf-Hirschhorn.

MÉTODOS: Realizou-se controle clínico e nutricional, através de avaliação antropométrica e exames diagnósticos: RX tórax, ecocardiograma, tomografia de crânio, além do parecer da Genética. Para avaliação do estado nutricional foi utilizado National Center of Health Statistics, de 2000, de acordo com a idade e sexo, além do critério de Gómez. Para o cálculo das necessidades nutricionais foi utilizada a recomendação para paciente desnutrido grave (150 a 200 kcal/dia e 4 a 6g proteína/dia).

RESULTADOS: O menor LROB, 10 meses, procedente de Petrolina-PE, peso admissional 4,0 Kg e estatura de 60,0 cm, foi admitido com história de cansaço e febre desde os primeiros dias de vida, crises convulsivas e cianose, fáceis sindrômicas, desnutrido, hipocorado, pele descamativa, distensão abdominal, hipospádia e RDPNM. A avaliação nutricional mostrou desnutrição grave. Os exames diagnósticos junto ao parecer da genética diagnosticaram uma cromossomopatia definida como Síndrome de Wolf-Hirschhorn. Foi utilizada fórmula láctea a base de soja acrescida de 3% de TCM e 7% maltodextrina, perfazendo um total de 149Kcal/kg/dia e 4,8gptn/kg/dia.

CONCLUSÕES: A conduta nutricional utilizada foi eficaz em melhorar o estado nutricional do lactente portador de Síndrome de Wolf-Hirschhorn.

Avaliação do estado nutricional de crianças portadoras de Cardiopatia Congênita

Silva CP; Silva SRA

Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Avaliar o estado nutricional de crianças com Cardiopatia Congênita (CC) admitidas na enfermaria de cardiologia pediátrica do Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP.

MÉTODOS: Foram avaliadas 70 crianças de ambos os sexos, menores de 10 anos, internadas na enfermaria de cardiologia pediátrica do IMIP, com diagnóstico de CC. O estado nutricional de cada paciente foi determinado através do critério de Gomez (1956) para os menores de dois anos, ou Waterlow (1977) para as crianças de 2 a 10 anos.

RESULTADOS: A prevalência de desnutrição foi de 70%(n 49), sendo significativamente maior nos lactentes (44,2%), quando comparados aos pré-escolares e escolares (25,7%).

CONCLUSÕES: A prevalência de desnutrição é elevada em pacientes com CC e compromete mais as crianças menores de dois anos de idade. A avaliação nutricional pode permitir o reconhecimento de pacientes com maior risco de desenvolver desnutrição, auxiliando o planejamento nutricional.

Perfil lipídico de crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade atendidas no ambulatório de pediatria do Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP

Silva CP; Figueiredo AKG; Silva ACS

Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Identificar o perfil lipídico de crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade.

MÉTODOS: Foram avaliadas 25 crianças e adolescentes de ambos os sexos, atendidos no ambulatório de nutrição do Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira (IMIP) com diagnóstico de sobrepeso e obesidade, classificadas através do índice de massa corporal (IMC). O perfil lipídico foi avaliado através do colesterol total, LDL-colesterol, HDL- colesterol e triglicerídeos.

RESULTADOS: A média de 153,9mg/dl de colesterol, 34,7mg/dl de HDL-colesterol, 85,3mg/dl de LDL-colesterol e 109,8mg/dl de triglicerídeos foi encontradas entre os pacientes. O sexo feminino apresentou maior prevalência de hipercolesterolemia do que o masculino.

CONCLUSÕES: Os resultados apontaram a obesidade como fator de risco da hipercolesterolemia. Para assegurar uma infância saudável e evitar futuras doenças cardiovasculares, é preciso que sejam adotadas medidas preventivas o mais precocemente possível.

Freqüência do consumo de leite de vaca e derivados por crianças de 4 a 13 anos do município de Recife

Silva AM; Rosa e Silva JM; Salgado TCB; Gurgel MA

Prefeitura do Recife. Secretaria de Saúde. Diretoria Geral de Atenção à Saúde. Programa Academia da Cidade. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Estimar a influência do consumo de leite de vaca e seus derivados sobre o crescimento e desenvolvimento de crianças de 4 a 13 anos.

MÉTODOS: Estudou-se uma amostra de crianças de 4 a 13 anos (n=51) que participaram de um evento promovido pelas equipes de Nutrição e Educação Física do Programa Academia da Cidade, no período de 11 a 14 de julho de 2005, com dinâmicas, jogos recreativos e atividades de Educação Alimentar. A coleta de dados foi realizada a partir de um questionário de freqüência alimentar, aplicado aos pais ou responsáveis, referente ao consumo de leite e derivados (iogurte, queijo e coalhada). Após a análise qualitativa dos dados, foi realizada uma associação entre o consumo de leite e derivados com os possíveis efeitos dessa ingestão na saúde infantil.

RESULTADOS: De acordo com os resultados obtidos, pôde-se observar que a quantidade de crianças que consumiam o leite diariamente foi de 68,6%, em contrapartida as que não consumiam leite foi de aproximadamente 6% demonstrando que os pais estão mais conscientes da importância do leite pra saúde dos seus filhos, e fazendo com que o habito alimentar da criança se torne mais saudável, no intuito de prevenir males futuros. Em relação aos derivados, o queijo foi o mais consumido por 29,4% das crianças (3 vezes/semana), enquanto o iogurte por 25,5% (2 vezes/semana), não representando, portanto, consumo diário, o que pode demonstrar possível falta de condições financeiras para aquisição de tais produtos e incorporação dos mesmos na dieta das crianças.

CONCLUSÕES: Conclui-se que a dieta alimentar da maioria das crianças estava qualitativamente adequada em relação ao consumo de cálcio, observando-se também a conscientização dos pais e responsáveis em relação à importância que o leite representa para o bom crescimento e desenvolvimento da criança. Os pais das crianças que não consumiam leite diariamente alegaram dificuldades financeiras, recusa das crianças ou mesmo desconhecimento da importância do consumo diário.

Características antropométricas da população de idosas residentes em abrigo geriátrico da cidade do Recife

Bion FM; Burgos MGPA; Santos MC

Universidade Federal de Pernambuco. Departamento de Nutrição. Laboratório de Nutrição Experimental. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Avaliar características antropométricas da população de idosas residentes em abrigo geriátrico da cidade do Recife.

MÉTODOS: A amostra foi composta de 53 mulheres com idade média de 80 anos (50 - 109 anos). As variáveis antropométricas analisadas foram: peso (balança de precisão digital), altura (fita métrica inflexível), Índice de massa corporal (IMC), relação cintura quadril (RCQ) e hemi-envergadura. Os dados obtidos no trabalho foram apurados e agrupados, com apresentação em freqüência simples e percentual, representados em tabela.

RESULTADOS: Em relação ao peso esse teve uma variação de 30 a 90Kg, com um percentual de 54,35 na faixa entre 30 e 40Kg; esse percentual decrescia para 30,44 à medida que o peso ia aumentando, denotando uma diferença de 24%. Em relação à altura, pôde-se observar que 80,43% da amostra ficou entre 1,40 e 1,59m, e a média da hemi-envergadura foi de 80 cm em 89,47% das mulheres estudadas. No IMC, observa-se que 17,39% apresentaram-se desnutridas, com um valor abaixo de 18,5 e 53,31% das idosas entre 80 e 109 anos estavam dentro da normalidade (18,5 a 24,99); entretanto para um IMC maior que 25 encontrou-se um percentual de 29,3 na faixa etária pesquisada. Foi obtido um percentual de 53,85 para idosas entre 80 e 109 anos as quais apresentaram um RCQ médio igual a 0,90m, que é caracterizado como alto risco. Quanto à altura, como era esperado, houve maior proporção entre uma baixa estatura.

CONCLUSÕES: Apesar da maioria das idosas se encontrarem dentro da faixa de normalidade para o IMC, um percentual elevado encontra-se com sobrepeso e com alto risco para doenças cardiovasculares. Esses dados demonstram que os idosos podem ser considerados como grupo de risco para obesidade e suas comorbidades.

Correlação entre a composição química do leite humano e estado nutricional materno

Santos LGC; Silva RP

Hospital Barão de Lucena. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Avaliar o estado nutricional materno e correlacionar com a composição calórica e o percentual lipídico do leite nos primeiros dez dias de lactação (leite de transição).

MÉTODOS: Os dados foram obtidos através de entrevista e avaliação nutricional de 40 lactantes voluntárias, nas quais foram coletados peso, estatura, idade, tipo de parto atual, número de gestações, peso ao nascer da criança, condições do aleitamento e coleta do leite. Foi calculado o índice de massa corporal (IMC) (peso em quilogramas/ quadrado da estatura em metros) materno, e as amostras de leite foram analisadas quanto as calorias totais e o percentual de gordura pelo método do crematócrito no laboratório do Banco de Leite Humano do Hospital Barão de Lucena. O estado nutricional das mulheres foi classificado pelo IMC e utilizados como pontos de corte, < 18,5 = baixo peso, >18,5 a < 25,0 = eutrófico, >25,0 a < 30,0 = sobrepeso e >30,0 = obesidade. O programa estatístico Epi Info, versão 6,04 (CDC, Atlanta) foi utilizado para realizar a dupla entrada de dados, que tiveram como finalidades avaliar a consistência e validação dos resultados. O teste "t" de Student e a análise de variância (ANOVA) foram utilizados para comparar as diferenças entre médias nas análises bivariadas, considerando-se significância estatística valor de p < 0,05.

RESULTADOS: Foi encontrado um IMC médio de 24,62 (eutrófico), média de caloria do leite de 641,89 Kcal/litro (hipercalórico) e percentual de gordura médio de 3,26 %. A análise dos dados indicou uma relação direta entre IMC e valor calórico do leite nas mulheres avaliadas, porém os valores não foram estatisticamente significativos.

CONCLUSÕES: Apesar do tamanho amostral reduzido, esses resultados sugerem a influência do estado nutricional materno no valor calórico e percentual de gordura do leite humano de transição.

Estado nutricional de escolares da rede pública de Maceió, Alagoas, e sua relação com o aproveitamento escolar

Santos CD; Santos LMP; Figueiroa JN; Marroquim PMG; OliveiraI MAA; SilvaI APL

OBJETIVOS: Avaliar a prevalência da anemia ferropriva, do retardo pondo-estatural e sua relação com o rendimento escolar.

MÉTODOS: Estudo transversal com amostra probabilística de estágios múltiplos, envolvendo 420 alunos da 1ª série, do ensino fundamental, nas escolas públicas da área urbana de Maceió, Alagoas, de ambos os sexos, com idades de 6 a 10 anos. O retardo pondo-estatural foi avaliado através dos indicadores Altura/Idade (A/I), Peso/Idade (P/I) e Peso/Altura (P/A), sendo considerados inadequados os valores abaixo de -2,0 DP da referência do NCHS. A dosagem de hemoglobina (Hb) no sangue, colhido pela venipuntura, foi realizada em contador Coulter STKS. O aproveitamento escolar foi avaliado pela repetência e por uma avaliação subjetiva do professor, segundo LEI et al. (1992), que classificava o rendimento em "bom", "regular" e "ruim".

RESULTADOS: Segundo o novo critério da Organização Mundial da Saúde (OMS) para anemia nesta faixa etária (Hb<11,5 g/dL), a doença foi diagnosticada em 10,1% dos escolares. Contudo, 24,5% dos escolares seriam considerados anêmicos pelo ponto de corte tradicional de Hb<12,0 g/dL. As baixas prevalências observadas no retardo pondo-estatural (6,4%, 4,0% e 2,2% para A/I, P/I e P/A, respectivamente) podem estar refletindo a tendência de queda na prevalência da desnutrição em todo o país, especialmente nas áreas urbanas. Os testes de associação entre repetência e indicadores antropométricos abaixo de -2,0 DP e a anemia não se mostraram significativos. Também no caso da avaliação subjetiva essa as sociação não ocorreu.

CONCLUSÕES: Apesar de não se detectar associação com rendimento escolar, a prevalência da anemia revela a gravidade do problema e a necessidade de implementação de amplas medidas de combate às carências nutricionais para que os potenciais máximos de saúde, crescimento e desempenho sejam alcançados pelos escolares.

C.D. Santos.

Faculdade de Saúde. Universidade de Brasília.

Brasília, DF, Brasil.

E-mail: celia-dias@ig.com.br

Avaliação da dieta oferecida aos pré-escolares do núcleo de desenvolvimento infantil da Universidade Federal de Alagoas

Silva MPN; Santos CD

Departamento de Nutrição. Universidade Federal de Alagoas. Maceió, Al, Brasil

OBJETIVOS: Avaliar a qualidade e a adequação nutricional da alimentação oferecida às crianças, na faixa etária de dois a seis anos, matriculadas no Núcleo de Desenvolvimento Infantil da Universidade Federal de Alagoas.

MÉTODOS: Estudo transversal, realizado de novembro a dezembro de 2002 com uma amostra probabilística constituída pelas porções alimentares a serem consumidas por 36 crianças ao dia (12 por refeição), selecionadas aleatoriamente. As porções de alimentos ou preparações foram pesadas em balança eletrônica com capacidade de 15 Kg e sensibilidade de 5 g; os líquidos foram medidos em provetas de 500 mL e 50 mL. O conteúdo nutricional dos alimentos foi obtido por meio de tabelas de composição de alimentos e de medidas caseiras e comparado às recomendações nutricionais do Dietary Reference Intakes (DRIs), 1998. Consideraram-se adequados os valores de energia e nutrientes que alcançaram 45% das recomendações, porque eram servidas, apenas, três refeições diárias (colação, almoço e lanche).

RESULTADOS: O estudo revelou oferta insuficiente de energia, proteína, cálcio, ferro, vitamina A e fibras, provavelmente, em conseqüência da pouca diversidade de alimentos de origem vegetal, da ausência de laticínios e frutas como alimentos do cardápio diário, além do alto índice de rejeição, especialmente do leite (59,3%) e do macarrão (78,6%), seguidos das frutas, biscoitos e saladas de vegetais crus.

CONCLUSÕES: Ficou demonstrada a necessidade do aperfeiçoamento do serviço e monitoramento permanente do programa de atenção nutricional, visando a melhoria da qualidade da alimentação, com ênfase no cumprimento das recomendações dietéticas, promovendo a saúde das crianças atendidas pela referida instituição.

M.P.N. Silva.

Email: celia-dias@ig.com.br

Avaliação do estado nutricional de crianças atendidas em creches e pré-escolas da cidade do Recife, Pernambuco

Silva LB da; Saraiva JM; Silva MZT da; Gehlen V; Biondi KAN

Universidade Federal Rural de Pernambuco - Recife/PE

OBJETIVOS: Apresentar os resultados referentes à alimentação, e à avaliação do estado nutricional das crianças atendidas pelas creches e pré-escolas integrantes do Projeto Trabalhando a Melhoria da Qualidade do Atendimento à Criança de Creches e Pré-escolares da cidade do Recife, Pernambuco.

MÉTODOS: Foram selecionadas 10 instituições de Educação Infantil, aquelas que integravam a Região Político Administrativa Três - da Cidade do Recife - a amostra sendo o total de 247 crianças. Para a coleta de dados utilizaram-se a técnica de entrevista e aplicação de questionário. Foi verificado o peso em balança adequada. Para verificação da altura das crianças até 100cm utilizou-se um antropômetro, posicionando a criança em decúbito dorsal. As crianças maiores foram medidas em pé, com régua vertical. A análise dos dados do grupo de crianças na faixa etária de 0 a 12 meses, em função das características específicas dessa faixa etária, foi realizada separadamente, considerando que apenas três creches atendem crianças na nessa faixa etária.

RESULTADOS: Um percentual de (45%) de crianças na faixa etária entre 0 a 6 meses de idade não mama. Mas há predominância de crianças entre 12 a 18 meses que mamam. Aintrodução de alimentos diferentes do leite é realizada de forma precoce, uma vez que cerca de 30% das crianças na faixa etária entre 0 a 6 meses consomem alimentos iguais aos do adulto. No que diz respeito à avaliação nutricional pode-se observar a predominância da forma crônica de desnutrição na população investigada, cerca de 55% da amostra. No que se refere à desnutrição aguda, ou desnutrição atual, cerca de 20% das crianças são classificadas nessa categoria.

CONCLUSÕES: A predominância de crianças na faixa etária entre 12 a 18 meses que mamam, indica a falta de informações acerca dos benefícios e vantagens do aleitamento materno. Além disso, a introdução de alimentos diferentes do leite é realizada de forma precoce. Os cardápios oferecidos pelas creches/pré-escolas atendem às necessidades nutricionais das crianças em suas respectivas faixas etárias. Deve-se considerar, ainda, a necessidade de se realizar um trabalho educativo junto às famílias, no sentido de se estreitar a relação creche/pré-escola e famílias, com enfoque na alimentação e nutrição da criança. A predominância da forma crônica de desnutrição indica que, durante sua história passaram por um longo período de desnutrição.

L.B. Silva.

E-mail: laurileidebs@yahoo.com.br

Perfil do estado de saúde de crianças atendidas em instituições de educação infantil da Região Política Administrativa 3 da cidade do Recife

Saraiva JM; Silva LB da; Silva MZT da; Gehlen V

Universidade Federal Rural de Pernambuco. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Apresentar os resultados referentes ao estado de saúde das crianças atendidas pelas creches e pré escolas da Região Política Administrativa 3 da Cidade do Recife, integrantes do Projeto Trabalhando a Melhoria da Qualidade do Atendimento à Criança de Creches e Pré-escolares da Cidade do Recife, Pernambuco, contemplando os aspectos: ocorrência de doenças; realização de exames parasitológicos e clínicos; controle de vacinação e tratamento de saúde.

MÉTODOS: Estudo de caso, no qual foram selecionadas 10 instituições de Educação Infantil, que integravam a Região Político Administrativa Três - RPA 3 da Cidade do Recife, das quais constituíram a amostra 247 crianças. Para a coleta de dados foram utilizadas a técnica de entrevista e aplicação de questionário integrando questões abertas e fechadas. Para identificar o perfil de saúde das crianças utilizou-se um formulário, bem como a observação in loco de sintomas e ocorrências de doenças. Para o processamento estatístico dos dados utilizou-se o software Epi Info versão 6.04b.

RESULTADOS: 67,4% das crianças apresentam sinais e sintomas ligados a doenças relacionadas ao aparelho respiratório, 15,6% do aparelho digestivo, 10% com sinais e sintomas de doenças que afetam a pele e anexos, 45% escabiose, 22% anemia, 25% amidalite, 30% otite, 23% pneumonia, 25% desidratação e 30% alergia. É significativo o percentual de crianças que estavam doentes no momento da coleta de dados, uma vez que 69% encontravam-se com infecções respiratórias, 42% apresentaram escabiose, 26% com pediculose, 26% com diarréia e dermatite seborréica. Além disso, cerca de 61% das crianças nunca realizaram exame parasitológico durante sua vida, das que realizaram o exame cerca de 25% apresentaram áscaris lombrigóides, 7% giárdia e 2% oxiúros. As doenças preveníveis por vacinas como: caxumba, sarampo, rubéola e varíola atingiram baixo índice de incidência, variando entre 0,5% e 8%. Dentre os sinais e sintomas mais freqüentes destacam-se diarréia (53%), dor de barriga (50%), falta de apetite (35%), perda de peso (33%), fraqueza (29%), prisão de ventre (21%) e coceira no ânus (19%).

CONCLUSÕES: A ocorrência de doenças nas creches é bastante freqüente. Entretanto, verificando-se um avanço no que diz respeito à vacinação, sendo significativo o percentual de crianças que estavam com a vacinação em dia. Faz-se necessário, desenvolver um trabalho no sentido de se estreitar a relação entre a creche/pré-escola e as famílias, refletindo-se as questões relativas ao papel da creche e da família, conjuntamente, quanto aos aspectos referente à prevenção e tratamento de doenças, através de um trabalho contínuo, sistemático e educativo, para a superação dos problemas levantados a partir desse estudo.

L.B. Silva.

E-mail: laurileidebs@yahoo.com.br

Obesidade e baixa estatura em mulheres moradoras de assentamentos subnormais de Maceió, Alagoas

Florêncio TT; Barros JAN; Rocha JC; Santos TMM; Dias CA; Moura ISC; Barbosa JM

Universidade Federal de Alagoas. Maceió, AL, Brasil

OBJETIVOS: Identificar a prevalência de sobrepeso/obesidade em mulheres de 18 a 60 anos, correlacionando-a com a baixa estatura e a circunferência abdominal de moradores de favelas.

MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional com uma amostragem de 5320 indivíduos, representativos da população de moradores de favelas do município de Maceió, Alagoas, realizado entre 2004-2005. Desse total foi sorteada aleatoriamente uma amostra de 401 mulheres em idade adulta para avaliação do estado nutricional. Foi aplicado um questionário estruturado sobre as condições socioeconômicas e de moradia. Após, os indivíduos foram submetidos à avaliação antropométrica, onde foram obtidos dados de peso e altura para análise do índice de massa corpórea (IMC), utilizando como ponto de corte os padrões da OMS (maior que 25 Kg/m2- sobrepeso/obesidade) e também foi avaliada a circunferência abdominal para analisar os riscos de desenvolvimento de complicações metabólicas; para isso utilizou-se como ponto de corte valor superior a 0,8m. Consideraram-se indivíduos de baixa estatura, os que estiveram no primeiro quartil de estatura, ou seja, os 25% mais baixos (ponto de corte para baixa estatura igual ou inferior a 150 centímetros) em relação à própria população.

RESULTADOS: As mulheres, na maioria chefes de família, vivem em condições habitacionais precárias, sem nenhuma estrutura física ou sanitária. Na avaliação socioeconômica, foi verificada renda per capita de R$ 84,00 e média de filhos de 2,3 por mulher. Do total da amostra, 32,4% apresentaram baixa estatura, dessas 55,6% apresentaram IMC superior a 25 Kg/m2, 35% encontravam-se eutróficas, 12,4% estavam desnutridas e 62,6% apresentaram circunferência abdominal acima de 0,8m. Por outro lado, considerando as mulheres no 4º Quartil de estatura, foi detectado que 38% tinham IMC superior a 25 Kg/m2, 54,1% estavam eutróficas e 7,9% encontraram-se desnutridas e 55,4% apresentaram circunferência abdominal acima de 0,8m.

CONCLUSÕES: Apesar das precárias condições socioeconômicas, a população estudada apresentou um elevado índice de obesidade, principalmente abdominal, associado à baixa estatura, estando mais exposta a desenvolver outras comorbidades como Diabetes Mellitus, hipertensão e aterosclerose.

Avaliação do estado nutricional de crianças matriculadas na creche nucleo de desenvolvimento infantil da Universidade Federal de Alagoas

Barros SA; Melo YAM

Universidade Federal de Alagoas. Maceió, AL, Brasil

OBJETIVOS: Avaliar o estado nutricional de crianças da creche Núcleo de desenvolvimento infantil da Universidade Federal de Alagoas.

MÉTODOS: O estudo foi realizado no período de outubro de 2004 a março de 2005 e se caracterizou por ser de corte transversal. As variáveis estudadas foram: gênero, faixa etária, peso e estatura. Foram utilizados os índices peso para altura, altura para idade e peso para idade. Os resultados, expressos em escore z, utilizando a referência do National Center for Health Statistics (NCHS). A classificação do estado nutricional usada foi a de Barros e Victora (1994).

RESULTADOS: Dentre as 53 crianças avaliadas, 88,3% eram eutróficas, 9,36% desnutridos leves e 2,34% estavam com desnutrição moderada.

CONCLUSÕES: O grande percentual de crianças eutróficas é compatível com as condições socioeconômicas e o nível educacional de seus pais, além do que a creche conta com a atenção de professores e acadêmicos do curso de Nutrição. As crianças que estão abaixo do ponto de corte estabelecido necessitam de intervenção nutricional para garantir o crescimento e desenvolvimento adequados.

S.A. Barros.

Condomínio Aldebaran Alfa, RB, 12.

Maceió, AL, Brasil

Estado nutricional de crianças e adolescentes internados na rede hospitalar pública de Maceió, Alagoas

Barros Luz SA; Passos FJ; Soares FJP; Moreira Júnior FJ; Cruz FCL; Andrade Filho JL; Gameleira KPD; Sá NBF; Almeida VB

Universidade Federal de Alagoas. Maceió, AL, Brasil

OBJETIVOS: Analisar o estado nutricional de crianças e adolescentes internados.

MÉTODO: Estudo de coorte prospectivo de 129 pacientes que estiveram internados em quatro hospitais públicos por mais de sete dias. Compararam-se em escore z os índices peso para idade (P/I), peso para altura (P/A) e altura para idade (A/I), prega cutânea do tríceps (PCT) e área muscular do braço (AMB).

RESULTADOS: A prevalência de desnutrição na admissão e na alta hospitalar foi, segundo os indicadores, P/I ( 60,5% e 59,7%), P/E (44,2% e 45,7%) e E/I (54,3% e 54,2%), respectivamente. A prevalência de déficit de tecido adiposo e da reserva muscular do braço na admissão e na alta foram respectivamente (46,5% e 44,4%) e (DEP leve/ moderada 29,3% e 24,2% e, DEP grave 25,3% e 24,2%).

CONCLUSÕES: A prevalência de desnutrição permaneceu elevada no momento da alta hospitalar. Os responsáveis pela recuperação da saúde da criança hospitalizada devem dar aos aspectos nutricionais a mesma atenção que aos medicamentos.

S.A. Barros Luz.

Condomínio Aldebaran Alfa, RB, 12.

Maceió, AL, Brasil

Terapia nutricional parenteral na Doença de Crohn: relato de caso

Dantas JA; Silva RLS; Galdino GV; Paiva PM; Quirino IVL; Santos ACO

Hospital Universitário Oswaldo Cruz. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Relatar caso clínico de um paciente com Doença de Crohn em Terapia Nutricional Parenteral (TNP).

MÉTODOS: Foi realizado caso clínico de um paciente do sexo feminino, 27 anos, internado em clínica cirúrgica de um Hospital Universitário, com diagnóstico de Doença de Crohn há 5 anos, por um período de 15 dias, evoluindo com desnutrição e quadro clínico de vômito, desconforto abdominal, constipação e suspeita de semi-obstrução intestinal. Os instrumentos utilizados para estudo foram: dados sobre história clínica, exames bioquímicos e avaliação do estado nutricional com acompanhamento diário de peso e aferição de Prega Cutânea Tricipital (PCT) e Circunferência do Braço (CB) no início da terapia nutricional.

RESULTADOS: A paciente iniciou TNP após tentativas com nutrição oral e por sonda, sem êxitos. Apresentou inicialmente, os seguintes parâmetros bioquímicos: Glicemia:212mg/dl, Colesterol Total: 105mg/dl, Trigli-cerídios: 94mg/dl, Uréia: 17,5, Cr: 0,51mg/dl Bilirrubina Total: 0,26mg/dl, Bilirrubina Direta:0,12mg/dl, Bilirrubina Indireta: 0,14mg/dl, Amilase: 56U/l, DHL:406 U/l, NA: 134mEq/L, K: 4,39 mEq/L, MG 2,77 mEq/L, CA: 102 mEq/L, Proteína Total: 7,7g/dl, Albumina: 3,0g/dl, Fosfatase alcalina: 58U/l, Hb: 11g/dl, HT: 34,1%. De acordo com os parâmetros de avaliação nutricional (Peso: 40,15kg/ IMC: 17,2kg/m2/ PCT: 7,7 mm/ CB: 19,3 mm/ AMC: 5,73 cm2) foi diagnosticada desnutrição grave. As necessidades calóricas foram estimadas pelo método prático, utilizando 35kcal/kg/dia (1405 kcal).Do total das calorias estimadas, 17% foi de solução de AA a 10% (60,22g/dia/ 1,5g/kg/dia), 30% de emulsão lipídica a 10% (38,3g/dia/ 0,95g/kg/dia) e 53% de glicose a 50% (218,4g/dia) com um volume de infusão de glicose (VIG) de 3,7mg/kg/min, levando-se em consideração o peso atual. No primeiro dia de terapia foram infundidos 21ml/h de Nutrição Parenteral (NP), equivalendo a 35% das necessidades totais, com a finalidade de prevenir distúrbios metabólicos decorrentes do início da NPT em pacientes desnutridos, evoluindo para as necessidades totais em 72 horas. Até o oitavo dia de TNP contatou-se um ganho de peso de 7kg, o que, clinicamente, estaria relacionado à oferta hídrica promovida pela NP associada ao uso de corticóides. Após esse período, o peso observado foi 43,2kg. Com a remissão da doença, iniciou-se dieta via oral com baixo resíduo proporcional à involução da NPT. Durante os 15 dias de TNP, observou-se ganho ponderal e melhora clínica da paciente.

CONCLUSÕES: A TNP garante a oferta calórica protéica do paciente, desempenhando papel importante na fase aguda da doença inflamatória intestinal, quando a dieta por via oral ou sonda muitas vezes não são viáveis. Quando apropriada, pode restituir a composição corpórea e reverter conseqüências da desnutrição.

Janaina Almeida Dantas.

Rua São Francisco, 108 Ap. 808. Piedade.

Jaboatão dos Guararapes, PE, Brasil.

CEP: 54420-110

Adesão ao tratamento dietoterápico de diabéticos atendidos no Ambulatório de Nutrição em um Hospital Universitário

Galdino GV; Paiva PM; Dantas JA; Santos ACO; Silva RLS; Quirino IVL; Almeida EC; Guimarães NX

Hospital Universitário Oswaldo Cruz. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Avaliar a adesão ao tratamento dietoterápico e sua relação com o Índice de Massa Corporal (IMC), e a glicemia de um grupo de diabéticos atendidos no Ambulatório de Nutrição de um Hospital Universitário.

MÉTODOS: Foi avaliado um grupo composto por 19 diabéticos considerando a adesão a dieta, a qual foi classificada em: boa, regular e ruim, além da glicemia e IMC. Essas informações foram colhidas na primeira e última consulta.

RESULTADOS: Os dados revelaram um percentual de 32% de obesos, 47% sobrepeso e 31% de eutróficos. Evidenciou-se, ainda, uma redução nos níveis glicêmicos em 84% dos pacientes, desses, 86% tinham associação com a redução do peso corporal. Com relação à adesão a dieta, 78% desses indivíduos referiram boa adesão, enquanto 15% e 7% afirmaram adesão regular e ruim, respectivamente. Do total de pacientes, 16% não apresentaram redução dos níveis glicêmicos, estando esses indivíduos inclusos no grupo que referiu menor adesão à dieta.

CONCLUSÕES: Verificou-se, neste grupo de diabéticos, a adesão ao tratamento dietoterápico foi fator determinante ao controle de peso e, conseqüente redução dos níveis glicêmicos, contribuindo, assim, para estabilidade metabólica do organismo.

Sobrepeso e obesidade na infância em pacientes atendidos em um hospital público de Recife

Silva MAS da; Silva CF; Nascimento RC do; Lacerda NC

Hospital Agamenon Magalhães. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Descrever as características de crianças com sobrepeso e obesidade, atendidas no ambulatório de endocrinologia infantil de um hospital público do Recife, 2004.

MÉTODOS: O estudo foi de natureza exploratório-descritiva, com abordagem qualitativa do tipo transversal, utilizando-se prontuários médicos para obtenção dos dados de 43 pacientes, na faixa etária de 3 a 12 anos.

RESULTADOS: A pesquisa mostrou que 55,8% dos pacientes são do sexo masculino, com a idade entre 7 a 12 anos, de procedência da zona urbana. Dos sujeitos do sexo masculino, 62,5% não tinham dieta hipocalórica. Constatou-se que 57,9% do sexo feminino não praticavam atividades físicas. A maioria das crianças investigadas, em ambos os sexos, apresentaram antecedentes familiares de obesidade e de patologias associadas.

CONCLUSÕES: Os resultados deste estudo revelam a necessidade da implementação de políticas públicas sobre o estado nutricional das crianças, e apoio às famílias, estimulando pré-escolares e escolares a participarem de programas de reeducação alimentar, de estímulo às atividades físicas, de controle das patologias predisponentes e agravantes da obesidade, a fim de adquirirem hábitos mais saudáveis que garantam uma melhor qualidade de vida.

M.A.S. Silva.

Av. Conde da Boa Vista, 250 Ap. 901.

Boa Vista, Recife, PE, Brasil. Cep: 50.060-004.

E-mail: monica_lice@yahoo.com.br

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    07 Ago 2006
  • Data do Fascículo
    Maio 2006
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