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Avaliação do uso de fator de transferência na resposta imunológica de pacientes cirúrgicos imunodeprimidos

RESUMO

Objetivo:

avaliar a ação do Fator de Transferência na resposta imunológica de pacientes portadores de neoplasia maligna submetidos à cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

Método:

análise das variações dos valores dos leucócitos, linfócitos totais, linfócitos T e CD4 em 60 pacientes submetidos à imunoestimulação com Fator de Transferência administrado em dose única de 0,5mg por via sublingual, diariamente e iniciada simultaneamente à quimioterapia e/ou radioterapia.

Resultados:

houve um aumento no número de todas as linhagens celulares estudadas que foi mais acentuada após 12 meses de uso da medicação. A análise estatística realizada com o software Graph Pad Instat, testadas pelo método Kolmogorov and Smirnov, mostrou que os resultados foram significativos.

Conclusão:

o Fator de Transferência restabeleceu a resposta imune e não apresentou efeitos colaterais.

Descritores:
Fator de Transferência; Imunidade Celular; Invasividade Neoplásica

ABSTRACT

Objective :

to evaluate the action of Transfer Factor on the immune response of patients with malignant neoplasm submitted to surgery, chemotherapy and radiotherapy.

Method:

we analyzed the variations of leukocytes, total lymphocytes, T-lymphocytes and CD4 counts in 60 patients submitted to immunostimulation with a single, daily dose of 0.5mg sublingual Transfer Factor, started simultaneously with chemotherapy and/or radiotherapy.

Results:

there were statistically significant increases in the counts of all cell lines studied, more pronounced after 12 months of use of the medication.

Conclusion:

the Transfer Factor restored immune response and showed no side effects.

Keywords:
Transfer Factor; Immunity, Cellular; Neoplasm Invasiveness

INTRODUÇÃO

Descoberto por Henry Sherwood Lawrence, em 1955, o Fator de Transferência (FT) é um extrato obtido de células esplênicas de vitelo, constando de um polipeptídio conjugado com peso molecular em torno de 6.000 Daltons e estrutura semelhante ao RNA11 Al-Askari S. Henry Sherwood Lawrence. In: Biographical Memoirs. Washington, D.C.: National Academy of Sciences; 2009. p. 237-55.

2 Gibson J, Basten A, Van Der Brink C. Clinical use of transfer factor 25 years. Immunol Allergy Clin N A. 1983;3(2):331-57.
-33 Kirkpatrick CH. Therapeutic potential of transfer factor. N Engl J Med. 1980;303(7):390-1.. O FT tem uma importante função estimuladora do sistema imune promovendo a maturação e diferenciação dos timócitos em linfócitos T; a restauração das funções dos linfócitos periféricos com deficiência funcional; a recuperação da imunidade humoral através da diferenciação dos linfócitos B, formando plasmócitos e sintetizando anticorpos humorais específicos; o aumento da capacidade de rejeição de enxertos alogênicos; a ativação “in vitro” dos linfócitos T através da ação citotóxica, da produção de linfocinas e do aumento da atividade do sistema mononuclear fagocítico (SRE). Quando administrado oralmente estabelece um contato direto com as placas de Peyer’s e com os linfonodos, onde exerce uma ação eletiva sobre os linfócitos e as células apresentadoras de antígenos. As enzimas digestivas e o ácido clorídrico não influenciam a sua estabilidade22 Gibson J, Basten A, Van Der Brink C. Clinical use of transfer factor 25 years. Immunol Allergy Clin N A. 1983;3(2):331-57.

3 Kirkpatrick CH. Therapeutic potential of transfer factor. N Engl J Med. 1980;303(7):390-1.
-44 Cosme K, González M, Gorovaya L, Soria Y, Barcelona S, Quintana M, et al. Determinación de la actividad biológica in vivo del Factor de Transferencia. Técnica alternativa. Biotecnol Apl. 2001;18( Espec.):E16..

A primeira evidência de que o câncer surge devido às alterações genéticas somáticas veio de estudos de linfoma de Burkitt44 Cosme K, González M, Gorovaya L, Soria Y, Barcelona S, Quintana M, et al. Determinación de la actividad biológica in vivo del Factor de Transferencia. Técnica alternativa. Biotecnol Apl. 2001;18( Espec.):E16.. A partir de então várias doenças malignas foram associadas com os oncogens, surgindo a possibilidade da utilização de imunomoduladores como tratamento complementar à cirurgia, quimioterapia e radioterapia55 Croce CM. Oncogenes and cancer. N Engl J Med. 2008;358(5):502-11.

6 Cook JA, Taylor D, Cohen C, Hoffmann EO, Rodrigue J, Malshet V, et al. Evaluation of effector cells mediating the antitumor action of glucan. J Reticuloendothel Soc. 1977;22(1):21-34.

7 Diluzio NR. Macrophage glucan-activated macrophages and neoplasia. In: Altura BM, Saba TM, editors. Pathophysiology of the reticuloendothelial system. New York: Raven Press; 1981. p. 209-24.

8 Feng H, Shuda M, Chang Y, Moore PS. Clonal integration of a polyomavirus in human Merkel cell carcinoma. Science. 2008;319(5866):1096-100.

9 Mantovani A, Allavena P, Sica A, Balkwill F. Cancer-related inflammation. Nature. 2008;454(7203):436-44.
-1010 Garritano CRO, Gomes JCG, Pimenteira CAP. ß1-3 Glucan no tratamento do câncer de intestino. J Bras Med. 2010;98(4):22-4.. Os melhores resultados do tratamento da doença neoplásica são alcançados quando se consegue a redução da carga tumoral através da cirurgia, complementada pela quimioterapia e radioterapia. No entanto estes procedimentos afetam o sistema imune, e mesmo sendo de forma temporária, acaba influenciando os respectivos esquemas terapêuticos, que algumas vezes tem que ser interrompidos devido ao baixo número de leucócitos, linfócitos e aos efeitos colaterais importantes resultantes do comprometimento da resposta imune. Os agentes imunoestimuladores têm contribuído para evitar ou minimizar estes danos colaterais, entre eles o FT, que foi usado pela primeira vez no tratamento de câncer por Fudenberg et al.1111 Levine PH, Pizza G, Ajmera K, De Vinci C, Viza D. Transfer factor in virus-associated malignancies: an underestimated weapon in prevention and treatment of cancer. Adv Tumor Virol. 2002;2:7-20., em 1976, e que também passou a ser utilizado no tratamento de doenças não neoplásicas22 Gibson J, Basten A, Van Der Brink C. Clinical use of transfer factor 25 years. Immunol Allergy Clin N A. 1983;3(2):331-57.,33 Kirkpatrick CH. Therapeutic potential of transfer factor. N Engl J Med. 1980;303(7):390-1.,1111 Levine PH, Pizza G, Ajmera K, De Vinci C, Viza D. Transfer factor in virus-associated malignancies: an underestimated weapon in prevention and treatment of cancer. Adv Tumor Virol. 2002;2:7-20..

MÉTODOS

Trabalho realizado no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO, em 60 pacientes, de ambos os sexos, com idade superior a 30 anos, portadores de neoplasia maligna comprovada por exame histopatológico de peça cirúrgica, submetidos à quimioterapia (QT) e/ou radioterapia (RT) pós-cirurgia, acompanhados por 12 meses ambulatorialmente. A imunoestimulação foi feita com Fator de Transferência fornecido pelo Laboratório de Extratos Alergênicos Ltda. registrado no Ministério da Saúde com o número 1729.0011.001-4. A substância foi administrada em dose única de 0,5mg por via sublingual, diariamente, e iniciada simultaneamente à quimioterapia e/ou radioterapia. Todos os pacientes foram submetidos à avaliação imunológica antes de iniciar o tratamento, através de exames laboratoriais (contagem de leucócitos, linfócitos totais, linfócitos T e da subpopulação de linfócitos CD4), que foram repetidos após seis e 12 meses do início da terapia. Foi feita a comparação dos resultados dos exames de antes do início do tratamento com os realizados seis e 12 meses de uso da medicação.

Os resultados são apresentados como média e ± desvio padrão. A análise dos dados foi realizada através de tabelas e gráficos com a utilização do software Microsft Office Excell 7®. Para a análise estatística utilizamos o software Graph Pad Instat versão 3.0, San Diego Califórnia® e, para efeito de interpretação, o limite de erro tipo I foi até 5% (p≤0,05). As variáveis foram testadas pelo método Kolmogorov and Smirnov (KS), a inferência pelo teste de Wilcoxon para amostras não paramétricas e teste “t” de Student para amostras paramétricas.

O estudo foi apreciado e aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa de acordo com a Resolução 196/96.

RESULTADOS

Na análise estatística todas as amostras avaliadas apresentaram uma distribuição normal pelo método Kolmogorov and Smirnov (KS). As características dos pacientes analisados estão contidas na tabela 1.

Tabela 1
Distribuição das variáveis do estudo pelo número de mulheres incluídas (n=2273) .

Em relação à contagem de leucócitos totais 39 (65%) pacientes apresentaram uma elevação nos valores em seis meses e 50 (83,3%) em 12 meses na comparação com o resultado de antes do início da terapia. Este aumento variou de 1,9% a 103% em seis meses e de 2,1% a 170% em 12 meses. Observou-se que dos 21 casos (35%) que tiveram redução dos valores dos leucócitos em seis meses, 18 (85,7%) conseguiram se recuperar em 12 meses, sendo que 12 (57,1%) alcançaram taxas superiores às do inicio do tratamento.

A contagem de linfócitos totais teve uma elevação em seis meses em 40 (66,7%) pacientes e em 48 (80%) casos em 12 meses. Este aumento variou de 1,5% a 85% em seis meses e de 0,2% a 137,7% em 12 meses. Dos 20 casos (33,3%) que tiveram redução dos valores dos linfócitos em seis meses, 16 (80%) conseguiram se recuperar em 12 meses, sendo que 13 (65%) apresentaram valores maiores do que aos encontrados no início do tratamento.

Analisando as médias dos valores de leucócitos da amostra, observou-se um aumento de 5,6% quando se compara as taxas de antes do início do tratamento com os de após seis meses; de 20,1% entre as do pré-tratamento e 12 meses, e de 12,4% entre seis e 12 meses de tratamento. Em relação às médias de linfócitos totais este aumento foi de 5%, 24,8% e 14,9%, respectivamente. A análise estatística destas variações se mostrou muito significativa (Tabela 2).

Tabela 2
Variações dos valores dos leucócitos e linfócitos.

A análise dos linfócitos T evidenciou que 38 (63,3%) pacientes apresentaram uma elevação nos valores em seis meses e 46 (76,7%) em 12 meses na comparação com o resultado de antes do início da terapia. Este aumento variou de 0,4% a 320% em seis meses e de 0,5% a 160% em 12 meses. Observou-se que dos 22 casos (36,7%) que tiveram redução na contagem de linfócitos T em seis meses, 17 (77,3%) conseguiram se recuperar em 12 meses, sendo que 11 (64,7%) alcançaram taxas superiores às do início do tratamento.

Na avaliação da subpopulação de linfócitos CD4 também ocorreu uma elevação, sendo em 35 (58,3%) casos quando se compara antes do tratamento e seis meses e em 51 (85%) casos comparando-se os valores de antes do tratamento e após12 meses. Este aumento variou de 0,6% a 162,1% em seis meses e de 0,5% a 337,1% em 12 meses. Observou-se que dos 25 casos (41,7%) que tiveram redução dos valores da subpopulação CD4 em seis meses, 19 (76%) conseguiram se recuperar em 12 meses, sendo que 16 (84,2%) conseguiram obter taxas superiores às do início do tratamento.

Ao avaliarmos as médias de linfócitos T da amostra, observa-se uma elevação de 8,8% quando se compara os valores de antes do início do tratamento com os de após seis meses; de 33,4% entre pré-tratamento e 12 meses, e de 15,6% entre seis e 12 meses de tratamento. O mesmo aconteceu em relação à subpopulação CD4 com um aumento de 5,5%, 20,6% e de 19%, respectivamente. A análise estatística destas variações se mostrou muito significativa (Tabela 3).

Tabela 3
Variações dos valores dos linfócitos T e CD4.

Ao avaliarmos as médias dos resultados dos exames no período estudado, observou-se que em todas elas houve uma elevação dos valores, que foi mais expressiva com 12 meses de tratamento, como mostra a figura 1.

Figura 1
Comparação dos resultados dos exames realizados.

DISCUSSÃO

Uma resposta imunológica deficiente favorece o aparecimento de várias doenças de origem viral, bacteriana e neoplásica. Em relação ao câncer isto se torna mais grave porque o próprio tumor, assim como o uso de QT, RT e corticoides também afetam o sistema imune acentuando ainda mais a imunossupressão. Vários imunomoduladores tem sido usados para reverter esta situação com o objetivo não só de melhorar a resposta imunológica, minimizando os efeitos colaterais da QT e RT, mas de permitir que os esquemas utilizados não sejam interrompidos, o que compromete os resultados dos tratamentos1010 Garritano CRO, Gomes JCG, Pimenteira CAP. ß1-3 Glucan no tratamento do câncer de intestino. J Bras Med. 2010;98(4):22-4.

11 Levine PH, Pizza G, Ajmera K, De Vinci C, Viza D. Transfer factor in virus-associated malignancies: an underestimated weapon in prevention and treatment of cancer. Adv Tumor Virol. 2002;2:7-20.

12 Souza CA, Vigorito AC, Aranha FJP, Oliveira GB, Eid KAB, Ruiz MA. Terapêutica citoprotetora em pacientes tratados com quimio e/ou radioterapia anti neoplásica. Rev Bras Hematol.Hemoter. 2000;22(2):123-8.

13 Patchen ML, MacVittie TJ, Souza LM. Postirradiation treatment with granulocyte colony-stimulating factor and preirradiation WR-2721 administration synergize to enhance hemopoietic reconstitution and increase survival. Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1992;22(4):773-9.

14 De Souza CA, Santini G, Marino G, Nati S, Congiu AM, Vigorito AC, et al. Amifostine (WR-2712), a cytoprotective agent during high-dose cyclophosphamide treatment of non-Hodgkin's lymphomas: a phase II study. Braz J Med Biol Res. 2000;33(7):791-8.

15 Gattinoni L, Powell DJ Jr, Rosenberg SA, Restifo NP. Adoptive immunotherapy for cancer: building on success. Nat Rev Immunol. 2006;6(5):383-93.

16 Rosenberg SA, Restifo NP, Yang JC, Morgan RA, Dudley ME. Adoptive cell transfer: a clinical path to effective cancer immunotherapy. Nat Rev Cancer. 2008;8(4)299-308.

17 Guinn BA, Kasahara N, Farzaneh F, Habib NA, Norris JS, Deisseroth, AB. Recent advances and current challenges in tumor immunology and immunotherapy. Mol Ther. 2007;15(6):1065-71.

18 Morgan RA, Dudley ME, Wunderlich JR, Hughes MS, Yang JC, Sherry RM, et al. Cancer regression in patients after transfer of genetically engineered lymphocytes. Science. 2006;314(5796):126-9.

19 Ribeiro-Santos G. Quimioterapia do câncer: imunossupressão x imunoestimulação. Rev Inter Toxicol Risco Ambiental Soc. 2009;2(3):51-4.
-2020 Yoon TJ, Kim TJ, Lee H, Shin KS, Yun YP, Moon WK, et al. Anti-tumor metastatic activity of beta-glucan purified from mutated Saccharomyces cereviase. Int Immunoparmacol. 2008;8(1):36-42..

Os linfócitos e suas subclasses T são fundamentais para a resposta imune, especialmente quando se trata de tumores sólidos, e desta forma os trabalhos que visam ao combate a este tipo de tumor tem o objetivo de torná-los ativos e competentes1616 Rosenberg SA, Restifo NP, Yang JC, Morgan RA, Dudley ME. Adoptive cell transfer: a clinical path to effective cancer immunotherapy. Nat Rev Cancer. 2008;8(4)299-308.,1717 Guinn BA, Kasahara N, Farzaneh F, Habib NA, Norris JS, Deisseroth, AB. Recent advances and current challenges in tumor immunology and immunotherapy. Mol Ther. 2007;15(6):1065-71.,1919 Ribeiro-Santos G. Quimioterapia do câncer: imunossupressão x imunoestimulação. Rev Inter Toxicol Risco Ambiental Soc. 2009;2(3):51-4.,2020 Yoon TJ, Kim TJ, Lee H, Shin KS, Yun YP, Moon WK, et al. Anti-tumor metastatic activity of beta-glucan purified from mutated Saccharomyces cereviase. Int Immunoparmacol. 2008;8(1):36-42.. Neste trabalho observamos que os linfócitos totais assim como as suas subclasses apresentaram uma elevação dos valores, que foi mais acentuada com o uso do FT por 12 meses, e mesmo nos casos em que ocorreu redução das taxas nos primeiros seis meses de tratamento, estas foram recuperadas após 12 meses. A melhor resposta foi evidenciada pela subpopulação de linfócitos CD4, com um aumento de 80% ao final do estudo, sendo que entre os que tiveram uma diminuição inicial, 76% deles apresentaram uma elevação com 12 meses de tratamento.

Procuramos também analisar o efeito do FT sobre os leucócitos totais, e também observamos que houve um aumento dos valores em 83,3% dos casos com 12 meses de terapia e, igualmente aos linfócitos, naqueles em que se observou uma redução inicial, 85,7% apresentaram elevação das taxas após 12 meses de uso do FT.

Concluímos, assim, que o FT promoveu a ativação de leucócitos, linfócitos totais e suas subclasses, acarretando um estímulo da resposta imune, principalmente quando utilizado por um período de 12 meses.

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  • Fonte de financiamento:

    nenhuma.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Sep-Oct 2017

Histórico

  • Recebido
    16 Mar 2017
  • Aceito
    01 Jun 2017
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