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Aspectos psicossociais no cotidiano dos hipertensos: um estudo sobre a descontinuidade do tratamento em pacientes pertencentes ao programa para controle da hipertensão arterial

RESUMOS DE TESES E DISERTAÇÕES

Aspectos psicossociais no cotidiano dos hipertensos: um estudo sobre a descontinuidade do tratamento em pacientes pertencentes ao programa para controle da hipertensão arterial

Nágela Valadão Cade

CADE, Nágela Valadão. Aspectos Psicossociais no Cotidiano dos Hipertensos: Um Estudo sobre a descontinuidade do tratamento em pacientes pertencentes ao programa para controle da hipertensão arterial. - Universidade Federal Do Espírito Santo. Vitória - ES.

A literatura tem abordado sobre a existência da baixa aderência ao tratamento farmacológico e não farmacológico para a hipertensão devido dificuldade dos indivíduos adquirirem e/ou manterem comportamentos voltados para seu controle. Baseado nesse fato objetivou-se levantar os aspectos psicossociais presentes na descontinuação do tratamento, por entender que estes interferem nos comportamentos emitidos considerando a característica interativa do ser humano com seu meio ambiente. É um estudo exploratório, no qual foram entrevistados 30 sujeitos que deixaram de comparecer ao Programa para Controle da Hipertensão Arterial (PCHA) desenvolvido no Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes, em Vitória, E.S. e seis sujeitos que continuavam freqüentando-o. Os dados foram analisados pelo método de análise de conteúdo, utilizando categorias não definidas a priori. A análise comprendeu a caracterização pessoa! e familiar dos sujeitos; a concepção de saúde e doença; conhecimento sobre a condição de ser hipertenso; a emissão de comportamentos de saúde voltados para a hipertensão, a expectativa ao atendimento médico e de enfermagem, e os motivos do não comparecimento ao PCHA. Os resultados e a concepção de saúde-doença e as práticas realizadas para o controle da hipertensão estão de acordo com as condições que permeiam a vida dos sujeitos e com a forma de enfrentá-las, diferindo do pensamento dos profissionais de saúde. Constatou-se que fatores psicossociais como a concepção de saúde e de doença; as expectativas frente a saúde e aos profissionais; a motivação para a realização dos comportamentos de saúde; os problemas do cotidiano; a forma de enfrentá-los e toda a carga afetiva que acompanha estes fatores, constituem-se em condições de risco para a hipertensão, a partir do momento em que determinam os comportamentos que se relacionam diretamente com esta doença, bem como a forma que os sujeitos a enfrentam. Desta forma, sugere-se que a terapêutica dos portadores de afecções crônicas, aqui representada pela hipertensão, deva voltar-se para um processo educativo, que se comprometa com as problemáticas que surgem a partir dos sujeitos.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    12 Dez 2014
  • Data do Fascículo
    Mar 1997
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