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Ceticismo sobre a Filosofia Latino-Americana

Resumo

Uma longa e variada história de afirmações sobre a natureza da filosofia latino-americana invariavelmente apresenta reivindicações normativas sobre suas deficiências em virtudes como originalidade, autenticidade, peculiaridade e reconhecimento interno ou externo. Como argumentado neste artigo, o que fazer desse ceticismo metafilosófico depende da semântica do termo ambíguo 'filosofia latino-americana'. Quando interpretada como um ramo distinto da filosofia aplicada, da forma como propus em alguns dos meus trabalhos anteriores (2002, 2020), não há boas razões para o ceticismo em relação a esse tipo de filosofia. Por outro lado, existem boas razões para o ceticismo quando interpretado de maneira universalista, como proposto, por exemplo, pelo filósofo venezuelano da ciência Carlos Ulises Moulines (2010). Uma vez que cada uma dessas interpretações captura o que os falantes comumente podem querer dizer com 'filosofia latino-americana', a questão sobre a qualidade da área de filosofia designada por esse termo é contingente ao que queremos dizer. Ao argumentar em favor dessa conclusão, este artigo descarta algumas alternativas universalistas e distintivistas.

Palavras-chave:
Ceticismo; Filosofia Latino-americana; Filosofia; Metafilosófico

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