Resumo
O artigo almeja discutir os labores profissionais de mulheres na imprensa do século XIX, no Rio de Janeiro, especialmente o caso de Júlia de Albuquerque Sandy Aguiar. Dentro das epistemologias feministas, buscamos elencar a constituição de desigualdades e hierarquias que excluiu as mulheres do acesso igualitário ao universo impresso, isto é, trabalhadoras dos quadros pessoais dos jornais e com remuneração adequada. Como em meados do século isso foi impossível, a saída encontrada foi a criação de seus próprios jornais, em que temas relacionados a suas reivindicações despontam como centrais, seguido a uma busca por valorização e remuneração adequadas. Utilizamos como fonte o jornal Bello Sexo, publicado em 1862, para guiar nossas conclusões, uma vez que nele é possível constatar uma série de questões relacionadas às dificuldades no trabalho jornalístico para mulheres.
Palavras-chave
Mulheres Intelectuais; Imprensa; Gênero; Século XIX;
Bello Sexo