Abstract in Portuguese:
No contexto da Metafísica Medieval, a «beleza» foi pensada como um conceito ambíguo: ora atribuído a Deus, ora atribuído ao Mundo. O propósito deste artigo é clarificar o sentido desta ambiguidade no âmbito da filosofia do Pseudo-Dionísio Areopagita. Se, portanto, o conceito de «beleza» é, em primeiro lugar, despojado do seu carácter sensível e mundano, para ser apropriado à natureza divina, ele é, num segundo momento, aposto à própria criação, de forma a designar a manifestação visível da beleza transcendente e o chamamento vital para a perscrutação teológica.Abstract in English:
In the scope of Medieval Metaphysics, «beauty» has been pondered as an ambiguous concept: either attributed to God, or to the World. The aim of this article is to clarify the meaning of this ambiguity within the philosophy of the Pseudo-Dionysius the Areopagite. If, therefore, the concept of «beauty» is primarily withdrawn from its sensible and mundane feature in order to be appropriated to the divine nature, it is secondly apposed to creation itself so that it may designate the visible manifestation of transcendent beauty and vital call to theological pursuit.Abstract in Portuguese:
Nos termos rousseaunianos, a questão fundamental sobre o que devemos fazer coletivamente (ou seja, o problema da decisão coletiva) se traduz como a questão sobre como podemos conhecer a vontade geral. Só podemos responder adequadamente a essa questão, porém, se prestarmos atenção a uma duplicidade importante no conceito de vontade geral. Rousseau usa a mesma expressão para se referir a duas coisas diferentes: às próprias decisões coletivas, consubstanciadas nas leis (a vg-decisão), e ao padrão do bem comum, em certo sentido anterior e independente das decisões coletivas, servindo como referência para elas (a vg-padrão). A questão genérica sobre como podemos vir a conhecer a vontade geral, portanto, deve ser desdobrada em duas: Como podemos vir a conhecer a vg-decisão? e Como podemos vir a conhecer a vg-padrão? Este artigo pretende identificar os elementos centrais da resposta de Rousseau a essas duas questões, elementos esses que permitem discutir sobre o sentido da concepção rousseauniana de democracia.Abstract in English:
In rousseauian terms, the fundamental question about what we should collectively do (i.e., the problem of collective decision-making) translates itself as the question about how we could know what the general will is. This question, however, can only be adequately answered if we consider that "general will" has a double meaning. Rousseau uses the same expression to refer to two quite different things: to the collective decisions themselves consubstantiated in the law ("gw-as a decision") and to the common good as a pattern which, in a way, exists before and independently of the decisions, functioning as a reference to the decision-making procedure ("gw-as a pattern"). The general question about how could we know what the general will is, then, should be split into two: How can we get to know the gw-as a decision? and How can we get to know the gw-as a pattern? This article intends to identify the central elements of Rousseau's answer to this two questions, which throw an interesting light on the rousseauian conception of democracy.Abstract in Portuguese:
Neste ensaio proponho-me identificar alguns aspectos peculiares da problematização kantiana da experiência estética, assinalando as suas tensões e os equilíbrios que a sustentam e mostrar que a sua fecundidade especulativa não se esgota no aproveitamento que a geração póskantiana (do Classicismo, Romantismo e Idealismo) fez de alguns dos seus elementos, mas continua a revelar-se na redescoberta que, nas últimas décadas, dela vem sendo feita e cujo alcance se tem provado na capacidade que oferece para revitalizar os debates actuais acerca dos problemas estéticos. Tento mostrar, nomeadamente, que a meditação kantiana representa um singular momento de equilíbrio instável entre dois regimes de pensamento estético: um, que gira em torno da categoria do gosto (Geschmack), entendido como um senso comum estético que invoca uma preocupação social e comunitária, o outro, que gira em torno da categoria do génio (Genie) e do pressuposto do carácter absoluto da individualidade e subjectividade criadora; um, que reabilita a sensibilidade humana (Sinnlichkeit) e as qualidades sensíveis dos objectos enquanto contempladas e apreciadas pelo sujeito, o outro, centrado na categoria do sentimento íntimo (Gefühl), entendido como algo inalienável e como o irredutivelmente subjectivo da vivência individual.Abstract in English:
The aim of this essay is to identify some peculiar aspects of Kant's treatment of aesthetic sentiment, showing his tensions and balances and also his fecundity to the actual philosophical debate concerning aesthetic problems. I try to demonstrate that Kant's meditation represents a singular moment of instable equilibrium between two different paradigms of aesthetic thought: one, that turns on the category of taste (Geschmack), understood as an aesthetic common sense that invokes a social and communitarian preoccupation, the other, that turns on the category of genius (Genie) and assumes the presupposition of the absolute character of the individual subjectivity as source of creativity; one, that rehabilitate the human sensibility (Sinnlichkeit) and the sensible qualities of objects as contemplated or appreciated by the subject, the other, based on the idea of inner sentiment (Gefühl), considered as something inalienable and as the absolutely subjective dimension of individual experience.Abstract in Portuguese:
No direito real, Kant investiga a propriedade privada de uma substância (o solo e os objetos localizados nele). No estado de natureza, somente ocorre a posse física ou empírica de um objeto externo, a partir do postulado jurídico da razão prática como uma lei permissiva, pois, do contrário, as coisas utilizáveis seriam em-si ou res nullius, mas a posse jurídica ou inteligível depende da posse comum originária do solo (que não se confunde com o comunismo primitivo), para evitar que a propriedade seja uma relação entre pessoas e coisas, como acontece na teoria do trabalho, porque todo direito exige um dever correspondente. Todavia, coisas não podem ter deveres com relação a pessoas, condição seguida da vontade unilateral do primeiro ocupante de querer o objeto e do advento de uma vontade unificada a priori do provo, que só se torna efetiva no estado civil, a única capaz de gerar uma obrigação recíproca entre todos; por isso, a posse inteligível somente é possível no estado civil, embora a posse empírica do estado de natureza tenha a presunção de tornar-se jurídica, quando ocorrer a entrada no estado jurídico e vale por comparação na espera e preparação daquele estado.Abstract in English:
In real right, Kant investigates the private property of a substance (the soil and the objects on it). In the state of nature the physical or empirical possession of an external object only occurs based on the juridical postulate of the practical reason as a permissive law; otherwise, usable things would be in themselves, or res nullius, but the juridical or intelligible possession depends on the common possession which originates from the soil (and cannot be confounded with primitive communism), to avoid the property to be a relation among people and things, such as what happens in the work theory, because all rights demand a correlated duty, but things cannot have duties towards people, followed by the first occupant's unilateral will to want the object and the advent of an a priori unified will of the people, which only becomes effective in the civil state, the one that is able to generate a reciprocal obligation among all; that is why the intelligible possession is only possible in the civil state, even though the empirical possession of the state of nature has the presumption to become juridical when the entrance in the juridical state occurs and serves by comparison in the wait and preparation of that state.Abstract in Portuguese:
Este artigo busca pensar os juízos estéticos da Terceira crítica de Kant, em relação aos discursos sobre a arte moderna. Propomos, de maneira didática, relacionar tais juízos kantianos à utopia da modernidade e às suas consequências (e críticas) contemporâneas. Não tencionamos, porém, fazer uma análise pormenorizada do pensamento de Kant, propriamente, mas expor as várias glosas que este recebeu, ao inaugurar um outro espaço para a Estética, principalmente no que se refere à arena comunitária na qual se agenciam os juízos e que torna possível uma arte ao mesmo tempo universal e sem regras fixas. Mais do que pensar a arte como "livre jogo", ou como "bela" e como "finalidade sem fim", pontos nodais da crítica de Kant, sem dúvida, interessa-nos investigar a perspectiva autorreflexiva que os juízos estéticos permitem. A interpretação do objeto-arte moderno não seria, em última instância, o exercício comunitário de um juízo?Abstract in English:
This article aims to show the aesthetic judgments of the Third critique of Kant in relation to the discourses on modern art. In didactic manner, we propose to show the relationship between the Kantians judgments and the artistic modernity, its development and its contemporary criticism. We do not propose, however, a detailed analysis of Kant's philosophy, but expose the various interpretations which this philosophy received when it opened another space for Aesthetic. This article does not show art as "free play" or as "beautiful" and as "finality without end", but investigates the autoreflexivity of the aesthetic judgments. The interpretation of the modern art could be, ultimately, an exercise of communal judgments?Abstract in Portuguese:
A história da relação equívoca entre Nietzsche e Wagner revela as dimensões de sua frágil tensão, se considerada segundo os elementos com base nos quais ambos conceberam o problema da cultura e sua renovação como missão política e teórica. O presente artigo pretende, a partir da leitura de documentos testemunhais, sublinhar a distância ideológica que o filólogo e o compositor, estrategicamente, tiveram de ignorar. Mostram-se, através desta análise, as diferenças normalmente pouco abordadas entre os projetos de reforma da cultura elaborados pelos dois autores - tanto no que se refere à atuação política, quanto no que diz respeito a uma visão de mundo.Abstract in English:
The history of the ambiguous relationship between Nietzsche and Wagner reveals all dimensions of this fragile tension when considered accordingly to the elements from which both considered the problem of culture and its renewal as political and theoretic mission. This paper intends, by reading some testimonial documents, to stress the ideological distance that both the philologist and the composer, strategically, had to ignore. The differences between their culture reform projects can, through this analysis, be demonstrated - with regards to political acting as well as to a worldview.Abstract in Portuguese:
As palavras que se seguem constituem uma tentativa de explorar os diversos sentidos que revestem a figura do «com» [mit], tal como surge configurada ao longo dos §§ 25-27 de Sein und Zeit. Escutaremos atentamente aquilo que Heidegger tem a dizer a respeito da necessária determinação do ser-no-mundo [in-der-Welt-sein] como ser-com [Mitsein] e veremos, depois, em que medida a sua analítica existencial faz (ou não) depender a constituição do ser-si-mesmo [Selbstsein] da figura do outro. Por último, e em jeito de conclusão, tentaremos mostrar como Heidegger articula a interrogação pela ipseidade ou pelo «quem?» [Wer?] do ser-aí quotidiano [alltägliche Dasein], com uma breve reflexão acerca da inautenticidade [Uneigentlichkeit] fáctica em que o mesmo muitas vezes parece soçobrar. Será então, estamos em crer, o momento apropriado para debatermos o significado da controversa noção heideggeriana de «eles» [das Man], aproveitando também o ensejo para lançarmos a questão relativa à responsabilidade (ética?) do Dasein. Metodologicamente, contornaremos (sempre que possível) os tradicionais comentários a respeito das infinitas modalidades alternativas de tradução do jargão filosófico heideggeriano.Abstract in English:
The words that follow are an attempt to explore the various meanings that overlay the figure of the «with» [mit], such as it comes configured along the §§ 25-27 of Sein und Zeit. We will listen carefully to what Heidegger has to say about the necessary determination of the being-in-theworld [in-der-Welt-sein] as being-with [Mitsein], and see, then, to what extent does his existential analytic forces (or doesn't) the constitution of the being-one's-self [Selbstsein] to depend upon the figure of the other. Finally, and in conclusion, we will try to show how Heidegger articulates the question about the selfhood or about the «who?» [Wer?] of the everyday being-there [alltägliche Dasein] with a brief reflexion about the factical inauthenticity [Uneigentlichkeit] in which it often seems to sink. It will then be, we believe, the appropriate moment to discuss the meaning of the controversial Heideggerian notion of the «they» [das Man], also taking advantage of the opportunity to launch the question of the (ethical?) responsibility of the Dasein. In terms of method, we'll avoid (whenever possible) the traditional comments about the endless alternative ways of translating Heidegger's philosophical jargon.Abstract in Portuguese:
O objetivo do artigo é discutir a crítica de Philonenko (1981) aos conceitos sartrianos de "má-fé" e "liberdade". Um dos pilares dessa crítica é a defesa da noção de "coerência do estilo", elemento indispensável para resguardar a autenticidade tão prezada por Sartre, segundo Philonenko. Contudo, continua este último, ao afirmar "eu não sou jamais nenhuma de minhas condutas, nenhuma de minhas atitudes", Sartre limita a liberdade por ele defendida ao horizonte de uma maliciosa dissimulação, quer dizer, da má-fé. Nós constatamos três imprecisões nessa crítica. Em primeiro lugar, a citada afirmação de Sartre foi mal interpretada. Mas, em segundo, se essa interpretação está correta, supondo que o estilo seja indispensável à autenticidade, ainda assim a liberdade sartriana não pode ser "para o mal", pois ela se caracteriza, em termos ontológicos, como o próprio ser da realidade humana "em situação", e não em termos morais, como uma propriedade dessa realidade, cristalizada por um olhar atento sobre si ou sobre o outro, e julgada como boa ou má. Por fim, queremos concluir que, numa possível conduta autêntica, a derrocada da má-fé não apenas prescinde do amparo a uma coerência do estilo como também pressupõe o reconhecimento angustiante de sua gratuidade.Abstract in English:
The aim of this paper is to discuss the Philonenko's criticism (1981) to the sartrian's concepts of "bad-faith" and "freedom". One of the pillars of this criticism is to defend the notion of "coherence of style", an indispensable element to safeguard the authenticity so relevant for Sartre, according Philonenko. However, when Sartre says "I'm not ever any of my conduct, none of my actions", limits the freedom advocated by himself on the horizon of a malicious deception, that is, the horizon of bad- faith. We found three inaccuracies in this criticism. First, the statement aforementioned of Sartre was misinterpreted. But secondly, if this interpretation is correct, assuming that the style is essential to the authenticity, nevertheless the sartrian's freedom cannot be "for the evil" because it is characterized, in ontological terms, as the very being of human reality "in situation", not in moral terms, as a property of this reality, crystallized by a watchful eye on itself or on the other, and judged as good or bad. Finally, we conclude that, in a possible conduct authentic, the collapse of the bad faith dispenses not only the support of a coherence of style but also presupposes the anxious acknowledgment of his gratuity.Abstract in Portuguese:
Pretende-se analisar como, no pensamento de Michel Foucault, a investigação em torno da ética do cuidado de si pode ser lida como desdobramento da ideia de governamentalidade, problematizada a partir de 1978; procura-se indicar, ainda, que essa ética do cuidado de si é a condição do governo político dos outros, na leitura da tradição socrática, o que possibilita uma revisitação da política. Mas, desde a avaliação que Foucault faz da figura de Sócrates em relação à política ateniense até seu diagnóstico da política contemporânea, essa revisitação tem sido conflitante, pelo menos quando se trata da constatação da maneira como as instituições políticas cuidam dos cidadãos. Esse conflito beira ao paradoxo, posto que, ao mesmo tempo em que a biopolítica afirma uma política da vida, no sentido de proporcionar seu cuidado, preservação, longevidade, observa-se também a atuação de uma política sobre a vida, enquanto vida controlada e submetida ao biopoder. Essa discrepância entre dispositivos discursivos e práticas efetivas demonstra uma ausência do cuidado da verdade, entendido aqui como coerência entre o que se diz e o que se faz. Enquanto desdobramento do cuidado de si, o cuidado da verdade pode ser interpretado como uma chave de leitura fundamental para o diagnóstico dos riscos e perigos que ameaçam recorrentemente a vida humana.Abstract in English:
The aim of this paper is to analyze how, according to Michel Foucault's ideas, the investigation of the ethics of care of the self might be considered the unfolding of the idea of governmentality, problematized in 1978; we also aim at indicating that this ethics of care of the self is the basis for the political government of others according to the Socratic tradition, and that makes a revisitation of politics possible. However, from Foucault's evaluation of Socrates's view of the Athenian politics until his diagnosis of contemporary politics, this revisitation has been conflicting, at least concerning the way the political institutions care for the citizens. This conflict seems to be paradoxical because, at the same time that biopolitics makes a statement about a politics of life, for it provides its care, preservation, longevity, it is also possible to notice the act of a politics about life, for life is controlled by and subject to biopower. This discrepancy between discourse devices and effective practices reveals an absence of care for truth, understood as the coherence between what is said and what is done. As an unfolding of care of the self, the care for truth might be interpreted as a fundamental reading key for the diagnosis of risks and dangers that recurrently threaten human life.Abstract in Portuguese:
Sob a inspiração de Bataille, Foucault propõe, em 1963, uma ontologia crítica fundada na ideia de transgressão. Esta não é nem uma atitude, nem um comportamento, e não pertence por conseguinte nem ao domínio da ética, nem ao da moral. Pelo contrário: a transgressão é um acontecimento do ser que ocorre nos limites do ser, acontecimento no qual esses limites são simultaneamente violados, revelados e abolidos. Vinte anos mais tarde, depois de seu regresso à antiguidade clássica, Foucault propõe uma outra ontologia crítica, que se apoia desta vez sobre a ética. Em ambos os casos, trata-se de pensar o ser e os limites. Porém, a transgressão despedaça o sujeito, ao passo que a ética o molda e o protege.Abstract in English:
In 1963, inspired by Bataille, Foucault proposes a critical ontology based upon the idea of transgression. This one is neither an attitude nor a behavior, and hence it belongs neither to the field of ethics nor to the one of morals. On the contrary, transgression is an ontological event which takes place on the limits of being. In this event these limits are simultaneously violated, revealed and abolished. Twenty years later, after having returned to classical antiquity, Foucault proposes a new critical ontology, this time founded upon ethics. In both cases it is a question of thinking about being and limits. However, if the transgression violently disrupts the subject, ethics forms it and protects it.Abstract in Portuguese:
Este artigo pretende ser uma exposição da Filosofia do Esclarecimento de Habermas. Nesse sentido, apresentaremos especialmente seu pensamento inicial, com o escopo de estabelecer seus fundamentos, o que implica iniciar com as influências sobre ele (I. Kant, J. L. Austin, o "segundo" Wittgenstein, M. Weber, E. Husserl, K. O. Apel, entre outros), assim como com sua crítica aos primeiros membros da Escola de Frankfurt (especialmente contra o pessimismo de T. Adorno e M. Horkheimer acerca da possibilidade de a razão nos libertar). Finalmente, mostraremos como Habermas é uma extensão do projeto de uma Filosofia do Esclarecimento, o que faz dele um exemplo do pensamento moderno na história contemporânea da Filosofia.Abstract in English:
This article intends to be an exposition of Habermas' Philosophy of Enlightenment. In this sense, we will present specially his earlier thought in order to establish his grounds, which implicates to start with the influences upon him (I. Kant, J.L. Austin, the "second" Wittgenstein, M. Weber, E. Husserl, K.O. Apel and so forth) as well as with his critic towards the first members of the Frankfurt School (specially against the pessimism of T. Adorno and M. Horkheimer on the power of reason to set us free). Finally, we will show how Habermas is an extension of the project of the Philosophy of Enlightenment, which makes him an example of Modern thought in the contemporary history of Philosophy.Abstract in Portuguese:
Os direitos humanos não representam uma verdade absoluta. Caso contrário, eles representariam a ideologia, o que é contraditório em relação à própria idéia básica de direitos humanos. Consequentemente, há uma necessidade de redefinição dos pressupostos principais da moderna concepção de direitos humanos representada na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Esse artigo argumenta que a concepção de Rawls de direitos humanos é importante para a reconfiguração dos direitos humanos. Ela representa o caminho para a idéia pós-moderna de direitos humanos e para o reconhecimento da diferença.Abstract in English:
Human rights do not represent an absolute truth. Otherwise, they would represent ideology, which is contradictory to the basic idea of human rights itself. Consequently, there is a need for redefinition of the main presuppositions of modern conception of human rights represented in the Universal Declaration of Human Rights. This paper argues that Rawls's conception of human rights is significant for the refiguration of human rights. It represents the path towards postmodern idea of human rights and the recognition of difference.Abstract in Portuguese:
A tradução que se segue é uma versão resumida e revisada do artigo "Schicksal Nietzsche? Zu Nietzsches Selbsteinschätzung als Schicksal der Philosophie und der Menschheit (Ecce Homo, Warum ich ein Schicksal bin §1)" - publicado originalmente em Nietzsche-Studien 37 (2008) - que foi especialmente preparada para ser apresentada em palestra organizada pelo Grupo de Pesquisa Spinoza & Nietzsche (SpiN), na Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 14/09/2009. No texto, o autor faz uso de sua própria metodologia filológico-hermenêutica, denominada interpretação contextual, com vistas a esclarecer os conceitos do primeiro aforismo de "por que sou um destino", de Ecce Homo no seu contexto próprio, no contexto de Ecce Homo e no contexto da obra de Nietzsche como um todo.Abstract in English:
The following translation is a reduced and revised version of the paper Schicksal Nietzsche? Zu Nietzsches Selbsteinschätzung als Schicksal der Philosophie und der Menschheit (Ecce Homo, Warum ich ein Schicksal bin §1)" - originally published in Nietzsche-Studien 37 (2008) - which was specially prepared to be presented in lecture organized by the Grupo de Pesquisa Spinoza & Nietzsche (Spinoza & Nietzsche research group - SpiN), in the Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro's Federal University), on September 14, 2009. In the text, the autor employs his own philological-hermeneutical methodology, which is called contextual interpretation, in the purpose to clarify the concepts of the first aphorism from "Why I am a destiny", from Ecce Homo, in its own context, in the context of Ecce Homo and in the context of the entire work from Nietzsche.