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Atitudes de enfermeiras de emergências diante do conceito de reanimação presenciada

RESUMO

Objetivo:

revisar a evidência mais relevante sobre as atitudes das enfermeiras quanto à reanimação presenciada nos âmbitos intra e extra-hospitalar.

Metodologia:

revisão integrativa da literatura, abrangendo os anos 2008 a 2015, utilizando-se as bases de dados PubMed, Lilacs e SciELO; em espanhol, inglês e português. Exclui-se do estudo o âmbito pediátrico.

Resultados:

a síntese dos dados deu como resultado a inclusão de 10 artigos categorizados em: atitudes positivas e atitudes negativas.

Conclusões:

discrepâncias entre as enfermeiras de diferentes áreas e zonas geográficas diante de dito conceito. A necessidade de protocolar essa situação, dadas as vantagens que a literatura evidencia, tanto para profissionais enfermeiros como para familiares. A reanimação presenciada pode ser uma oportunidade de entender e enfrentar de forma compartilhada os lados racional e irracional da situação e atenuar ou dignificar o luto.

Descritores:
Ressuscitação Cardiopulmonar; Parada Cardíaca; Atitude do Pessoal de Saúde; Enfermagem em Emergência; Relações Familiares

ABSTRACT

Objective:

to review the most relevant evidence on the nurses’ attitudes towards witnessed resuscitation, in the inpatient and out-of-hospital spheres.

Method:

integrative literature review, covering the period from 2008 till 2015, using the databases PubMed, Lilacs and SciELO; in Spanish, English and Portuguese. The pediatric context was excluded from the study.

Results:

the synthesis of the data resulted in the inclusion of 10 articles, categorized as: positive attitudes and negative attitudes.

Conclusions:

discrepancies exist among the nurses from different contexts and geographical regions towards the concept; protocols need to be established for this situation, in view of the advantages evidenced in the literature, for the nursing professionals as well as the relatives. Witnessed resuscitation can represent an opportunity to understand and cope with the rational and irrational in the situation in a shared manner, as well as mitigate or dignify the mourning.

Descriptors:
Cardiopulmonary Resuscitation; Heart Arrest; Attitude of Health Personnel; Emergency Nursing; Family Relations

RESUMEN

Objetivo:

revisar la evidencia más relevante acerca de las actitudes de las enfermeras en cuanto a la reanimación presenciada en el ámbito tanto intra como extrahospitalario.

Metodología:

revisión integradora de la literatura, abarcando los años de 2008 a 2015, utilizando las bases de datos PubMed, Lilacs y SciELO; en español, inglés y portugués. Se excluyen del estudio el ámbito pediátrico.

Resultados:

la síntesis de los datos dio como resultado la inclusión de 10 artículos, categorizándolos en: actitudes positivas y actitudes negativas.

Conclusiones:

existen discrepancias entre las enfermeras de diferentes ámbitos y zonas geográficas ante dicho concepto; hay necesidad de protocolizar dicha situación dadas las ventajas que la literatura evidencia tanto para los profesionales enfermeros como para los familiares. La reanimación presenciada puede ser una oportunidad de entender y afrontar de forma compartida lo racional y lo irracional de la situación y atenuar o dignificar el duelo.

Descriptores:
Resuscitación Cardiopulmonar; Paro Cardíaco; Actitud del Personal de Salud; Enfermería de Urgencia; Relaciones Familiares

Introdução

O desenvolvimento de pesquisas sobre a presença familiar durante os manejos de reanimação11 Eichhorn DJ, Meyers TA, Guzzetta CE, Clark AP, Klein JD, Talieaferro E, et al. Family presence during invasive procedures and resuscitation: hearing the voice of the patient. Am J Nurs. [Internet] 2001 [Access Jan 11, 2015];101(5): 48- 55. Available from: www.jstor.org/stable/3522401
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no âmbito pré-hospitalar, definida como a presença e participação de um ou mais membros da família na área do cuidado do paciente, em um lugar que permita o contato visual e/ou físico com o paciente, começou na década de oitenta na área hospitalar, particularmente no Hospital Foote em Jackson, Michigan (EUA). Momento em que se questiona o procedimento e atitude médica tradicional diante dos familiares do paciente, depois que familiares solicitaram estar presentes em dois eventos.

Como norma geral, em numerosos serviços de emergência tanto intra como extra-hospitalares, tenta-se afastar os familiares das vítimas de uma parada cardiorrespiratória a fim de evitar que atrapalhem profissionais durante a aplicação de técnicas de ressuscitação cardiopulmonar. Excluir aos familiares justifica-se com a premissa de que os procedimentos invasivos e a agressão durante a reanimação podem provocar estresse nos membros da família e que sua presença poderia comprometer o desempenho da equipe médica22 Robinson S.M, Mackenzie-Ross S, Campbell G.L, Egleston C.V, Prevost A.T. Psychological effect of witnessed resuscitation on bereaved relatives. Lancet. [Internet] 1998 [Access February 12, 2016];352(9128):614-7. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(97)12179-1
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.

Porém, a revisão da literatura oferece resultados contraditórios quanto ao significado do conceito de presença familiar durante o manejo de ressuscitação e as atitudes dos profissionais de enfermagem, aportando opiniões a favor e contra, assim provocando um contínuo debate.

O objetivo deste artigo é revisar a evidência mais relevante sobre as atitudes das enfermeiras quanto à presença de familiares durante o manejo de reanimação cardiopulmonar no âmbito intra e extra-hospitalar. A ideia de que um membro da família esteja presente durante a reanimação cardiopulmonar é apoiada33 Project Team of the Resuscitation Council (UK). Should Relatives Witness Resuscitation? [Internet]. Londres; Resuscitation Council (UK) 1996. Access March 14, 2016. Available from: http://hdl.handle.net/10068/432688
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e suportada por diversas organizações internacionais, como a Emergency Nurses Association (ENA), a American Heart Association (AHA) e a European Resuscitation Council44 American Heart Association (AHA). Ethical Aspects of CPR and ECC. Circulation. [Internet]. 2000 [Access May 9, 2016];102:112-21. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/S0300-9572(00)00270-7
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-55 Baskett PJF, Steen PA, Bossaert L. European Resuscitation Council Guidelines for Resuscitation 2005. Section 8 The ethics of resuscitation and end-of-life decisions. Resuscitation. [Internet]. 2005 [Access May 9, 2016];67(Suppl 1):S171-80. Avaiable from: http://dx.doi.org/10.1016/j.resuscitation.2005.10.005
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).

A ausência de protocolização do conceito de reanimação presenciada provoca controvérsias em relação a questões ético-assistenciais derivadas da prática sanitária.

Metodologia

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, abrangendo o período 2008-2015. Quanto às bases de dados relacionadas com as ciências da saúde, utilizaram-se Pubmed-Medline, Lilacs e Scielo. A busca bibliográfica nas bases de dados teve como base os descritores e/ou palavras clave: Cardiopulmonar y Resuscitation, Heart Arrest, Attitude of Health Personnel, Emergency Nursing,e Family presence/Witness; tanto em espanhol como em inglês e português utilizou-se os seguintes critérios de inclusão: presença de familiares durante o manejo de reanimação cardiopulmonar; realização de técnicas invasivas que poderiam ser necessárias no procedimento; serviços de emergências do âmbito intra e extra-hospitalar para adultos. A metodologia empregada nos trabalhos foi qualitativa e quantitativa.

Portanto, excluíram-se os artigos relacionados com o âmbito pediátrico e os que se referiam às unidades de tratamento crítico e intensivo.

Para facilitar o processo de pesquisa, formulou-se a seguinte pergunta de orientação: Quais são as atitudes das enfermeiras dos serviços de emergências diante do conceito de reanimação presenciada?

Perante a ausência de uniformidade metodológica, para as revisões integradoras, a análise dos documentos foi escolhida como suporte à estrutura metodológica da revisão sistemática66 Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein. [Internet]. 2010 [Acesso 11 Maio 2016]; 8(1):102-6. Disponível em: http://astresmetodologias.com/material/O_que_e_RIL.pdf
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que consistiu na redução de dados, visualização, comparação, conclusão e verificação. Identificar as categorias na primeira etapa de redução de dados facilita a análise; na etapa de visualização registraram-se as informações dos estudos; na comparação dos dados foram verificadas as similitudes e diferenças entre os achados; na conclusão foi realizada a síntese dos elementos principais.

Dos 20 artigos finais suscetíveis a serem incluídos na revisão, analisaram-se 10 de acordo com critérios de relevância e pertinência, incluindo-se o total mostrado na Figura 1. A extensão do documento nos limitou a eleger artigos que representaram as atitudes das enfermeiras com maior qualidade diante do conceito de reanimação presenciada.

Figura 1
Processo de seleção dos estudos nas bases de dados

Além do fator de impacto da revista que publicou o artigo, seguiram-se os seguintes critérios: resultados surpreendentes; importância teórica e prática; ideias novas e interessantes; estrutura nova; validade interna: utiliza-se desenho e metodologia adequados; validade externa: os resultados e/ou a teoria apresentados generalizáveis; descrição suficiente do método e do procedimento para que outros pesquisadores possam replicá-los; resultados, teóricos ou práticos, com alto grau de implementação; resultados, teóricos ou práticos, uteis à sociedade; e especificação clara do tipo de estudo que se trata. Ademais, a intenção foi criar um documento sintético, para isso, foram selecionamos aqueles que realmente supõem uma contribuição determinante.

Quanto às limitações do estudo, destacamos que devido à novidade do tema, ao aplicar os filtros estabelecidos, o numero de registros ficou limitado; o que justifica a necessidade de ampliar a investigação do dito campo.

Resultados

Os 10 artigos incluídos na revisão produziram duas subcategorias sobre as atitudes e emoções dos profissionais de enfermagem em relação ao conceito de reanimação presenciada. Destaca-se que a maior parte dos artigos analisados procede da literatura inglesa e 92% dos mesmos estão localizados na base de dados Web of Science, 7 % na Lilacs e 1% na Scielo.

A Figura 2 analisa os artigos mais relevantes da revisão integrativa e seus resultados mais significativos, dos quais resultam duas categorias sobre as atitudes das enfermeiras dos serviços de emergências diante do conceito de reanimação presenciada.

Figura 2
Resultados mais relevantes sobre reanimação presenciada

Discussão

Como dado principal que aporta a revisão integrativa realizada, encontramos controvérsias dos integrantes das equipes de reanimação diante do conceito de reanimação presenciada; isto a pesar de que as ultimas cartilhas, como as da American Heart Association e European Resuscitation Council1717 Monsieurs KG, Nolan JP, Bossaert LL, Greif R, Maconochie IK, Nikolaou NI et al. Resuscitation. [Internet]. 2015 [Access jan 19, 2016];95:1-80. Available from: http://10.1016/j.resuscitation.2015.07.038.
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, identificam os benefícios da aplicação de políticas de presença familiar durante os manejos de reanimação, respeitando os valores culturais e sociais dos familiares e incluso dos mesmos profissionais implicados.

O conceito marca um debate contínuo entre as próprias enfermeiras, nas que a percepção dos riscos ou benefícios da presença de familiares durante a reanimação varia amplamente1818 Twibell RS, Siela D, Riwitis C, Wheatley J, Riegle T, Bousman D et al. Nurses perceptions of their self-confidence and the benefits and risk of family presence during Resuscitation. Am Crit Care. [Internet]. 2008 [Access Jan 11, 2015];17(2):101-11. Available from: http://ajcc.aacnjournals.org/content/17/2/101.long
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. Além disso, neste mesmo estudo, os achados sugerem que as percepções das enfermeiras que ofereceram aos familiares estarem presentes durante a reanimação, diferem das que não o fizeram; as primeiras perceberam maiores benefícios e as enfermeiras pertencentes aos serviços de emergências são as mais dispostas a convidar familiares a estarem presentes durante a reanimação.

A investigação qualitativa em reanimação presenciada pode revelar aspectos mais concretos que os estudos quantitativos e aportar benefícios específicos da presença familiar durante o evento de reanimação. Estudos qualitativos atuais1919 Twibell rs, Craig S, Siela D, Simmonds S, Thomas C. Being there: Inpatients Perceptions of family presence during Resuscitation and invasive cardiac procedures. Am J Crit Care. [Internet] 2015 [Access Feb 21, 2016]; 24(6): e108-15. Available from: http://www.ajcconline.org
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destacam a necessidade de dar apoio aos familiares por parte dos profissionais de enfermagem para a tomada de decisão de estar ou não presentes durante a reanimação.

A revisão da literatura mostra resultados quanto à relação existente entre a natureza da experiência anterior em situações de reanimação presenciada e suas atitudes2020 Sak-Dankosky N, Andruszkiewicz P, Sherwood PR, Kvist T. Factors associated with experiences and attitudes of healthcare professionals towards family-witnessed Resuscitation: a cross-sectional study. J Adv Nurs. [Internet]. 2015 [Acceso 11 Feb 2016];71(11):2595-608. Available from: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/jan.12736/epdf.
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. As enfermeiras que informaram experiências positivas possuem atitudes significativamente mais favoráveis ao considerar os benefícios da prática: menos medo de consequências negativas e menos barreiras pessoais e organizacionais.

O numero de artigos revisados em espanhol foi menor, mas cabe destacar entre eles um estudo qualitativo2121 Silva Dall’Orso M, Jara Concha P. Presencia familiar durante la reanimación cardiopulmonar: la mirada de enfermeros y familiares. Cienc Enferm. [Internet]. 2012 [Acceso 10 Enero 2015];18(3):83-99. Disponible en: http://dx.doi.org/10.4067/S0717-95532012000300009
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no qual as entrevistas em profundidade revelaram três temas principais em relação às atitudes dos enfermeiros que agiram na reanimação presenciada: prática insegura, experiência empática e prática necessária. Como atitudes positivas viram-se: bem-estar, orgulho, consolo, conciliação, responsabilidade, experiência, tranquilidade e agradecimento. Como atitudes negativas viram-se: tristeza, impotência, estresse, nervosismo, insegurança, logística, pressão, ansiedade, angustia, descontrole e pressão.

Resumindo, a atitude dos enfermeiros ao efetuar manejos de reanimação presenciada diante dos familiares concentra-se nesses temas principais de maneira dinâmica durante o transcurso dos manejos, via diferentes emoções, condutas e comportamentos que se distribuem entre significar uma experiência negativa que repercute no bem-estar profissional, ou uma experiência positiva que leva à resiliência da enfermagem. É necessário que um membro da equipe apóie aos familiares durante os manejos de reanimação.

Finalmente, a revisão da literatura nos mostra importantes benefícios da reanimação presenciada, incluindo que a maioria dos enfermeiros considera que nos momentos da realização dos manejos de reanimação presenciada pelos familiares, o estresse, o descontrole e a tensão emocional dos familiares não provocam interferência nem dificultam o trabalho do enfermeiro; assim se valoriza a presença familiar como um benefício, redutora de estresse e facilitadora do processo de luto, que é um direito do paciente e da família.

Conclusão

A revisão da literatura mostra múltiplos estudos referentes às atitudes das enfermeiras dos serviços de emergências, nos que podemos diferenciar duas categorias as quais contém as diferentes atitudes geradas pelo evento presença familiar na reanimação. Que podemos resumir como a seguir:

- Atitudes positivas: tranquilidade, empatia, segurança, orgulho e facilitadora do processo de luto. A reanimação presenciada pode ser uma oportunidade de entender e afrontar de forma compartilhada a experiência racional e irracional da situação e atenuar ou dignificar o luto.

- Atitudes negativas: estresse, medo, impotência e, sobre tudo, a sensação que os familiares podem dificultar o processo de realização dos manejos de reanimação.

A evidência mostra os múltiplos benefícios que brinda a reanimação presenciada, pois estar presente durante a reanimação provoca tranquilidade e satisfação nos familiares, e também a necessidade de uma formação ativa das enfermeiras para que aumentem sua confiança na gestão do conceito em questão, o que justifica a necessidade de protocolar dita situação. Seria recomendável estabelecer protocolos consensuais que identifiquem quando, como e a quem oferecer a reanimação presenciada.

À luz da revisão realizada, constatou-se que a reanimação presenciada é um tema controverso e vigente no campo da emergência intra e extra-hospitalar, deixando muitas questões por resolver atualmente. Neste sentido, consideramos que os profissionais da saúde se encontram imersos em um grande debate emocional, em seu fazer cotidiano, quando devem realizar técnicas violentas, invasivas ou manejos na presença de familiares, além de suportar a carga emocional que essa ação provoca. Por essa razão surgem discrepâncias entre as enfermeiras de diferentes áreas e zonas geográficas diante do conceito de reanimação presenciada.

Temos que considerar que o âmbito extra-hospitalar é um meio hostil, no qual muitas vezes podemos nos sentir desprotegidos, por exemplo, na reanimação de um paciente na sua própria casa com a família presente, escutando o que a equipe de saúde comenta. Esse momento requer um grande esforço físico e mental para atender à vítima da parada cardíaca, porém nunca se deve esquecer que a família necessitará de nosso apoio, o que implica a necessidade de ter um enfoque holístico e integral tendo em conta essa necessidades.

Sobre as implicações dos achados para a prática profissional, afirmamos que o conhecimento e estudo do conceito de reanimação presenciada e as atitudes que se desprendem das enfermeiras, poderiam consolidar sua promoção e uso, isto considerando os diferentes benefícios que os estudos evidenciaram em dita técnica; apesar de algumas controvérsias encontradas, o valor às atitudes positivas dos profissionais de enfermagem é alto. De fato, as implicações poderiam visualizar-se em duas vertentes: uma direta que reflite a segurança na prática e a defesa dos valores do paciente (princípio de autonomia) e uma indireta, que está relacionada com as consequências para os familiares, que se refere à facilitação do processo de luto.

Finalmente, deve-se insistir na necessidade de pesquisar novas e diferentes abordagens da reanimação presenciada, nas diferentes áreas onde a enfermagem estabelece seu trabalho de reanimação, desde a perspectiva daqueles que a estão vivenciando. Para isso, é necessário potencializar o uso da metodologia qualitativa como complemento à quantitativa, de forma que permita compreender como se percebe a presença familiar durante os manejos de reanimação.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    2018

Histórico

  • Recebido
    06 Dez 2015
  • Aceito
    22 Set 2016
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