RESUMO
Teorias da Ação Anti-reducionistas são, de modo geral, explicações para ações de acordo com as quais o papel que o agente desempenha na produção de sua ação não pode ser reduzido aos seus eventos e estados mentais. Proponentes dessas teorias apresentam afirmações de acordo com as quais as Teorias da Ação Anti-reducionistas capturam a sensação de agência que agentes experienciam quando empreendem uma ação intencional melhor do que a concorrente Teoria Causal da Ação. Investigaremos os argumentos que apoiam essas afirmações e defenderemos que eles não sobrevivem ao escrutínio, especialmente quando levamos em consideração a informação neuro-cognitiva disponível a respeito da sensação de agência. Teorias da Ação Anti-reducionistas parecem incompatíveis com a explicação empírica da sensação de agência, como mostram experimentos focados na seleção de ações, no modelo comparador e na percepção da relação entre ação e seu resultado. Já a Teoria Causal da Ação é mais capaz de acomodar e explicar a sensação de agência.
Palavras-chave
sensação de agência; modelo comparador; seleção de ação; controle; reducionismo