RESUMO
A análise das mudanças diacrônicas ocorridas na Educação Especial, mais especificamente no Instituto Nacional de Surdos (INES), instalado no estado do Rio de Janeiro desde a sua fundação, em 1857, até o início do século XXI, é o foco principal deste artigo. Os conceitos de normalidade, diversidade e alteridade são problematizados no texto e guiados pela busca de respostas que permitam compreender as atitudes dispensadas ao indivíduo considerado diferente e que interferem na educação dos surdos na atualidade. A perspectiva teórica deste texto está alinhada aos estudos socioculturais da deficiência que questionam as perspectivas discursivas de normalidade e de anormalidade dos corpos que fundamentam grande parte do que se diz, do que se faz e do que se quer com a educação de pessoas deficientes, particularmente de pessoas surdas. Os resultados indicam que discursos sobre a diversidade ainda predominam, mas afirmações e ações que levam à alteridade também já podem ser constatadas.
PALAVRAS-CHAVE
normalidade; diversidade; alteridade; Instituto Nacional de Surdos